domingo, 29 de abril de 2012

Cumpre-se a profecia de Cavendish: virou leproso

Cumpre-se a profecia de Cavendish: virou leproso

Cumpre-se a profecia de Cavendish: virou leproso Foto: Folhapress_Divulgação

Depois da revelação de relações entre Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta, a empresa passa a ser investigada em praticamente todos os Estados do País; da Prefeitura de São Paulo, de Gilberto Kassab, até o Amazonas, de Omar Aziz; no Mato Grosso, de Silval Barbosa, também tem auditoria

29 de Abril de 2012 às 19:58
247 – Na única entrevista concedida desde que a construtora Delta surgiu como uma das protagonistas da CPI do Cachoeira, o empresário Fernando Cavendish profetizou: “Vou quebrar. Agora virei leproso, né?”. Não deu outra. Depois de a construtora deixar as obras do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, outros de seus contratos não devem prosseguir. Pelo menos é o que indica o movimento de vários governos e prefeituras pelo país, que iniciaram auditorias para avaliar cada detalhe de seus acordos com a Delta.
Neste domingo, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou a determinação que fez, ao primeiro escalão do governo, para a realização de um “acompanhamento rigoroso” dos contratos da Delta com a prefeitura da capital paulista. “A prefeitura está muito atenta e toda atenção será dispensada (aos contratos com a Delta). Sabemos a dimensão que ganhou essa questão e temos toda preocupação em esclarecer isso para as pessoas”, disse Kassab, antes do início da prova de Fórmula Indy realizada em São Paulo. E não foi o único a anunciar medidas como essa.
O jornal O Globo revelou que um contrato de R$ 1,1 bilhão assinado em novembro do ano passado entre a prefeitura de São Paulo e consórcio liderado pela Delta para varrição de lixo se tornou alvo de investigação do Ministério Público. Os promotores apuram as suspeitas de apresentação de documentos falsos pelo consórcio.
O governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), por exemplo, determinou, na última sexta-feira, abertura de comissão especial para fiscalizar quatro contratos com a construtora Delta para locação de veículos para a Polícia Militar do Estado (ele somam R$ 143,8 milhões). Em nota, Aziz disse que a comissão acompanhará o cumprimento das etapas do contrato com a Delta. “Qualquer coisa que esteja errada eu desfaço o contrato”, garante. Dos quatro contratos, vigentes até 2014, dois deles, no valor de R$ 24,2 milhões, foram realizados sem licitação. São 252 veículos alugados pelo governo – 60 deles estão nas ruas desde o ano passado. O custo unitário do aluguel varia entre R$ 8.500 e R$ 14,4 mil.
Outro que quer saber mais detalhes sobre os contratos de seu governo com a Delta é o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). A pedido dele, a Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso (AGE-MT) abriu procedimento para analisar minuciosamente o contrato firmado entre a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a construtora. “Eu não quero ter dúvida em nenhum procedimento no Estado”, justificou o governador. Quem quer?

E agora, Globo? Inquérito cita R$ 100 mil por mês para jornalistas derrubarem Agnelo



domingo, 29 de abril de 2012


E agora, Globo? Inquérito cita R$ 100 mil por mês para jornalistas derrubarem Agnelo

Num dos telefonemas gravados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, de fevereiro deste ano, o ex-sargento Dadá diz que o jornalista Mino Pedrosa (ex-assessor de Cachoeira) teria um contrato de R$ 100 mil por mês com Filippelli (vice-governador do Distrito Federal e principal cacique do PMDB-DF) :

Do Inquérito 3430 apenso 1. Página 202 do arquivo em PDF no link:
http://www.brasil247.com/videos-ipad/INQ_3430_Apenso_01_Volume_07.pdf
"Sombra" citado, remete ao jornalista Edson Sombra, que tem um blog de oposição ao governador petista.
A quadrilha de Cachoeira também queria trocar Agnelo pelo vice, conforme mostra o "viomundo".

A TV Globo andou investindo nesta linha de derrubar Agnelo.

Há 15 dias atrás, o "Blog da Helena" na Rede Brasil Atual, apontou que o "Jornal Nacional" noticiou de forma inversa aos fatos, e chegou a editar diálogos, transformando-os em monólogos para tirar o contexto da conversa que era favorável à inocência de Agnelo (aqui e aqui).

Agora, com o vazamento do inquérito na internet, merece destaque alguns trechos da conversa de Dadá com Cachoeira, após uma matéria na revista Veja atacando o governador Agnelo:


Após 25 minutos


Leia também:

Noticiário inventa trama para tentar implicar Agnelo

- Diálogos no JN desmentem o JN (de novo)

Dadá previu a queda de Agnelo em 3, 4 meses

Escrito por Simone de Moraes 14:31:00 28/04/2012


Crédito : Lia de Paula - Agência Senado


Luiz Carlos Azenha - No dia 28.01.2012, a revista Veja publicou reportagem intitulada O PT na Caixa de Pandora, baseada em entrevista com o delator Durval Barbosa. A reportagem acusava o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, de ter se beneficiado politicamente da Operação Caixa de Pandora, que detonou José Roberto Arruda (DEM) e abriu caminho para a eleição de Queiroz.
Como está claro neste grampo entre o araponga Idalino Matias, o Dadá (ou Chico), que trabalhava para Cachoeira, o grupo sabia sobre a publicação da reportagem antes dela sair:
 
O senador Demóstenes Torres (agora acusado formalmente pelo procurador Roberto Gurgel de ser sócio oculto da Delta) se manifestou e, em entrevista à Veja, acusou Agnelo de ter agido de forma criminosa:
Vejam agora o que Carlinhos Cachoeira comentou sobre o caso, nos dias subsequentes:

Notem que, no pé desta última degravação, Cláudio Abreu, diretor da Delta, se orgulha de ter orientado o diretor da revista: “PJ, vai nesse caminho”.
A Delta tem contratos para coleta de lixo no DF desde os tempos de Arruda.
Aparentemente, o grupo de Cachoeira fazia pressão para obter algum acerto com o governador Agnelo Queiroz e usou a imprensa para fazê-lo.

Serra, quando governador, pagou R$ 34 milhões à editora da revista Veja

O jornalista Altamiro Borges realizou minuciosa pesquisa junto aos editais publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e divulgou o resultado, nesta terça-feira, após descobrir indícios de um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril. A liberação dos recursos ficou gravada no histórico do Diário Oficial do Estado:
DO (Diário Oficial do Estado de São Paulo) de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara ‘inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola’.
DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.
DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.
DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.
DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.
■ DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.
DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.
DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.
DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.
■ DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.
Negócio milionário
Somente com as aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas de Veja, o governo tucano de José Serra transferiu, dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita, R$ 34.704.472,52 ao longo de um ano. O Ministério Público Estadual já acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil  para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.
A compra das assinaturas representa cerca de 25% da tiragem declarada da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do empresário Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao Grupo Abril. O tucano Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do Guia do Estudante, outra publicação do grupo.

Época também foi usada em defesa da Delta

Época também foi usada em defesa da Delta Foto: Eduardo Knapp/Folhapress_Divulgação_Adriano Machado/Folhapress

Num grampo de 29 de julho, o araponga Jairo Martins antecipa ao tenente-coronel Paulo Abreu que Época havia fechado uma reportagem de três páginas com “porrada no Agnelo”; “Que deus abençoe”, responde Abreu, que era o candidato de Demóstenes à presidência da SLU, contratante de Cavendish

29 de Abril de 2012 às 15:22
247 – Neste domingo, no jornal O Globo, o jornalista Merval Pereira saiu em defesa dos métodos de Veja e do jornalista Policarpo Júnior nas suas relações com Carlos Cachoeira (leia mais aqui). Segundo Merval, o inquérito revela apenas uma pequena intimidade e o pedido pela publicação de notinha na coluna Radar, feito pelo contraventor.

No entanto, vários trechos do inquérito revelam que o bicheiro usou a imprensa com frequência em defesa de seus interesses econômicos e políticos. E Veja não foi a única publicação instrumentalizada pela quadrilha. Época também.

É o que revela um diálogo entre o araponga Jairo Martins, funcionário de Cachoeira, e o tenente-coronel Paulo Abreu, da Polícia Militar do Distrito Federal, que também recebia recursos da quadrilha. Abreu era remunerado pela Delta, empresa de Fernando Cavendish, que tentava ampliar seus tentáculos no Distrito Federal.

Na conversa, de 29 de julho deste ano, Abreu antecipa uma reportagem que sairia em Época com “porrada no Agnelo”. Paulo Abreu responde: “Que deus abençoe”.

Servidor do Distrito Federal, Abreu era o candidato de Demóstenes Torres (sem partido/GO) e da Delta à presidência da SLU, empresa de limpeza urbana do Distrito Federal, que contratava a própria Delta.

Ou seja: o método da empresa de Cavendish envolvia a publicação de denúncias na imprensa e, sem seguida, a tentativa de obter vantagens por meio do senador Demóstenes Torres.

Ouça, abaixo, trecho do diálogo entre Jairo e Abreu:
RESUMO
PAULO ABREU PEDE PARA JAIRO DEIXAR O PAGAMENTO DA DELTA EM SUA CASA.
FALAM SOBRE REVISTA EPOCA REPORTAGEM SOBRE AGNELO.
DIÁLOGO
( ... )
JAIRO: Ué, como que você vai fazer? Fala ai, ué .
PAULO ABREU: ( ... ) vocês passa aqui em casa e deixar isso aqui cara.
JAIRO: Tá beleza, tá beleza, eu passo ai, é perto da ALAMEDA, né ?
PAULO ABREU: Fica depois da ALAMEDA, depois da ALAMEDA vira a direita ( ... )
JAIRO: ( ... ) a revista época fechou agora a edição dela, três página, porrada no AGNELO geral.
PAULO ABREU: Que Deus abençoe .
Leia, ainda, trecho de matéria recente da revista Época, em 13 de abril deste ano, em que a revista revela que a Delta era “a preferida do bicheiro” e que tentou emplacar Paulo Abreu na presidência da SLU:
Mesmo depois de vencida a disputa, a Delta enfrentou problemas em Brasília. Escutas telefônicas feitas pela PF mostram que a turma de Cachoeira atuou com força para defender os interesses da empresa, logo após a eleição do governador Agnelo Queiroz (PT). No dia 30 de dezembro de 2010, dois dias antes da posse de Agnelo, Cachoeira conversou com o então diretor da Delta no Centro-Oeste, Abreu, e com o sargento Idalberto Matias, o Dadá, um dos arapongas da organização. Os três articulavam uma conversa do senador Demóstenes (então no DEM) com Agnelo. Demóstenes foi escalado e participou do lobby para controlar o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), justamente o órgão para o qual a Delta trabalhava no Distrito Federal. No encontro, Demóstenes pediria a Agnelo a nomeação do tenente-coronel da Polícia Militar Paulo Abreu para a presidência da SLU. De acordo com as gravações, Paulo Abreu usaria o cargo para beneficiar a Delta. “O governador já está sabendo, entendeu e vai tomar as providências para atender”, diz Dadá para Cláudio Abreu. Apesar do lobby, Paulo Abreu não assumiu o cargo e é hoje investigado pela Polícia Federal. Por intermédio de sua assessoria, Agnelo diz que “jamais foi ventilada” a nomeação de Abreu e negou ter participado de qualquer “reunião privada com Demóstenes”.
Época só não revela que, em julho do ano passado, foi usada pela quadrilha de Cachoeira para fazer com que Agnelo nomeasse Paulo Abreu na SLU.

Vem aí o 8º Feirão da Caixa Econômica

Mais de 430 mil imóveis serão colocados à venda

Tamanho da Fonte      Redação Jornal Coletivo
Feirão promete concretizar o sonho da casa própria de milhares de famílias brasileirasFeirão promete concretizar o sonho da casa própria de milhares de famílias brasileiras
A Caixa Econômica Federal promove, entre 4 de maio e 10 de junho, a 8ª edição do Feirão da Casa Própria em 13 grandes cidades. Maior evento do setor imobiliário no país, o Feirão promete estimular ainda mais a aquisição da casa própria pelas famílias brasileiras ao oferecer mais de 430 mil imóveis novos, usados e na planta, com crédito fácil e rápido, com taxas de juros menores.
Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, “a grande vantagem do Feirão é a possibilidade de se realizar o processo de aquisição do imóvel num único espaço, onde estão, juntos, todos os agentes da cadeia da habitação, como construtoras, corretores, cartórios e técnicos da Caixa, responsáveis por analisar e liberar os financiamentos, o que poupa tempo e dinheiro para as famílias”. A 8ª edição do evento vai contar com mais de 760 construtoras, quase 400 imobiliárias e 460 correspondentes do banco. As primeiras cidades a receberem o Feirão serão Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, entre os dias 4 e 6 de maio.


Condições para todos os bolsos 

Para quem quer sair do Feirão com imóvel próprio,  basta levar documento de identidade, CPF e comprovante de renda. Além dos Feirões, os interessados podem obter informações em todas as agências da Caixa, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente do banco (0800-726-0101), disponível 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. Outra opção é o simulador habitacional na internet, que pode ser acessado no portal da instituição (www.caixa.gov.br). Na ferramenta, é possível calcular e visualizar vários cenários e valores, e ainda escolher a opção que mais se encaixa no rendimento familiar.



As primeiras cidades a receberem o Feirão serão Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador

Localidade tornou-se oficialmente a 31ª Região Administrativa do Distrito Federal neste

Fotos Roberto Barroso
Fercal é lançada como Região Administrativa do DF


Localidade tornou-se oficialmente a 31ª Região Administrativa do Distrito Federal neste sábado. Cerca de 1,5 mil pessoas prestigiaram o evento

Brasília, 29 de abril de 2012 – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou, na noite deste sábado (28), do evento de lançamento da Fercal como a 31ª Região Administrativa do DF. O desejo de se tornar uma cidade legalmente reconhecida era uma reivindicação antiga no local, que existe há 56 anos. Cerca de 1,5 mil pessoas compareceram ao evento, realizado na Praça do Engenho Velho.

"Essa é uma conquista do DF  como um todo. A criação da cidade da Fercal foi apenas o primeiro passo. A segunda etapa será o orçamento participativo, que vai definir as prioridades da comunidade e levar os recursos à população. Os moradores daqui são batalhadores e merecem serviços públicos de qualidade. Esse é um novo tempo e um novo caminho para a Fercal, que até então esteve esquecida pelo poder público", ressaltou Agnelo Queiroz.
Fotos Roberto Barroso

Apesar de o lançamento oficial da Fercal como região administrativa ter ocorrido neste sábado, os investimentos do Governo do Distrito Federal na cidade, que abriga 27 mil habitantes, já começaram. Entre as melhorias estão a duplicação da rodovia DF-150, o asfaltamento de pistas e a iluminação de vias públicas.

Para o vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado dr. Michel, responsável por levar a proposta ao GDF, reafirmou os benefícios que a Fercal terá daqui para frente. "A partir de hoje a Fercal deixa de ser um lugarejo e torna-se uma cidade. Essa nova condição vai trazer regularização, infraestrutura, água potável, transporte público, educação, saúde e segurança para a comunidade", disse.

Estiveram presentes ao evento o secretário de Governo, Paulo Tadeu, o secretário-chefe da Casa Militar, tenente coronel Leão, e o empresário e representante comunitário Sálvio de Matos. Ao final, Agnelo Queiroz recebeu uma homenagem da comunidade e do deputado dr. Michel pela implantação da cidade da Fercal. Dez pioneiros da localidade também foram homenageados.

Demóstenes atuou com Gilmar por ação no STF

Demóstenes atuou com Gilmar por ação no STF Foto: Sérgio Lima/Folhapress-Divulgação

"Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar”, diz o senador ao bicheiro Carlinhos Cachoeira em mais um diálogo gravado durante a Operação Monte Carlo; a conversa diz respeito a ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás

28 de Abril de 2012 às 18:49
247 – O caso Carlinhos Cachoeira chegou ao Supremo Tribunal Federal, e, desta vez, não foi por meio de pedido de abertura de inquérito encaminhado pela Procuradoria-Geral da República. Reportagem de O Estado de S.Paulo revela conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, em que o parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação bilionária que diz respeito à Companhia Energética de Goiás (Celg).

No diálogo de quase quatro minutos, travado no dia 16 de agosto do ano passado, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro. ”Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí", diz o senador, em referência a um instrumento processual que permite aos ministros escolher os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.

Confirma a matéria de Fernando Gallo, de O Estado de S.Paulo:
Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para levar à máxima corte do país uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).

No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como "Gilmar".
"Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí", contou o senador, referindo-se a um instrumento processual que permite aos ministros escolherem os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.

Considerada por muitos políticos goianos a "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões.

 Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial.

"Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg... essa Celg se salva (sic), viu?", disse. "Eu acho que esse trem pode dar certo, viu? Ele que consegue tirar uns dois... três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?"

Ao que Cachoeira responde: "Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?"

Demóstenes e Gilmar Mendes foram motivo de polêmica quando, em 2008, a revista Veja publicou uma reportagem com uma suposta conversa entre ambos que teria sido grampeada ilegalmente. Os dois confirmaram a existência da conversa, mas a revista nunca publicou o áudio do diálogo.

A Celg foi motivo de um embate no Estado de Goiás quando, no fim de 2010, o então governador eleito Marconi Perillo (PSDB) anunciou, durante o período de transição, que não cumpriria um acordo costurado entre a gestão Alcides Rodrigues (PP) e o governo federal, que previa empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF) ao Estado de Goiás para tirar a companhia energética do atoleiro.

A justificativa da equipe marconista era que o acordo continha cláusulas prejudiciais ao Estado. O governo Alcides viu motivação política na decisão da equipe de transição. Um ano depois, no fim de 2011, Marconi fechou um acordo com o governo federal para transferir à União o controle acionário da Celg, que foi federalizada.

O 'Estado' não conseguiu encontrar o senador e o ministro do STF para comentarem a gravação.

Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar Agnelo


Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar Agnelo Foto: Divulgação

Novos diálogos do inquérito Monte Carlo revelam ação coordenada do senador goiano para pressionar o governo do Distrito Federal a agir em defesa dos interesses da empreiteira Delta; caso contrário, haveria mais denúncias na Veja para provocar um impeachment; PJ é Policarpo Júnior

28 de Abril de 2012 às 22:53
247 – Graças ao trabalho do jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, novas peças do quebra-cabeças da Operação Monte Carlo começam a se encaixar.
A partir de diálogos do inquérito vazado pelo 247, Azenha garimpou informações relevantes para a compreensão da crise política no Distrito Federal.

Em 28 de janeiro deste ano, Veja publicou uma reportagem chamada “O PT na Caixa de Pandora”, apontando que o governador Agnelo Queiroz teria agido para derrubar o antecessor José Roberto Arruda.
Um dos personagens citados na reportagem era o senador Demóstenes Torres, que aparentemente pautava a sucursal brasiliense da revista Veja. Ouvido pela revista, o parlamentar goiano declarou que Agnelo teria agido de forma criminosa.

Os diálogos da Operação Monte Carlo, no entanto, revelam que Demóstenes não se pautava pela ética, mas sim pelos interesses comerciais da Construtora Delta.

Num dos grampos, de 30 de janeiro deste ano, Dadá comenta com um interlocutor identificado como Andrezinho que Demóstenes só sentaria com Agnelo para poupá-lo de novas denúncias na revista Veja se seus interesses (da Delta) fossem atendidos.

No mesmo dia, Dadá fala também com Carlinhos Cachoeira, que é explícito na pergunta: “Agora ele cai?” Ou seja: fica claro que o contraventor, sócio da Delta, trabalhou, em conluio com a revista Veja, pela queda do governador do Distrito Federal.

Depois disso, no mesmo dia, há um novo diálogo, entre Cachoeira e o diretor da Delta, Claudio Abreu. “Arrebentou, hein, o bicho arrebentou, hein”, diz Abreu. “Foi bom demais”, responde Cachoeira.
Antes de desligar, Abreu revela ter orientado o jornalista Policarpo Júnior, de Veja.
“Mas eu já tinha falado isso pro PJ lá: “PJ, vai nesse caminho”.
PJ é Policarpo Júnior.

Como diz Reinado Azevedo, Policarpo é f... Ele nunca vai ser nosso.
Clique aqui e leia a íntegra dos diálogos garimpados por Azenha.