terça-feira, 15 de novembro de 2011

SEGUNDA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2011

Entendendo a Marcha Contra a Corrupção

Alguns de nossos alunos ficaram confusos sobre qual posição adotar a respeito da chamada “Marcha Contra a Corrupção”, patrocinada e incentivada por nossos aliados.
* * * * *




O blogueiro da “Veja”, Reinaldo Azevedo, comemorando a adesão ao seu lema pelos participantes da marcha:


* * * * *
A confusão procede: uma ação mais incisiva contra a corrupção poderia chegar a setores nada recomendáveis. Mesmo a aparentemente inócua (para o “nosso lado”) CPI da Corrupção, apoiada por eminentes oposicionistas, …

… poderia ser desvirtuada pela convocação de notórios corruptores, colocando em risco alguns dos principais financiadores do “nosso lado”.

Vamos, então, aos esclarecimentos necessários:

Primeiro, consideramos infeliz a escolha do nome “Marcha”. Civil não faz marcha: faz passeata. A palavra “marcha” lembra um tempo que a maioria da população preferiria esquecer, embora muitos dos nossos colegas sonhem com a volta dos valores e das práticas daquela época sombria.

Segundo, precisamos explicar por que uma marcha contra a corrupção feita em São Paulo não trouxe nenhuma lembrança dos mais notórios casos de corrupção verificados naquela cidade e naquele Estado – a saber, nenhuma faixa sobre:

. O escândalo internacional da Alstom.
. O caso do Rouboanel (denominação criada pelos próprios paulistanos).
. Os postos de arrecadação política dos pedágios.
. As fraudes comprovadas na construção das linhas do metrô.
. A famosa Cratera do Metrô.
. O Caso Paulo Preto.
. Os casos dos parentes do governador Alckmin.
. O aparelhamento de órgãos estatais com políticos do PSDB e do DEM derrotados em outros Estados.

E muitos outros mais.

A explicação é simples. Para todo o Brasil, São Paulo é o símbolo nacional da impunidade, na luta contra a corrupção. Tanto a Câmara Municipal quanto a Assembleia Estadual barram, por ordem do Executivo, qualquer tentativa de apuração de irregularidades e de desvio de verbas.

No Estado, governado pelo PSDB desde 1995, nenhuma CPI investigativa foi instaurada pelos legisladores. Mais de 70 pedidos de investigação repousam nas lixeiras da Casa.
Em nossas marchas, você jamais verá um cartaz desses tendo São Paulo como alvo.

(E se você estranhou a presença de faixas contra o prefeito Gilberto Kassab na Marcha, e também a denúncia do “Estado de S. Paulo” sobre uma concorrência fraudada, feita no dia seguinte, saiba que o prefeito se tornou um inimigo político de José Serra. A crítica, antes proibida, agora está liberada.)
Em São Paulo nada se investiga, nada se pune. Não faria sentido o “nosso lado” apoiar uma marcha que fizesse denúncias contra nossos mais ilustres políticos. Nesse Estado e em todo o País, o foco deve ser o mesmo de sempre: o Governo Federal e os políticos do grupo que substituiu nosso grupo de aliados em Brasília.


Terceiro, façamos uma breve e didática análise do processo da corrupção para que você entenda o sentido desse movimento em nossa luta pelo poder.

O processo da corrupção
A corrupção é um processo, e como todo processo ela se desenvolve por fases. Didaticamente, a prática desse processo desenvolve-se deste modo.

1. A intenção de corromper.
Alguém tem a ideia de lucrar, de maneira ilícita, com uma oportunidade: um amigo bem colocado na estrutura do poder, uma concorrência pública, uma verba recém-aprovada. No processo, esta é a fase “Luzinha acesa sobre a cabeça”.
2. A iniciativa de corromper.
Essa pessoa (ou esse grupo empresarial, como uma empreiteira, um banco, uma holding) toma a iniciativa de buscar ativamente esse benefício. A corrupção deixa de ser subjetiva e passa ao plano objetivo, da realidade, do comportamento. No processo, esta é a fase “Tô chegando”.
3. A proposta de corrupção.
O agente da corrupção faz a proposta à pessoa certa, diretamente ou, na maoria dos casos, por meio de um representante. Essa é a função clássica dos lobistas, profissionais especializados em cor… convencer uma outra pessoa sobre as vantagens mútuas de um negócio ilícito. No processo, esta é a fase “Vamos lucrar?”.
Você já pensou por que quase não se encontram reportagens sobre lobistas na imprensa, essa categoria de profissionais sombrios que infesta as casas legislativas e que promove animadas festas noturnas nas quais…? Bem, você sabe.
4. A aceitação da proposta.
O alvo do corruptor aceita a proposta. No processo, esta é a fase “Oba!”.
5. O fechamento do trato.
As duas partes chegam a um acordo, mutuamente benéfico. No processo, esta é a fase “Unidos venceremos”.
6. O primeiro pagamento.
Em certos casos, um primeiro pagamento consolida o acordo e garante ao corrupto um ganho concreto, mesmo que o resultado futuro não seja o pretendido por ambas as partes. No processo, esta é a fase “Te paguei em confiança. Olha lá, heim?”.
7. O cumprimento do acordo.
O corrupto cumpre o acordo: o negócio ilícito é afinal realizado. Um benefício é concedido a uma pessoa ou empresa, uma concorrência é fraudada, uma verba é destinada a quem não a merece. No processo, esta é a fase “Gostou do resultado?”.
8. O pagamento final.
O corruptor, que tinha iniciado o processo, põe um termo a ele ao fazer o pagamento do serviço prestado. No processo, esta é a fase “Unidos, vencemos”.
Repare como esse processo serve para mapear até mesmo uma corrupção em escala menor, como o suborno de um guarda: pego numa blitz, o motorista tem ideia de sair-se da enrascada sem pagar a vultosa multa (1), engata uma conversa inicialmente cautelosa (2) e, percebendo a receptividade do guarda, faz a proposta (3): uma cerveja caprichada, e estamos conversados. O policial aceita a proposta (4), os dois combinam como o pagamento será feito (5), este é realizado (6-8), e o policial cumpre o acordo de não multar o infrator, em troca de um benefício ilegal (7).
Qualquer análise racional descobrirá o óbvio: o corruptor está no início, no meio e no fim do processo. Sem ele, não existiria corrupção. É ele quem toma a iniciativa de corromper, e é ele quem tem o recurso mais valioso na negociação (o dinheiro), quem estabelece as bases da proposta e quem faz o pagamento que concretiza a corrupção.
A lei reconhece essa verdade simples ao denominar os crimes como corrupção ativa (o crime do agente, do corruptor) e corrupção passiva (o crime do corrompido, daquele que aceita participar do esquema ilícito).
Reza o ditado: “Corruptos são ervilhas; corruptores são pérolas”. De um lado, uma multidão disponível e barata; do outro, poucos endinheirados. Corruptos são substituíveis: se determinado alvo faz jogo duro, cisma de ser honesto, recusa-se a aceitar propostas mutuamente vantajosas, basta uma campanha pela imprensa, um lobby num Ministério, ou mesmo uma ação mais radical, como o assassinato, e está resolvido o problema eventual. Uma autoridade mais compreensiva assume a função, e segue o jogo.
Um exemplo: há poucos anos, no Rio de Janeiro, vários responsáveis pela compra de medicamentos para os hospitais públicos foram alvos de atentado por se recusarem a fazer o jogo das empresas.
Já os corruptores são poucos e poderosos.
Portanto, um movimento inteligente de combate à corrupção focaria em três medidas básicas:
1. Ataque à causa do problema, ou seja, à fonte da corrupção: o corruptor.
2. Redação de leis inteligentes e ágeis, em que as penas fossem proporcionais à responsabilidade: no caso, uma pena bem maior para o corruptor.
3. Punições adicionais que atingissem o “bolso” do corruptor.
Por exemplo, após a condenação, a proibição de realizar, durante 10 anos, outro negócio com o Estado.
No âmbito psicossocial, esse movimento lutaria por uma cena de impacto: a foto da prisão de um corruptor. Uma situação capaz de assustar toda a cadeia (opa!) da corrupção.
Tenho certeza de que você se lembrará de uma foto semelhante, que marcou uma operação da Polícia Federal, há alguns anos (e ele foi algemado, ainda por cima…), como também se lembrará da reação imediata e surpreendente das “altas esferas” que tornou impossível repetir esse procedimento humilhante contra notórios corruptores.
Você já deve ter reparado que os interessados na continuidade do processo da corrupção e na continuidade dos benefícios financeiros, políticos e sociais advindos desse processo intuem a importância primordial de proteger, a qualquer custo, o agente da corrupção: ele é a galinha dos ovos de ouro (e dos relógios, canetas e barras de ouro, das notas verdinhas etc.).
Que fiquem em paz os maiores financiadores da mídia, da política e da advocacia.
Essa atividade de proteção, quando assumida por quem fiscaliza as ações dos homens públicos (os legisladores e a mídia), gera a situação de impunidade. Ou seja, paradoxalmente, a atividade de proteção se manifesta pela inatividade ante a ação criminosa. Basta isso.

Nossa posição quanto ao movimento

Agora você entende por que a nossa Equipe jamais apoirá uma passeata que tenha como alvo a causa da corrupção. Porque, se ela for bem-sucedida em seus desdobramentos, esse sucesso representará um ataque a alguns dos principais anunciantes da mídia, além de colocá-la na constrangedora obrigação de fazer matérias policiais contra eles, e de impor um silêncio suspeito ou uma defesa insustentável dos corruptores aos nossos colunistas.
Essa situação significará também o fim da irrigação dos bolsos dos nossos aliados políticos.
Apoiamos, assim como os principais órgãos da mídia nacional, marchas, passeatas e campanhas que associem a corrupção ao “outro lado”, visando desgastar os atuais ocupantes do Governo Federal. E só.

Apoiamos também a posição de nossos aliados do PSDB em São Paulo: “CPI contra a corrupção em nosso quintal, jamais!” Um partido que dá 16 anos de garantia de impunidade a seus financiadores cria um ambiente ideal para o fluxo de recursos, das mãos de quem os tem para as de quem precisa tê-los.

Outro ponto importante: este movimento possui duas vias, uma negativa e outra positiva. Na via negativa, a do “combate” à corrupção, procuramos desgastar nossos inimigos políticos: é a via ladeira abaixo. Na via positiva, a do voto distrital, procuramos criar um caminho para a volta dos nossos aliados ao poder: é a via ladeira acima.
Você já deve ter reparado na identidade entre os atores políticos: aqueles que estão à frente do “combate” à corrupção são os mesmos que defendem o voto distrital.
* * * * *






Acima, imagem do blogue de Reinaldo Azevedo. Abaixo, imagem do site oficial da campanha (Eu Voto Distrital, antes pertencente à Associação Comercial de São Paulo, e, depois de denúncia de desocupados na Web, transferido para Luiz Felipe Charles d’Ávila):

Todos do “nosso lado”.
Abram alas para nosso principal think-tank (e chega daquela gracinha: “mais tank do que think”…).

Nome onipresente no Colóquio: o dono do site “Eu Voto Distrital”.

http://www.imil.org.br/divulgacao/sp-7-coloquio-instituto-millenium-voto-distrital-ou-voto-proporcional/
* * * * *
“Corrupção” e “voto distrital” são as novas palavras de ordem, a serem usadas liberalmente em colunas, artigos, manchetes. O tema corrupção irá desgastando o “outro lado”, enquanto o tema voto distrital irá promovendo o “nosso lado”. Eles descendo, nós subindo.
Apoie o voto distrital, mesmo sem saber como funcionaria essa novidade. Venda-o como vendemos ao povo o Plano Collor, o programa de privatizações, o presidente Fernando Henrique Cardoso e a necessidade de sua reeleição: como a única salvação para o País.
E lembre-se: a manipulação dos movimentos cívicos “espontâneos” (isto é, incentivados, quando não criados, pela mídia) sempre foi uma das formas inteligentes de luta pelo poder: sob a fachada de um valor edificante, as velhas e sórdidas manobras políticas. A juventude ingênua e bem-intencionada ainda não aprendeu essa verdade – melhor para nós, porque assim podemos comandá-la com a ajuda de seus ídolos.

* * * * *
Agora, de posse dessas informações esclarecedoras, você tem todos os elementos necessários para praticar com eficiência o bom e velho jogo da manipulação jornalística, trazendo mais apoiadores para o “nosso lado”.
Às ruas, portanto, porque 2012 já está chegando, e 2014 (nosso foco mais importante) poderá nos reservar boas surpresas, depois de 12 anos sem elas.


-- 
Jeová Rodriques
Blogs: http://ceilandiaemalerta.blogspot.com/
          http://jeovarodriguespt13.blogspot.com/
15/11/2011 11h54 - Atualizado em 15/11/2011 12h54
Grupo faz manifestação contra corrupção e Agnelo em Brasília
Com manhã chuvosa, protesto reunião cerca de 30 no Museu da República.
Marcha contra corrupção foi cancelada porque cidade estaria vazia.
Do G1 DF

Mesmo com o cancelamento da marcha contra corrupção em Brasília, cerca de 30 manifestantes se reuniram embaixo do Museu da República, nesta terça-feira (15), para protestar. Aguns vestiam camisas bordadas e com adesivos com os escritos "Fora Agnelo". De acordo com a organização da marcha contra corrupção, a manifestação foi cancelada em Brasília porque a "cidade fica vazia no feriado". O tempo chuvoso e frio também impediu uma maior adesão, acreditam algumas pessoas que compareceram à Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (Foto: Rafaela Céo/G1)          


Copiei “o texto abaixo por ser muito semelhante a que vi aqui hoje em Brasília, na ‘‘Esplanada dos Ministérios”. Quando eu ali passava, observei um minúsculo movimento, dei a volta e parei na hora, Me aproximei para averiguar o que estava acontecendo, vi umas oito pessoas estendendo uma Bandeira enorme do Brasil.

      Um Sr, de uns quarenta anos aproximadamente dirigiu a mim e perguntou veio pró nosso movimento? Respondi que movimento? Ele pergunta novamente, qual é mesmo seu nome?  Responde, Meu nome é Jeová. Perguntei a eles, Por que nesse momento, já havia mais alguns ao meu redor, que movimento mesmo é esse? Entendendo eles que eu iria ingressar ao tal movimento.

      Sorridente um me responde com outra perguntando, Você já ouviu falar do movimento contra a corrupção? Outro me vira às costas prá que eu lesse a frase em sua camiseta com o dizer “FORA AGNELO” Nesse momento eu muito irritado e sozinho no meio deles eu retruquei.

      Então vamos fazer o contrario vamos defender o Governador Agnelo, vocês sabe que desde Janeiro ate hoje, não tem se quer nenhuma denúncia de corrupção contra o Governo do AGNELO!! Pelo contrario o Agnelo é um Homem honrado, honesto, um líder que Governa o DF democraticamente com mais de quatorze Partidos políticos que quer moralizar o DF, com as principais lideranças de Brasília, ouvindo todos os movimentos sindicais, sociais, culturais e juntos com a Câmara legislativa e todas as pessoas de bem desta cidade.

O bate boca foi esquentando eles também nervosos e envergonhados pelo fiasco e o mico ali representado por eles, de um movimento que é um puro FRACASSO. Já comparado com o movimento cansei, se não o mesmo.  

 Vou dar um conselho a este grupinho, quando quiseram se aparecer no pig e nos jornalões dando uma de bons, “samaritano” convide agente, não se acanham. Pode nus convidar, ai sim, nos vamos levar as fotos e as provas dos verdadeiros corruptos que roubaram, arruinaram, e que montaram verdadeiras quadrilhas para dilapidaram o patrimônio publico e envergonharam todos os cidadãos de Brasília. 

Jeová Rodrigues

Segue outro texto 

                  Marcha Contra a Corrupção: Quem São Eles?


Marcha Contra Corrupção, movimento partidário apoiado pelo PSDB/DEM e amplamente dilvulgado pela Revista Veja, Reinaldo Azevedo, Folha de São Paulo, Estadão etc. é uma verdadeira farsa.


O ótimo relato abaixo, extraído do blog O Que Será Que Me Dá, mostra quem são e contra quem estão agindo os manifestantes da Marcha Contra Corrupção.


O discreto charme dos “Cansados” de São Paulo

Ontem estive na Paulista para tratar de um assunto no SESI e me deparei com aquela turma do “
Movimento Cansei” preparando o bloco para “se manisfestar” em frente ao MASP.

Os organizadores dizem que não pertencem a nenhum partido político e, estrategicamente, não se identificam como os ridículos “cansados” de 2007. Mas eram eles, sim. A maioria. Bastava olhar para as roupas, os óculos escuros de grife, os iPhones, Tablets, filmadoras, notebooks… Todos gravando imagens para publicar no Youtube… De apolíticos, havia duas ou três dúzias de crianças e adolescentes misturados a eles. Todos com cara de peixe fora d´agua, curtindo uma onda diferente…

Parei e fiquei observando. Não havia negros ou mulatos. Não havia ninguém que sequer lembrasse um operário. Será que essa gente nunca vai aprender que o Brasil é MUITO maior do que o bairro deles?

Eram umas 300 pessoas divididas em pequenos grupos, cada um deles cuidando do seu “kit-manifestação”. O resto era transeunte ou curioso passeando em dia de feriado ensolarado.

Retoca a faixa aqui, a pintura no rosto ali, muitos cartazes com as palavras de ordem que o PiG repercutiria mais tarde e, claro, alguns repórteres fazendo a cobertura do “grande evento”.

Era bem provável que a maioria dos participantes morasse nas imediações. Afinal, o MASP fica em frente aos bairros classe média alta dos jardins. Será que se deslocariam até a zona leste para fazer essa manifestação “apartidária”? Afinal, como alguns gritavam, “São Paulo é do povo”, “ O povo unido jamais será vencido”. Por que então não se aproximam do POVO da zona leste, das favelas da periferia?

Não sei como foi essa coisa em Brasília. Mas esses aí eu conheço há mais de 40 anos. São aqueles que odeiam povo viajando de avião, nordestino comprando casa em São Paulo através do Minha Casa, Minha Vida, amigos solidários dos covardes agressores de gays e outras minorias e – é bom lembrar bem – são SEPARATISTAS. Usariam o Brasil para eleger Serra e, a partir daí, seu ideal seria “livrar” São Paulo deste mesmo Brasil.

Me aproximei mais e caminhei entre eles tentando encontrar algum rosto conhecido (sim, conheço gente que não vota no PT!). Nada, ninguém conhecido. Uma mulher com um pacote de panfletos na mão e com ares de pertencer à comissão organizadora do evento se aproximou de mim e me deu o folheto. Percebi que ela queria me “enturmar com a galera”…

– Você veio participar da manifestação? – perguntou-me de forma quase maternal.

Embora já soubesse do teor, li rapidamente o conteúdo do panfleto e lá estava o que mais denunciava as verdadeiras intenções dos organizadores:

Um dos itens, colocado como “reivindicação” pedia “cadeia para os mensaleiros”. Quais mensaleiros? Deixa eu adivinhar: aqueles que foram acusados, julgados e condenados pelo PiG em 2005, a partir da denúncia de Roberto Jefferson tão desprovida de provas que o próprio Jefferson viria a negar tudo e chamar sua denúncia de “retórica sem fundamento” em setembro de 2011? Negativa que certamente os “cansados” nem ouviram falar – já que o PiG escondeu? (
veja aqui)

– A quais mensaleiros vocês estão se referindo? – provoquei.

– Delúbio, Zé Dirceu… o Congresso Nacional está cheio de corruptos! E como se fosse me contar um segredo ou pronunciar algum palavrão, aproximou-se com intimidade que não lhe concedi em momento algum e sussurrou: “Lula, Dilma”…

Movimento apartidário… sei. A mulher já se preparava para desembuchar argumentos que leu no PiG quando lhe devolvi o panfleto com desprezo. Deixei-a falando sozinha e saí andando. Já estava cansado dos cansados. Ainda pude ouvi-la perguntando: “Você é petista?” Quase voltei para responder: “Por que? Quem não é da sua turma é necessariamente petista?

Saí de lá imaginando os esquemas. A mídia divulga e amplifica. As câmeras da Globo fecham neles preenchendo a tela de gente. Assim, é possível fingir que está lotado e informar qualquer número de presentes. Mas a Globo não vai entrar nessa enquanto não sentir firmeza. Já bastou o mico da bolinha de papel…

Se a coisa engrena e o povão entra junto… Mas pera lá! O mundo está desmoronando em crise financeira e o Brasil na contramão, assobiando uma valsa. Acham mesmo que trarão o povo para as ruas para derrubar a presidenta Dilma? O povo foi às ruas impichar Collor porque o cara simplesmente confiscou a grana de todo mundo. Bem ou mal, nos últimos anos nossa situação (e principalmente do povão) é exatamente oposta.

É claro que muita gente compareceu com a melhor das intenções. Principalmente os mais jovens. É claro também que o governo de São Paulo jamais permitirá que qualquer CPI vá adiante sobre 
a denúncia do deputado Roque Barbieri – PTB - por exemplo. Ou a do Rodoanel, da Alstom… Sabe-se que centenas de CPIs foram engavetadas nos últimos 20 anos em São Paulo. Mas até quando os golpistas do “Cansei” travestidos de “Marcha contra a corrupção” vão conseguir esconder seu propósito real?

Fonte
O Que Será Que Me Dá?  

--
Jeová Rodriques
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Lula falou da crise econômica e de política em visita, diz Maia

11/11/2011 - 20h22
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os presidentes da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estiveram hoje (11) em São Bernardo do Campo (SP) para visitar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que está em tratamento contra um câncer de laringe. Após quase duas horas e meia de visita, Maia deixou o apartamento de Lula e falou com a imprensa na frente do prédio onde o ex-presidente mora. Segundo ele, Lula “está muito bem, de vento em popa”.
“Ele está muito alegre, muito disposto. É óbvio que ele, como qualquer um de nós, sente os efeitos de uma quimioterapia. Quem já passou por um tratamento desta natureza sabe que não é um tratamento simples e fácil e que tem repercussões no humor”, disse Maia. Segundo ele, Lula manifestou mais uma vez o desejo de comer “uma boa picanha, gorda”.
Segundo Maia, durante a visita, os três conversaram sobre a crise econômica mundial e os impactos que ela pode ter no Brasil. A queda de ministros do governo Dilma Rousseff não foi tema da visita, mas as eleições municipais foram tratadas. “Eu informei a ele que fizemos ontem (10), na minha residência em Brasília, um café da manhã com a bancada petista de São Paulo, quando selamos o acordo (para Fernando Haddad concorrer às eleições em São Paulo). Ele comemorou bastante”.
“Ele disse que agora a tarefa do Haddad será procurar todos os partidos que estão na base de sustentação da presidenta Dilma, o que inclui também o PMDB, com a possibilidade de uma aliança em São Paulo”, disse Maia.
Durante a visita, Maia, Sarney, Lula e a esposa do ex-presidente, Marisa Letícia, posaram para uma foto junto com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Muito emocionado, ele disse que aquela santa estava dando muita energia e força para este momento que ele estava vivendo”, disse Maia
Aos jornalistas, Maia também disse que a Desvinculação de Recursos da União (DRU) terá que ser votada ainda este ano. “Estamos trabalhando na Câmara para que ela seja votada ainda este ano, até porque é uma necessidade do país. Estamos enfrentando uma crise financeira mundial sem precedentes, que ninguém sabe quanto tempo vai durar”.
Ontem (10), Lula recebeu a visita da presidenta Dilma. Na sexta-feira passada, o ex-presidente recebeu a visita da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O ex-presidente foi diagnosticado no último dia 29 de outubro com um tumor de aproximadamente três centímetros na laringe e, no dia 31 de outubro, começou a fazer um tratamento quimioterápico.
O presidente do Senado deixou o local sem falar com a imprensa.
 
Edição: Rivadavia Severo

Lula falou da crise econômica e de política em visita, diz Maia

11/11/2011 - 20h22
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os presidentes da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estiveram hoje (11) em São Bernardo do Campo (SP) para visitar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que está em tratamento contra um câncer de laringe. Após quase duas horas e meia de visita, Maia deixou o apartamento de Lula e falou com a imprensa na frente do prédio onde o ex-presidente mora. Segundo ele, Lula “está muito bem, de vento em popa”.
“Ele está muito alegre, muito disposto. É óbvio que ele, como qualquer um de nós, sente os efeitos de uma quimioterapia. Quem já passou por um tratamento desta natureza sabe que não é um tratamento simples e fácil e que tem repercussões no humor”, disse Maia. Segundo ele, Lula manifestou mais uma vez o desejo de comer “uma boa picanha, gorda”.
Segundo Maia, durante a visita, os três conversaram sobre a crise econômica mundial e os impactos que ela pode ter no Brasil. A queda de ministros do governo Dilma Rousseff não foi tema da visita, mas as eleições municipais foram tratadas. “Eu informei a ele que fizemos ontem (10), na minha residência em Brasília, um café da manhã com a bancada petista de São Paulo, quando selamos o acordo (para Fernando Haddad concorrer às eleições em São Paulo). Ele comemorou bastante”.
“Ele disse que agora a tarefa do Haddad será procurar todos os partidos que estão na base de sustentação da presidenta Dilma, o que inclui também o PMDB, com a possibilidade de uma aliança em São Paulo”, disse Maia.
Durante a visita, Maia, Sarney, Lula e a esposa do ex-presidente, Marisa Letícia, posaram para uma foto junto com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Muito emocionado, ele disse que aquela santa estava dando muita energia e força para este momento que ele estava vivendo”, disse Maia
Aos jornalistas, Maia também disse que a Desvinculação de Recursos da União (DRU) terá que ser votada ainda este ano. “Estamos trabalhando na Câmara para que ela seja votada ainda este ano, até porque é uma necessidade do país. Estamos enfrentando uma crise financeira mundial sem precedentes, que ninguém sabe quanto tempo vai durar”.
Ontem (10), Lula recebeu a visita da presidenta Dilma. Na sexta-feira passada, o ex-presidente recebeu a visita da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O ex-presidente foi diagnosticado no último dia 29 de outubro com um tumor de aproximadamente três centímetros na laringe e, no dia 31 de outubro, começou a fazer um tratamento quimioterápico.
O presidente do Senado deixou o local sem falar com a imprensa.
 
Edição: Rivadavia Severo
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Dilma: Programas de saúde vão tentar reduzir superlotação em prontos-socorros e falta de leitos
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Dilma: Programas de saúde vão tentar reduzir superlotação em prontos-socorros e falta de leitos

Presidenta destacou o desafio do SUS de garantir atendimento público gratuito. "Mas vamos enfrentar esse desafio porque os brasileiros e as brasileiras merecem uma saúde de qualidade.”


A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (14) que os programas SOS Emergência e Saúde em Casa terão como meta enfrentar dois dos principais problemas da saúde pública: a superlotação nos prontos-socorros e a falta de leitos nos hospitais.
“Estamos, com eles, dando mais um passo para melhorar a qualidade da saúde pública e aumentar a eficiência do atendimento no Sistema Único de Saúde”, disse durante entrevista no programa semanal Café com a Presidenta, ao abordar as iniciativas lançadas no último dia 8.
O Melhor em Casa tem o objetivo de ampliar o atendimento domiciliar do SUS. A finalidade é que, até 2014, o programa tenha mil equipes de atenção domiciliar e 400 de apoio atuando em todo o país. O Ministério da Saúde vai investir R$ 1 bilhão para custear esse atendimento.
“Decidimos oferecer o tratamento domiciliar para humanizar o serviço público de saúde. Vamos atender, em suas próprias casas, os doentes crônicos, os pacientes que estão em recuperação de cirurgias e as pessoas em processo de reabilitação motora”, explicou Dilma.
O SOS Emergência começa com a participação de 11 hospitais, e a finalidade é melhorar a gestão e qualificar o atendimento nos prontos-socorros. Até 2014, a ação deve chegar às 40 maiores unidades do país. Dilma informou que haverá parceria com hospitais privados de excelência para o treinamento das equipes e a otimização da gestão das unidades selecionadas para integrar o SOS Emergência.
A presidenta destacou o desafio do SUS de garantir atendimento público gratuito. “É uma tarefa enorme, mas vamos enfrentar esse desafio porque os brasileiros e as brasileiras merecem uma saúde de qualidade.”
(Agência Brasil)