terça-feira, 17 de abril de 2012

Secretaria Distrital de Combate ao Racismo do PT

No último sábado (14), o Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal deu um importante passo para a igualdade racial. Foi criada, durante o Primeiro Encontro de Combate ao Racismo, a Secretaria Distrital de Combate ao Racismo do PT/DF. No encontro, os militantes presentes elegeram as Secretárias, 10 coletivos e o seus suplentes. 

A Secretaria, no preceito de divisão de mandato, será comandada por duas mulheres.  Os dois primeiros anos (2012 e 2013), ficará sob o comando da militante Jacira da Silva. Já nos dois últimos anos (2014 e 2016), a pasta será comandada pela militante Silvania Gomes Timóteo.

Segundo a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT, Cida Abreu, a criação da Secretaria no PT/DF era uma necessidade. Com a instituição de mais essa, completam 23 Secretarias Regionais de combate ao Racismo do Partido dos Trabalhadores.  “Para o partido, as secretarias setoriais têm o papel de organizar e formular politicas de promoção da igualdade racial, do ponto de programa para governo, no processo eleitoral, de combate ao racismo institucional e da organização da militância negra dentro do partido”, explicou. “Do ponto de vista do movimento social, a nossa responsabilidade é manter o diálogo entre o movimento e o partido, obedecendo e respeitando a autonomia do movimento social”, completou.

De acordo com a secretária eleita, Jacira da Silva, a eleição é mais um passo para a população negra brasileira e, em particular, a sociedade brasilense. “Pois conseguimos galgar mais um espaço na instância de poder, essa instância da qual a gente sempre participou, mas de uma forma inversa. Sempre como ponte, para que outros e outras assumissem esse espaço de poder”, ressaltou.

Para a secretária, “o PT organiza mais uma instância partidária da qual pode contribuir no projeto político da inserção e da valorização da população negra brasileira e brasiliense por via partidária, porque o processo conscientização da sociedade como um todo, ele se dar nos momentos sociais, primeiramente a gente se organiza na sociedade civil”.  “O PT cresce e nós do movimento negro também crescemos com o objetivo de reduzir e dizimar quaisquer tipo de discriminação, por entender que quaisquer tipo de discriminação está violando os direitos humanos.

 A violação dos direitos significa mutilar o negro, a negra, o portador de necessidades especiais, o homossexual, a dona de casa, a juventude negra”, finalizou.

Para Silvana Gomes, a criação da secretaria representa um avanço. “A secretaria deixa de ser setorial. A partir desse momento, enquanto Secretaria, podemos cria mais oportunidades de discutir mais politicamente dentro do partido. É o momento de dizermos que somos negros e que merecemos respeito dentro do Partido”, finalizou.  

Além das secretárias e o coletivo Distrital, durante o encontro foram eleitos os seis delegados que participarão do encontro nacional.

Ceilândia em Alerta

PT-DF convoca militância para o combate político

PT-DF convoca militância para o combate político
Integrantes da Comissão Executiva Regional juntamente com os presidentes dos Diretórios Zonais do PT/DF reuniram-se com o governador Agnelo para avaliar os episódios políticos da última semana.
O encontro, ocorrido na última sexta-feira (13), foi marcado por manifestações de apoio às ações do governador; na luta empreendida pelo seu governo contra os desmandos e os corruptos do passado.
O PT/DF avalia que há uma ação dirigida e orquestrada pelos grandes veiculos de comunicação como tentativa de empurar o governo da capital federal para o centro dos escândaloss que flagraram integrantes do DEM e do PSDB mantendo relações comprometedoras com o contraventor Carlos Cachoeira.
 As provas recolhidas pela Policia Federal apontando o envolvimento direto do senador Demóstenes Torres e também de integrantes do governo de Goiás com Cachoeira são claras e objetivas.
Elas revelam ainda uma coloboração editorial mantida entre Cachoeira com os funcionários do Grupo Abril de comunicação, particularmente a revista Veja.
O PT/DF entende que essa disputa é mais uma tentativa de emparedar o PT em razão do apoio hipotecado pelo partido à criação da CPI do Cachoeira no Congresso Nacional.
O GDF apresentou argumentos fundamentados sobre as tentativas frustradas dos colaboradores de Cachoeira de buscar obter influência ou vantagens relativas às decisões administrativas do governo local.
As interceptaçoes da Policia Federal não capturam nenhum diálogo de autoridades do primeiro escalão do GDF com os suspeitos.
A própria PF trouxe a lista das pessoas envolvidas nas investigações da operação Monte Carlo e nela não constam nominadas quaisquer autoridades do nosso governo. Portanto, é necessário firmeza e disposição da militância petista para enfrentar esse combate político.
A direção do PT/DF vai apresentar nos próximos dias um calendário e um plano de lutas com o objetivo de orientar nossa ação política.

Ex-secretário de Saúde é condenado pelo TCDF por desvios de recursos públicos

O Tribunal de Contas do Distrito Federal condenou Arnaldo Bernardino Alves, secretário de Saúde do DF entre 23 de novembro de 2003 e 20 de março de 2005, ao pagamento de multa de R$ 23.396,00 por utilizar a máquina pública para beneficiar o Hospital Santa Juliana e a Clínica de Especialidades Médicas Planaltina (Hospital CEMEP), dos quais era sócio-oculto.

Em sessão realizada nesta terça-feira, 17 de abril, o TCDF também decidiu inabilitá-lo por cinco anos. Isso significa que, durante esse período, ele fica proibido de ocupar cargo em comissão ou função de confiança na Administração Pública do DF.

A decisão do Tribunal se deu em razão da análise e posterior rejeição das justificativas do ex-secretário para fatos relatados pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde, realizada pela Câmara Legislativa do DF.

Segundo a apuração da CPI da Saúde, Arnaldo Bernardino Alves transferiu Alberto Jorge Madeiro Leite, médico do Hospital Regional de Planaltina, para o seu gabinete, conforme a Portaria de 10 de fevereiro de 2003.

Mas o servidor, que era compadre do ex-secretário e sócio oculto dele no Hospital Santa Juliana, não comparecia ao trabalho. A CPI da Saúde registrou a incompatibilidade da carga horária de 40 horas na SES com as atividades de médico na Polícia Militar do DF e que esta ilegalidade era de conhecimento do então secretário de Saúde.

“Apesar disso, durante vários meses, o Sr. Alberto Jorge Madeiro Leite assinou a folha de ponto na SES nos mesmos horários em que estava na PMDF e que a disponibilidade, segundo os registros no Relatório Final da CPI da Saúde, seria usada para tratar de assuntos particulares em empresas com interesses financeiros na SES, incluindo o HSJ (Relatório Final da CPI da Saúde, fl. 279 e 283/284)”, ressalta o relatório dos auditores do TCDF.

A denúncia ainda revela que o ex-secretário também nomeava agentes públicos sem critério técnico e de cunho eleitoreiro para facilitar o desvio de dinheiro público em favor do Hospital Santa Juliana. Um deles, inclusive, foi nomeado como Gerente do Laboratório Regional do Guará apesar de não ter capacidade técnica para o cargo.

A Diretoria Regional de Saúde do Guará, ao verificar que o servidor não era farmacêutico, devolveu-o ao setor de Recursos Humanos da SES. Diante da situação, o ex-secretário exigiu que o indicado assumisse a administração do Posto de Saúde da Estrutural “imediatamente”. A nomeação da esposa do então secretário de Saúde em um cargo de comissão também foi caracterizada como “política e configuradora de nepotismo” pelos membros da CPI da Saúde. 

O Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) e o MPDFT comprovaram a existência de tratamento privilegiado ao Hospital Santa Juliana na gestão do ex-secretário, incluindo aí a transferência de pacientes e contratação de serviços sem o devido processo licitatório.

Arnaldo Bernardino Alves também exerceu a função de sócio-gerente de empresas privadas enquanto servidor público, o que é proibido pela Lei Federal nº 8.112/90. Ele ainda realizou viagens nacionais e internacionais com Alberto Jorge Madeiro Leite e as respectivas esposas, pagas com recursos do Hospital Santa Juliana e da Clínica de Especialidades Médicas Planaltina, empresas que possuíam interesses financeiros com a Secretaria de Saúde.

Os fatos foram confirmados em provas documentais e testemunhas apuradas pela CPI da Saúde e representam a prática de ato de gestão que resultou em injustificado dano ao Erário e afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade.

Diante disso, o TCDF já havia determinado a instauração de uma Tomada de Contas Especial na Secretaria de Saúde, conforme Decisão nº 3.553/07. Além disso, cópia de todo o processo será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para a investigação de possível prática de crime de improbidade administrativa.

Denúncias contra o ex-secretário:

-Transferência de servidor para ocupar cargo comissionado no Gabinete da Secretaria, sem que  comparecesse ao trabalho
- Depósito de dinheiro na conta de Hospital privado (exige exame de documentos protegidos por  sigilo fiscal e bancário e, portanto, será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para ciência e adoção das providências que julgar cabíveis)
- Recebimento de propina para financiar campanha eleitoral (exige exame de documentos protegidos por sigilo fiscal e bancário e, portanto, será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para ciência e adoção das providências que julgar cabíveis)
- Violações ao Regime Jurídico dos Servidores Civis do Distrito Federal
- Nomeação de servidores para facilitar o desvio de dinheiro público em favor de hospital privado


INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DO TCDF

Ex-secretário de Saúde é condenado pelo TCDF por desvios de recursos públicos

O Tribunal de Contas do Distrito Federal condenou Arnaldo Bernardino Alves, secretário de Saúde do DF entre 23 de novembro de 2003 e 20 de março de 2005, ao pagamento de multa de R$ 23.396,00 por utilizar a máquina pública para beneficiar o Hospital Santa Juliana e a Clínica de Especialidades Médicas Planaltina (Hospital CEMEP), dos quais era sócio-oculto. 

Em sessão realizada nesta terça-feira, 17 de abril, o TCDF também decidiu inabilitá-lo por cinco anos. Isso significa que, durante esse período, ele fica proibido de ocupar cargo em comissão ou função de confiança na Administração Pública do DF.

A decisão do Tribunal se deu em razão da análise e posterior rejeição das justificativas do ex-secretário para fatos relatados pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde, realizada pela Câmara Legislativa do DF. 

Segundo a apuração da CPI da Saúde, Arnaldo Bernardino Alves transferiu Alberto Jorge Madeiro Leite, médico do Hospital Regional de Planaltina, para o seu gabinete, conforme a Portaria de 10 de fevereiro de 2003. 
Mas o servidor, que era compadre do ex-secretário e sócio oculto dele no Hospital Santa Juliana, não comparecia ao trabalho. A CPI da Saúde registrou a incompatibilidade da carga horária de 40 horas na SES com as atividades de médico na Polícia Militar do DF e que esta ilegalidade era de conhecimento do então secretário de Saúde.
“Apesar disso, durante vários meses, o Sr. Alberto Jorge Madeiro Leite assinou a folha de ponto na SES nos mesmos horários em que estava na PMDF e que a disponibilidade, segundo os registros no Relatório Final da CPI da Saúde, seria usada para tratar de assuntos particulares em empresas com interesses financeiros na SES, incluindo o HSJ (Relatório Final da CPI da Saúde, fl. 279 e 283/284)”, ressalta o relatório dos auditores do TCDF. 

A denúncia ainda revela que o ex-secretário também nomeava agentes públicos sem critério técnico e de cunho eleitoreiro para facilitar o desvio de dinheiro público em favor do Hospital Santa Juliana. Um deles, inclusive, foi nomeado como Gerente do Laboratório Regional do Guará apesar de não ter capacidade técnica para o cargo. 
A Diretoria Regional de Saúde do Guará, ao verificar que o servidor não era farmacêutico, devolveu-o ao setor de Recursos Humanos da SES. Diante da situação, o ex-secretário exigiu que o indicado assumisse a administração do Posto de Saúde da Estrutural “imediatamente”. A nomeação da esposa do então secretário de Saúde em um cargo de comissão também foi caracterizada como “política e configuradora de nepotismo” pelos membros da CPI da Saúde.  

O Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) e o MPDFT comprovaram a existência de tratamento privilegiado ao Hospital Santa Juliana na gestão do ex-secretário, incluindo aí a transferência de pacientes e contratação de serviços sem o devido processo licitatório.

Arnaldo Bernardino Alves também exerceu a função de sócio-gerente de empresas privadas enquanto servidor público, o que é proibido pela Lei Federal nº 8.112/90. Ele ainda realizou viagens nacionais e internacionais com Alberto Jorge Madeiro Leite e as respectivas esposas, pagas com recursos do Hospital Santa Juliana e da Clínica de Especialidades Médicas Planaltina, empresas que possuíam interesses financeiros com a Secretaria de Saúde.

Os fatos foram confirmados em provas documentais e testemunhas apuradas pela CPI da Saúde e representam a prática de ato de gestão que resultou em injustificado dano ao Erário e afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade. 
Diante disso, o TCDF já havia determinado a instauração de uma Tomada de Contas Especial na Secretaria de Saúde, conforme Decisão nº 3.553/07. Além disso, cópia de todo o processo será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para a investigação de possível prática de crime de improbidade administrativa. 

Denúncias contra o ex-secretário:

-Transferência de servidor para ocupar cargo comissionado no Gabinete da Secretaria, sem que  comparecesse ao trabalho
- Depósito de dinheiro na conta de Hospital privado (exige exame de documentos protegidos por  sigilo fiscal e bancário e, portanto, será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para ciência e adoção das providências que julgar cabíveis)
- Recebimento de propina para financiar campanha eleitoral (exige exame de documentos protegidos por sigilo fiscal e bancário e, portanto, será encaminhada ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios para ciência e adoção das providências que julgar cabíveis)
- Violações ao Regime Jurídico dos Servidores Civis do Distrito Federal
- Nomeação de servidores para facilitar o desvio de dinheiro público em favor de hospital privado

INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DO TCDF

TSE divulga ranking dos partidos que tiveram mais cassações de mandato. DEM é campeão!

TSE divulga ranking dos partidos que tiveram mais cassações de mandato. DEM é campeão!

Enviado por Leila Jinkings
Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde 2000.
O DEMOCRATAS, com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração, sendo o campeão. Logo em seguida aparecem PMDB, PSDB, PP e PTB.
Dos partidos com representação no Congresso Nacional, um dos poucos partidos que não tiveram nenhuma cassação foi o PSOL, que está há oito anos no cenário político.
Veja, abaixo, o ranking das irregularidades eleitorais que resultaram em cassação em cada partido.

A MILITÂNCIA PODE SER O PORTO SEGURO DE AGNELO QUEIROZ CONTRA A CAMPANHA CALUNIOSA E DIFAMATÓRIA

A militância petista foi o principal ponto de apoio para Agnelo Queiroz ser levado ao cargo de Governador do Distrito Federal, os partidos dito “aliados” pouco contribuiram na campanha majoritária, sendo que em diversos eventos da campanha estes “aliados” nem estiveram presentes. Mas, a militancia p etista sim.
Agora, que a imprensa golpista manipula informações todo dia, a militância é um ponto a ser considerado a favor do Governador, mas precisa de atos de reaproximação de Agnelo Queiroz.
Ontem, mesmo foi a manipulação sobre a questão do lixo e varrição no DF.
Todos os jornalistas sabem que o Distrito Federal estava sem serviço de limpeza urbana seguro em dezembro de 2010, com risco de vencer os contratos e a cidade ficar no abandono do serviço de limpeza. Mas, ocultam o fato.
Sabem também que, em dezembro de 2010, todo DF estava abandonado com matos e o serviço de coleta de lixo era insuficente. E que logo no início do Governo houve greve das empresas de coleta de lixo. Mas, ocultam o fato.
Sabem, ainda, que haviam querelas judiciais e não resolvidas envolvendo as demais companhia de limpeza urbana que não a Delta, inclusive com decisões de suspensão de contratos com as demais empresas que não esta. E que esta era elogiada na imprensa local, como o Correio Braziliense, do dia 10 de dezembro de 2010, como empregadora em diversos estados e contratadas em muitas cidades, com tradição de 50 anos.
. Mas, a imprensa golpista é assim mesmo. Ela que defendeu a Delta, depreciou as demais empresas como CAENGE, QUALIX, etc. E, agora, querem acusar Agnelo Queiroz, por ter renovado o contrato com esta empresa, em defesa justamente da comunidade do DF que não podia ficar sem o atendimento do serviço de lixo.
Por sua vez, AGNELO QUEIROZ sabe da necessidade de se opor a esta campanha. Mas, usa os mesmos meios voláteis para tentar se justificar: a manipuladora imprensa.
Ora, o Governador deve ter presente que sua proximidade com a militância petista é essencial, não pode continuar sem um porto seguro que ela representa para reverter esta situação e colocar a verdade na ordem do dia.
Esta matéria está no Brasília Petista
. http://brasiliacomunica.blogspot.com.br/2012/04/militancia-pode-ser-o-porto-seguro-de.html
MATÉRIA DO CORREIO BRAZILIENSE DE DEZ 2010
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2010/12/10/interna_cidadesdf,227089/slu-troca-empresa-de-lixo-mas-batalha-judicial-esta-longe-de-acabar.shtml

Agnelo enxuga máquina, afasta PSB e dará mais poderes ao PRGovernador procura se cercar de aliados mais confiáveis


Governador procura se cercar de aliados mais confiáveis
Publicado em 17 de Abril de 2012 por José Seabra
Sentindo que a crise se alastra a cada dia, o governador Agnelo Queiroz decidiu se socorrer de aliados mais confiáveis. Nas próximas horas ele extinguirá ao menos cinco secretarias e substituirá os titulares do Turismo e da Agricultura, ligados ao PSB, e o de Esportes, do PRB. Quem terá mais espaços será o PR, numa costura que envolve a aliança do PT a nível nacional.
Agnelo decidiu pelas mudanças no momento em que a Câmara Legislativa sinaliza ser irreversível a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o suposto envolvimento do Governo do Distrito Federal com empresas de fachada do contraventor Carlinhos Cachoeira.
A idéia de enxugar a máquina administrativa com a extinção de órgãos vinha sendo amadurecida desde a posse de Berger Barbosa na chefia da Casa Civil. Deixarão de ter status de secretarias de Estado as áreas que cuidam do Idoso, da Criança, da Igualdade Racial e do Entorno, que passarão à condição de coordenadorias ligadas às secretarias de Governo e à Casa Civil.
No Palácio do Buriti ninguém fala em retaliação ao senador Rodrigo Rollemberg (PSB) que tem endossado as crescentes denúncias contra Agnelo e muitos dos seus secretários. Mas na Câmara Legislativa, onde a temperatura alcançou níveis elevados nesta terça-feira, o sentimento é o de caça às bruxas.
- Estamos vendo que rumos tomar, mas o quadro é muito delicado, disse o deputado distrital Joe Valle (PSB) após confirmar a iminente saída do secretário de Turismo e a entrega, a curto prazo, também da Secretaria da Agricultura. As duas pastas foram confiadas ao grupo do senador Rollemberg logo no início da composição do governo.
O PR terá mais espaço no Governo do Distrito Federal a partir de acordo envolvendo o PT, o PMDB e o próprio Partido da República no cenário nacional. As conversas na Praça dos Três Poderes sugerem que a legenda liderada pelo senador Blairo Maggi trocará o Ministério dos Transportes pelo Turismo; ao PMDB caberia indicar o novo ministro dos Transportes, mas o partido perderia a Agricultura, que ficaria sob o comando dos petistas.
A nível local o PRB, representado na Câmara Legislativa pelo deputado Evandro Garla, está conformado com a perda da Secretaria dos Esportes. Interlocutores do parlamentar sustentam que se é para o bem da governabilidade, o partido manterá seu apoio incondicional ao governador.

Ministra diz que CPI não terá interferência do Palácio do Planalto

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira (17) que a instalação de CPI no Congresso do caso Cachoeira não terá a interferência do Palácio do Planalto. Segundo ela, o processo investigativo é "deliberação do Legislativo" e cabe ao governo orientar seus aliados para a continuidade das votações na Câmara e Senado se a CPI for instalada.

"A minha tarefa central e meu foco é fazer com que as matérias importantes sejam negociadas e votadas", afirmou.
A ministra disse não ter informações sobre o recuo de governistas para a instalação da CPI. Segundo Ideli, o governo está "focado em fazer com que as votações continuem dentro da normalidade", sem que a comissão paralise o Legislativo.

Líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA) negou recuou para a instalação da CPI. O líder prometeu definir hoje os membros da bancada do PT no Senado que vão integrar a comissão --assim como terminar de recolher as assinaturas necessárias para a sua instalação.

"Da nossa parte, não tem recuo nenhum", disse.

Apesar de Pinheiro negar o adiamento, o temor de que as investigações sobre o caso Carlinhos Cachoeira possam respingar em membros do partido ou do Palácio do Planalto fez integrantes do PT começarem a trabalhar pelo adiamento da CPI no Congresso.

ESTRATÉGIA


Petistas dizem querer esperar o retorno do presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), para permitir que a comissão saia do papel. Sarney está internado em São Paulo após se submeter no fim de semana a cateterismo e angioplastia com a colocação de stent.

Na sua ausência, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) poderia convocar uma sessão do Congresso para instalar a CPI por ser a primeira vice-presidente do Legislativo. Mas a estratégia é convencê-la a não instalar. A ordem é ganhar tempo para decidir com calma a composição da comissão.

Com o adiamento, o partido também pode postergar a definição do relator da CPI. Entre os cotados estão Odair Cunha (MG), Carlos Zaratini (SP), Paulo Teixeira (SP) e Henrique Fontana (RS). A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), responsável pela interlocução do governo com o Congresso, participa ativamente da escolha, inclusive vetando nomes.Informações da Folha.

Aécio cria BafômetroDay no Twitter


Oposição a Aécio cria BafômetroDay no Twitter Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Brincadeira foi lançada para lembrar o 17 de abril do ano passado, quando o senador mineiro se recusou a fazer o teste do bafômetro em blitz da Lei Seca no Rio. Mas poucas pessoas aderiram à hashtag #BafometroDay - basicamente, apenas políticos do PT e PMDB críticos ao ex-governador de Minas

17 de Abril de 2012 às 18:49
Minas 247 - No momento em que o Congresso volta a discutir formas de endurecer a punição do motorista que dirigir após o consumo de álcool, uma brincadeira - ou nem tanto - no Twitter voltou a incomodar o senador Aécio Neves.
Pessoas ligadas à oposição ao ex-governador mineiro - e provável candidato à presidência pelo PSDB em 2014 - criaram o BafômetroDay para lembrar um ano de um episódio que até hoje traz dor de cabeça ao senador. Na madrugada de um domingo, 17 de abril, há exatamente um ano, Aécio foi parado numa blitz da lei seca no bairro do Leblon, no Rio. O ex-governador de Minas tinha uma carteira de habilitação vencida e recusou-se a fazer o teste do bafômetro.
Na “brincadeira” no Twitter, há críticas ao senador, à mídia e uma série de piadas com o fato. “Se Aécio soprar a velinha, vamos ter um lança chamas”, disse por exemplo, o usuário Minas Sem Censura - que, como indica o nome, é forte opositor ao ex-governador.
Apesar do esforço, poucas pessoas aderiram à brincadeira. Basicamente, políticos e pessoas ligadas ao PT. Lançaram tweets com a hashtash #BafometroDay, por exemplo, o deputado estadual Rogério Correia, líder do PT na Assembleia Legislativa, e o deputado estadual Sávio Souza Cruz, do PMDB - ambos líderes da oposição ao governo Anastasia em Minas e, por extensão, aos projetos políticos de Aécio.

Expectativa é de zerar a fila de espera em três meses. Hoje 1,6 mil pacientes aguardam pela cirurgia


Foto Roberto Barroso
Expectativa é de zerar a fila de espera em três meses. Hoje 1,6 mil pacientes aguardam pela cirurgia

O Governo do Distrito Federal está empenhado em zerar a fila de espera por cirurgias de catarata. Até sexta-feira, um mutirão vai operar 400 pacientes nos Hospitais de Base e Regional de Taguatinga, além de clínicas conveniadas. Até agora, 74 pessoas passaram pelo procedimento, que demora de dez a 30 minutos. Hoje, 1600 pacientes aguardam pela cirurgia.

O governador Agnelo Queiroz destaca que, desde o início da atual gestão, o GDF tem realizado mutirões de cirurgias para zerar as filas de espera em diversas especialidades. “Uma das iniciativas foi o mutirão de reconstrução mamária em mulheres que tinham retirado o seio por causa do câncer. Só em março, foram 57 procedimentos. Estamos fazendo cirurgias complexas no DF”, afirmou o governador.

Com as cirurgias de catarata, a expectativa é colocar o atendimento em dia e fazer o procedimento de forma rotineira. “Nossa ideia é que em três meses essa fila esteja zerada e essa cirurgia passe a ser feita como rotina, sem acumular. Temos toda condição de fazê-la de modo contínuo. Esse mutirão está acontecendo para reparar erros do passado”, garantiu o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.

Foto Roberto Barroso
No Hospital de Base o mutirão continua até quarta-feira. Foram 10 pacientes hoje e serão operados mais 15 na terça e 26 na quarta-feira. Segundo os coordenadores, logo na primeira semana, 100 pessoas foram operadas em dois dias. Todos os pacientes  voltam ao hospital num prazo de sete a 15 dias após a cirurgia para revisão.

Segundo a médica Ana Paula Tupynambá Furtado, coordenadora de Oftalmologia da Secretaria de Saúde, todos os usuários que serão atendidos esta semana foram cadastrados previamente pelo Sistema de Regulação (Sisreg) e estão com os exames pré-operatórios prontos.

No Hospital Regional de Taguatinga está prevista a realização de 200 cirurgias. Segundo a chefe da Unidade de Oftalmologia do hospital, Núbia Vanessa, todos os pacientes serão chamados por telefone e receberão orientações sobre como se preparar para a operação. Núbia Vanessa informou, ainda, que a Regional de Taguatinga realiza uma média de 100 cirurgias oftalmológicas por semana e que a demanda de pacientes com glaucoma já está zerada.

CAMPO DEMOCRÁTICO SOCIALISTA PARTIDO DOS TRABALHADORES – DF NOTA DE APOIO AO DEPUTADO FEDERAL PAULO TADEU

CAMPO DEMOCRÁTICO SOCIALISTA
PARTIDO DOS TRABALHADORES – DF
NOTA DE APOIO AO DEPUTADO FEDERAL PAULO TADEU

O Campo Democrático Socialista reitera a sua confiança e apoio no trabalho desempenhado pelo Secretário de Governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, diante do envolvimento de gestores públicos, empresários e parlamentares com o contraventor Carlinhos Cachoeira, como aponta o relatório da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Sabe-se que o companheiro Paulo Tadeu, nos seus 15 anos de vida pública, sendo eleito deputado distrital por três mandatos (1998-2010) e deputado federal do PT com 164.555 votos, em 2010, sempre pautou o seu mandato pela luta dos trabalhadores, o compromisso em combater as desigualdades sociais e pela ética, não tendo nada que desabone sua conduta e sua atuação parlamentar.
Foi ele o relator da CPI da Corrupção, na Câmara Legislativa do DF, em 2009, que pediu o indiciamento de 22 pessoas acusadas de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e tráfico de influência no Governo Arruda.
Esse processo de calúnias é fruto da derrota política e moral de grupos políticos que governaram a nossa cidade nos últimos 12 anos. Inconformados com a derrota eleitoral, esses setores contam com o apoio da grande mídia para tentar envolver o Secretário Paulo Tadeu e o Governo do Distrito Federal em acordos escusos com a contravenção e empresas inidôneas.
Dessa forma, o deputado Paulo Tadeu, a frente da Secretaria de Governo, continua defendendo os interesses da população do DF com ética e transparência. Para tanto, conta com o apoio dos movimentos sociais, lideranças comunitárias e sindicais a fim de combater interesses ilícitos e exigir rigor nas investigações e na apuração dos envolvidos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Coordenação do Campo Democrático Socialista
Brasília, 16 de Abril de 2012
Escola de Expressão e Comunicação Comunitária/Rede Comunitária de Comunicação

Diálogo e embate de duas gerações de escritores

Estrelas da literatura argentina se encontram na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura
    Secretaria de Cultura

    O terceiro encontro da Jornada Literária da América Hispânica da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura uniu dois autores argentinos de gerações e gêneros distintos. A jovem Samanta Schweblin, de 33 anos, considerada a “a grande promessa da literatura argentina”, e o Mempo Giardinelli, um dos mais premiados e traduzidos autores argentinos de sua geração, conhecido do público brasileiro pelo sucesso de Luna Caliente, romance de 1983, adaptado para a televisão. Dois pensamentos diferentes, mas de alguma forma complementares, que concordam num ponto: “cada geração precisa cometer o parricídio da antecessora para poder existir”.
    
    O debate foi mediado pelo escritor e tradutor brasileiro Eric Nepomuceno, que instigou os autores a se questionarem sobre o significado do conceito de “geração”. Para Samanta, não é muito clara a noção de que uma geração literária implica questões estilísticas. Segundo a autora, sua geração é marcada por vozes muito particulares, originais, que se movem em gêneros e mundos muito diversos e que têm um ponto em comum: “Somos a geração A: ateus, apolíticos, adogmáticos”, afirmou.

    Para Mempo Giardinelli, uma gera ção é caracterizada por uma maneira de olhar para a literatura de um país de forma etária. “Eu sou de uma geração que veio depois do ciclo de ouro da literatura latino-americana. Tínhamos que cometer um parricídio. Nós os amávamos, mas tínhamos que nos separar deles”, afirmou. E explicou: “Na Argentina, as gerações funcionam deforma muito egoísta. Acho que a geração de Samanta não recebeu o peso que tínhamos”. Ao que Samanta concordou: “Não sobrou muitos autores por matar”, disse sorrindo. “A ditadura cuidou de mais da metade deles. Cortázar, Borges, Casares são como nossos avós e isso nos deixou com muita liberdade para criar”.
    
    Mas tamanha liberdade foi questionada por Mempo Giardinelli, que vê alguns excessos: “Me preocupam os parricídios que reescrevem a história. É uma atitude iconoclasta”, provocou. “A categoria ‘novos’ é muito questionável, pois cada geração é fruto de seu tempo. A nossa foi a geração da tragédia. Essa é a da democracia”. Ao que Samanta rebateu: “Existem as utopias pessoais”.
    
    No entanto, não foi só de discordância que se fez o encontro. A plateia se divertiu com a revelação de Samanta de que vários leitores dizem que ela escreve como um homem e a de Mempo que afirmou que, no início de sua carreira, muitos lhe diziam que sua escrita era feminina. Mas há uma escrita caracterizada pelo sexo do autor?, provocou Nepomuceno. Ao que Mempo prontamente respondeu: “A literatura não tem sexo”.
    
    Samanta Schweblin brincou com o fato de editores pensarem nela como uma promessa para o romance, como se a opção pelo conto fosse apenas um território da aprendizagem e não uma escolha pessoal. “Se eu tiver uma ideia um dia que vá além de 10 páginas, escrevo um romance. Mas sempre que penso num assunto se parece a um conto”, relatou. A autora também fez uma revelação surpreendente: “Aos 11 anos de idade, parei de falar tão completamente que meus professores chamaram meus pais e disseram que se eu não freqüentasse umpsicanalista não me deixariam passar para o segundo grau”. E refletiu: “Achoque foi por isso que comecei a escrever. Isso é estranho, porque os livros me põem na posição de falar. Tenho uma relação muito artesanal e pessoal com o que faço”.
    
    O mestre Mempo Giardinelli também teve seu momento confessional: “Eu tenho muito medo de escrever um texto medíocre, uma novela insignificante. Por isso, cada vez escrevo menos e me censuro mais. Lamento ter perdido aquele frescor. A busca do equilíbrio pode ser também o grande caminho para o desequilíbrio. Terminei meu último romance há um ano e ele continua lá, em maturação. É preciso que um texto amadureça”. E Mempo também contou que, de sua imensa biblioteca familiar, de 15 mil volumes (que ele leu quase toda), o que considera mais precioso é sua coleção completa de Monteiro Lobato. “Eu me criei lendo Monteiro Lobato e hoje lamento que não haja novas edições dele na Argentina”.
    
    Já Samanta contou ter aprendido a ler com os norte-americanos. Disse: “Eles não fazem o leitor perder tempo. Não precisa dizer ‘muito branca’ se uma coisa é ‘branca’. É preciso encontrar o peso de cada palavra”. Sua literatura reflete este aprendizado.

Dilma cobra seriedade de todos na batalha contra os corruptos

Publicado em 17 de Abril de 2012 por Redação
Presidente falou ao lado de Hillary Clinton em evento em Brasília
Presidente falou ao lado de Hillary Clinton em evento em Brasília

Dilma cobra seriedade de todos na batalha contra os corruptos


A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o Brasil não vai tolerar o mal feito e defendeu a qualidade do gasto público. Dilma também cobrou da iniciativa privada, em especial ao setor financeiro, o combate à corrupção. A presidente falou durante a Parceria para um Governo Aberto, um evento sobre transparência governamental, do qual o Brasil é co-presidente.
"A qualidade do gasto público exige que o recurso chegue ao cidadão pelo montante que é devido, que não se desvie pelo meio do caminho e abasteça canais de corrupção e isso tudo na forma de bons e adequados serviços", disse a presidente.
"Obrigatória para o Estado, a transparência e o compromisso com o bem público também devem ser exigidos dos agentes privados, cujas condutas afetam diretamente a vida dos cidadãos", disse.
"Permitam-me mencionar o setor financeiro e destacar que quando não há regulação, monitoramento adequados, os fluxos financeiros internacionais, por exemplo, são passíveis de manipulação com prejuízo para toda a economia mundial e para as conquistas sociais dos países", exemplificou.
"A eficiência e o combate à corrupção são duas faces da mesma moeda que têm de caminhar juntas", disse a presidente, referindo-se a melhoria da gestão dos recursos públicos. "Não teremos tolerância com nenhum mal feito", garantiu Dilma.
Durante o discurso, a presidente elogiou as instituições brasileiras, como o Ministério Público, a Polícia Federal e o poder Judiciário. Ela classificou também a Lei de Acesso à Informação, que entrará em vigor no dia 16 de maio, como uma das "mais avançadas em matéria de informações públicas".
Dilma participou ao lado da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, da abertura da reunião anual da Parceria para o Governo Aberto, uma parceria entre 53 países para discutir e incentivar práticas como transparência orçamentária, acesso público à informação e participação social. Até quarta-feira, estarão reunidos cerca de 500 delegados, entre representantes da sociedade civil, empresas e governos.

Exclusivo: Dadá investigou Dilma, Dirceu e Carvalho

Exclusivo: Dadá investigou Dilma, Dirceu e Carvalho Foto: Montagem/247

Inquérito sigiloso está em poder do ministro Luiz Fux, do STF, e envolve ainda o deputado Protógenes Queiroz (PC do B/SP); material foi apreendido no apartamento de Dadá em Brasília e em outros cinco endereços frequentados pelo delegado que conduziu a Satiagraha; por Fernando Porfírio

17 de Abril de 2012 às 14:58
Fernando Porfírio _247 – A espionagem não tem limites. O Supremo Tribunal Federal (STF) conduz, em sigilo, dois inquéritos nos quais apura os motivos que levaram o ex-sargento da aeronáutica Idalberto Matias de Araújo a espionar a hoje presidente Dilma Roussef. Além de Dadá, as investigações envolvem o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).
O material foi apreendido no apartamento 107, da SQN 410-Bloco K, na Asa Norte, de Brasília, endereço do militar reformado e em outros cinco locais frequentados pelo hoje deputado Protógenes Queiroz.
As duas investigações foram citadas, em 29 de fevereiro, pelo ministro Luiz Fux, ao determinar o arquivamento de um recurso contra Protógenes Queiroz. Fux lembrou que os inquéritos correm em segredo de justiça e apuram trabalho de espionagem sobre autoridades da República.
No caso apreciado por Fux estava em questão pedido para compartilhar o material sigiloso do inquérito do araponga Dadá na investigação que apurava suposta participação de Protógenes no incidente de invasão, por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terras), da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa do banqueiro Daniel Dantas.
As investigações sigilosas no Supremo são comandadas pelos ministros Ayres Britto e Dias Toffoli. O material de espionagem, que envolvia outras autoridades do governo federal, foi apreendido durante a chamada Operação Satiagraha, conduzida pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).
O material foi parar no STF a pedido do juiz Ali Mazloum, titular da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Em novembro de 2010, o magistrado julgou procedente denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e condenou o então delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz pelos crimes de quebra de sigilo funcional e fraude processual.
O MPF acusou Protógenes e o escrivão Amadeu Bellomusto de vazarem informações sigilosas da Satiagraha para a Rede Globo. O deputado foi condenado a três anos e quatro meses de prisão. A pena, no entanto, foi convertida em prestação de serviço à comunidade. Protógenes recorreu da sentença. O recurso está sendo apreciado pelo ministro Ayres Britto.
Em janeiro do ano passado, após a diplomação de Protógenes como deputado federal, o juiz Mazloum remeteu peças do inquérito para o STF. Entre as peças estão materiais apreendidos em endereços de Protógenes e do sargento Dadá.
O material apreendido com a dupla envolveria, em tese, investigação sigilosa, de “monitoramento de autoridades com prerrogativa de foro”, entre elas os então ministros Dilma Roussef, Gilberto Carvalho e José Dirceu.

Novamente estamos diante da mesma tentativa de veículos de comunicação - Veja à frente - de desviar o foco das investigações das relações entre o crime organizado, comandado pelo grupo do contraventor Carlos Cachoeira, e governos, instituições de Estado como polícias e MP, e políticos, entre os quais se destaca o senador Demóstenes Torres. Com base em nota do site do Mino Pedrosa - aliado de Cachoeira - vem a público novamente notícia veiculada pela revista há um ano sobre um contrato de consultoria que minha empresa deu à Delta para análise de investimentos na América Latina. A notícia volta, agora, no JN da Globo que, ao expor as ligações do crime organizado com políticos da oposição, quase esconde o principal personagem da história, o senador Demóstenes Torres.
Publicado em 17-Abr-2012