sábado, 4 de fevereiro de 2012

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, secretário de Publicidade
Institucional, Abimael Nunes, explica como a pasta aproxima o governo
do cidadão do Distrito Federal.


Na capital dos concursos públicos, poucas publicações são tão
esperadas quanto os editais de aberturas de vagas. A primeira
divulgação desse tipo de documento é feita no Diário Oficial do
Distrito Federal (DODF). Dar maior visibilidade a essas informações é
uma das atribuições da Secretaria de Estado de Publicidade
Institucional (Sepi).

Além de publicar atos, licitações e edições no DODF, a Sepi também é
responsável por coordenar as campanhas publicitárias do governo e
divulgar o Distrito Federal em todo o Brasil e até em outros países.
Desde o começo de 2011, a Sepi democratizou a política de comunicação
do GDF, incluindo veículos que em outros tempos estiveram excluídos da
comunicação oficial, como, por exemplo, as rádios comunitárias.

Para explicar essa mudança, a AGÊNCIA BRASÍLIA entrevista esta semana
o secretário de Estado de Publicidade Institucional, Abimael Nunes de
Carvalho. Ele explica como a Sepi planeja e executa suas funções, com
grande repercussão entre o público.

A Secretaria de Publicidade Institucional desempenha o papel
estratégico de divulgar as políticas e os atos do governo, o que se
constitui em serviço de utilidade pública. Como é planejada essa
divulgação?

A divulgação do governo esta sustentada nos seguintes pilares: a
publicidade institucional ou regular, de caráter informativo, tem como
objetivo informar a população sobre atos, obras, ações e programas
governamentais, suas metas e resultados. A série GDF Faz é a principal
expressão desse tipo de comunicação. É um produto veiculado
semanalmente em praticamente todos os veículos de comunicação do DF. É
por meio dele que damos conhecimento à população do dia a dia do
governo. Eventualmente, complementamos com campanhas especiais, como
os balanços da saúde, habitação, transparência e segurança que
produzimos no ano passado.

As campanhas de utilidade pública são aquelas que visam informar,
alertar ou prevenir a população quanto à adoção de comportamentos que
lhes tragam benefícios. São exemplos as campanhas de prevenção à
dengue e de combate ao uso do crack, entre outras. Também há a
publicidade legal, que atende aos ditames legais quanto à publicação
de editais que o governo produz no seu dia a dia, sejam eles de
licitações, serviços ou concursos públicos. Portanto, são diversas as
necessidades de comunicação do governo e a Secretaria de Publicidade
Institucional tem o papel de administrar o que será veiculado pelos
órgãos e entidades governamentais.

É a partir daí que surgem as demandas dos órgãos do governo?

Sim. Eles nos solicitam campanhas ou ações publicitárias e nós
coordenamos a criação, produção e a veiculação, sempre em conjunto com
o órgão demandante. Provocadas por nós, as agências criam, as
produtoras realizam e os veículos de comunicação transmitem. Além das
campanhas demandadas por outros entes do GDF, no ano passado
produzimos 76 comerciais institucionais da série O GDF Faz (versões de
1m e 30s), o que dá mais de um por semana.

Qual o alcance dessas campanhas institucionais que o senhor citou?

As pesquisas pós-teste mostram que o conteúdo do GDF Faz é facilmente
compreendido pela população, tem um recall positivo em relação à
trilha sonora e à apresentadora e que mensalmente as peças atingem 99%
da população. As pessoas são impactadas em média quatro vezes por mês.

Na última década, a verba federal destinada à publicidade deixou de se
concentrar em grandes veículos para contemplar também os jornais e
rádios regionais e até novas mídias, como blogs e páginas na internet.
Isso também aconteceu aqui no Distrito Federal?

No inicio da gestão, o governador Agnelo Queiroz determinou que
deveríamos trabalhar para que a publicidade do GDF fosse a mais
efetiva possível. Por isso, sem desconsiderar a importância dos
grandes veículos, ampliamos e descentralizamos a presença publicitária
do governo. O GDF já anunciava nos veículos de maior audiência, como
as redes de televisão, os grandes jornais e as rádios mais ouvidas. O
que fizemos foi aumentar a participação dos veículos comunitários nas
campanhas, é óbvio que considerando a respectiva adequação. Hoje
trabalhamos com mais de 200 veículos. Significa dizer que estamos no
mais alto nível de democratização de investimento do mercado
publicitário. Graças a esse trabalho, a Sepi recebeu o prêmio de
destaque do ano pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing
e Propaganda.

E o que significa essa democratização para o público?

Significa que mais veículos de imprensa terão acesso às informações
sobre o que o governo está fazendo e, consequentemente, os mais
diversos públicos também receberão essas informações. Por exemplo,
campanhas sobre febre aftosa, focadas no setor agrícola, no meio
rural, exigem que a veiculação seja feita por meios de comunicação com
maior penetração nesse público. Às vezes a veiculação é feita em
emissoras de rádio e jornais comunitários. Outras vezes, por meio de
outdoors ou mobiliário urbano [como paradas de ônibus]. Nesse caso
específico do exemplo citado, as rádios se mostraram mais adequadas.

A Secretaria tem algum dado sobre a resposta ou o retorno do público a
essas campanhas?

Sim. Cada plano de mídia feito pela secretaria tem o objetivo de
alcançar, pelo menos, 90% do público-alvo. Nossas pesquisas de
pós-teste, como eu comentei, apontam que existe um recall [uma
lembrança da marca, no jargão publicitário] de 99% da população, que
tem informação sobre o GDF. Para se ter uma ideia, campanhas contra o
crack, contra a dengue e pelo uso da faixa de pedestres tiveram grande
aceitação pública e, por isso, atingiram seus objetivos.

E para este ano? O quê a secretaria está planejando?
Como a secretaria tem a tarefa de divulgar as realizações
governamentais, vamos seguir a linha de prestar contas à população
sobre o que o GDF está fazendo no seu dia a dia. Queremos aperfeiçoar
essa comunicação. Uma das medidas para isso é monitorar os horários de
TV e rádio, para saber como planejar exatamente os horários das nossas
inserções e, assim, garantir o máximo de eficiência, para que a
população tenha ainda mais facilidade em assimilar nossas informações.
Já em relação às campanhas de utilidade pública, estamos fechando um
calendário para o ano inteiro para sabermos em quais momentos essas
campanhas serão necessárias. Agora mesmo no começo de fevereiro,
devido à proximidade do carnaval, vamos fazer uma campanha de
conscientização para incentivar o uso de preservativos e evitar certas
doenças.

Como a Secretaria de Publicidade lida com as novas mídias, como blogs
e redes sociais?
Uma boa comunicação pressupõe campanhas com maior penetração possível.
Hoje não podemos desconsiderar a população que usa a Internet. As
redes sociais, os blogs e os sites cada vez mais se consolidam como os
melhores instrumentos para alcançar esse público. Então, se esses
veículos se adequarem às campanhas publicitárias do governo, é
importante que os utilizemos para disseminar as informações
institucionais.

Essas campanhas pelos veículos on-line podem ser vistas no mundo
inteiro. Existe alguma estratégia para esses veículos com o objetivo
de chamar a atenção dos turistas e impulsionar o setor turístico no
Distrito Federal?
No ano passado, a partir de demanda da Secretaria de Turismo,
começamos uma campanha para intensificar o turismo no Distrito
Federal. O início, de fato, ocorreu quando veiculamos um vídeo durante
o Miss Mundo, que foi realizado em São Paulo e visto em mais de 60
países. Tivemos também ações no Rio de Janeiro, São Paulo, em virtude
de eventos turísticos, e em revistas nacionais. E é claro que a
internet é um instrumento importante para atrair turistas para o
Distrito Federal. Neste sentido, a Secretaria de Turismo tem feito um
trabalho excepcional de divulgação do Distrito Federal no Brasil e no
Exterior. Nós a auxiliamos nessa tarefa, inclusive no que diz respeito
à utilização de veículos on-line, como hotsites, entre outros.

AGÊNCIA BRASÍLIA

População de Samambaia recebe geladeiras econômicas Programa Cidadania com Energia troca mais de 300 aparelhos velhos e leva dignidade à famílias de baixa renda

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Brasília, 4 de fevereiro de 2012 – O Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, secretários, parlamentares e autoridades diversas do Governo do Distrito Federal, entregou neste sábado (4), no Setor Oeste de Samambaia, (4), mais de 300 geladeiras de baixo consumo do Programa Cidadania com Energia. O objetivo da iniciativa é beneficiar famílias de baixa renda com a troca dos aparelhos velhos, que gastam mais energia, por outros mais econômicos, reduzindo em até 65% a tarifa de energia dessas famílias.
 
O trabalho, da CEB Distribuição – subsidiária da Companhia Energética de Brasília (CEB) – prevê ainda a instalação de iluminação pública definitiva nas áreas contempladas, a troca de lâmpadas incandescentes por modelos fosforescentes (mais econômicos), o desenvolvimento de projetos de eficiência energética e ações sociais – como a ação intitulada Luz das Letras, voltada para a alfabetização de jovens e adultos.
 
“Nosso programa vai até as regiões mais carentes e dá cidadania às pessoas. Permite o fim de irregularidades que causam riscos à vida da população, como as ligações clandestinas, proporciona economia de energia e, ao mesmo tempo, melhora a vida das famílias”, afirmou o governador, ao entregar a primeira geladeira à moradora Aparecida dos Santos.
 
A previsão do programa para 2012 é entregar 6,5 mil geladeiras e distribuir 300 mil lâmpadas econômicas em todo o Distrito Federal. Dessa forma, a expectativa da CEB é obter, com a redução do consumo proporcionada por esse trabalho, economia de 17.108 MW/h em um ano – o equivalente ao que a Região Administrativa do Gama consome em um mês.
 
Estiveram presentes à solenidade o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), Daniel Seidel, o presidente da CEB, Rubem Fonseca e o administrador de Samambaia, Risomar Carvalho, além de secretários e parlamentares, entre outras autoridades.
 
Muito além – Conforme explicou o presidente da CEB, Rubem Fonseca, os programas Agente CEB e Cidadania com Energia vão muito além de levar luz e energia elétrica às Regiões Administrativas do DF. Com a colocação de relógios padrão de energia, as pessoas passam a ter um endereço oficial e podem, por exemplo, abrir crédito em lojas sem ter que mentir ou usar o endereço de terceiros.
 
Para ser atendida, a família precisa estar cadastrada pela CEB. Precisa também fazer parte do grupo que paga a chamada tarifa social, que oferece descontos na conta de luz. Outro ponto importante para ser beneficiado é a exigência de que os interessados tenham seus nomes incluídos no cadastro único da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). O registro dá acesso ao programa Bolsa Família, do governo federal, que auxilia as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.
 
A população dessas regiões do Distrito Federal são constantemente visitadas por agentes da Sedest, que realizam o cadastro. Neste sábado, porém, a situação se inverteu e o trabalho foi adiantado no próprio local da distribuição de geladeiras. Isso porque agentes da secretaria aproveitaram o evento para fazer o cadastro de famílias de Samambaia e o recadastramento de moradores do Setor Oeste.
 
“A ação faz parte do nosso Plano de Busca Ativa às famílias de baixa renda. Todos os nossos agentes são treinados para realizar um questionário contendo 114 perguntas, que nos dão a real dimensão da necessidade dessas pessoas”, destacou o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Daniel Seidel.
 
Mais um franguinho – O êxito da ação conjunta pôde ser percebido pelo tom de comemoração dos moradores. Aparecida dos Santos, que agradeceu pelas geladeiras em nome de toda a população, fez questão de mencionar o bom atendimento recebido pelos agentes da CEB quando estiveram na sua casa. “Com a economia na conta de luz que a geladeira trará, vai dar para colocar mais um franguinho na panela”, contou.
 
Angela Viana Alves, viúva e mãe de seis filhos, outra beneficiada, disse que há 10 anos usava a mesma geladeira. Com a troca do aparelho velho, poderá ter um pouco mais de folga, na hora de pagar as contas. Segundo ela, o Governo do Distrito Federal tem lhe proporcionado melhores condições de vida desde antes da geladeira, sobretudo por ter permitido a retirada das gambiarras que tinha em casa.
 
O mesmo sentimento foi observado no relato do casal Edinaldo dos Santos e Diana Bispo da Silva Santos, beneficiado com as ações do GDF. Pais de quatro filhos, eles afirmaram que, antes, ficavam com medo das constantes quedas de energia, em consequência dos “gatos” que precisavam fazer para poderem ter luz. Agora, com o relógio padrão da CEB, esperam ter mais tranquilidade no uso consciente da energia.
 
Saneamento – Durante sua fala à população, o governador Agnelo Queiroz também anunciou que abrirá nova licitação para a construção da rede de esgoto de Samambaia. No decorrer do ano passado, o GDF chegou a abrir licitação para a construção da rede – uma reivindicação antiga da comunidade – mas não apareceram concorrentes para a realização das obras.
 
“Na primeira vez em que estivemos aqui, sequer havia calçadas. Hoje já construímos mais de 72 mil metros e estamos iluminando quadras e praças da nossa cidade. Depois, abrimos licitação para fazer o esgoto, mas ninguém apareceu, porque não praticamos os preços superfaturados de outras gestões, onde as pessoas queriam explorar a população”, declarou. “Se não aparecer nenhuma empresa nesta nova licitação vou determinar que a Novacap [Companhia Urbanizadora da Nova Capital] faça diretamente a construção”, ressaltou.
 
Festa– A solenidade da CEB também proporcionou momentos de lazer e propiciou aos moradores oportunidades de atendimento médico e inscrições para cursos de capacitação. Ao longo do evento estiveram disponíveis inscrições para cursos gratuitos pelo Sistema “S“ (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac – e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai) e pelo Instituto Federal de Brasília (IFB).
 
Já os profissionais de saúde do Centro de Saúde nº 3 de Samambaia realizaram consultas odontológicas, aferiram pressão artéria e glicose dos moradores e distribuíram kits com produtos de higiene bucal. As crianças, por sua vez, puderam se divertir em brinquedos infláveis, cama-elástica, pintura de rosto e desfrutar da distribuição de pipocas e algodão doce.
Suzano Almeida, da Agência Brasília