domingo, 15 de abril de 2012

Cachoeira era quem pagava a tal marcha contra a corrupção

6 meses depois de patrocinar 'Marcha contra corrupção', ela volta-se contra Marconi Perillo

Hoje, deu no Goiás247:
O povo sai das redes e ocupa as ruas de Goiânia
Mais de dois mil goianos, em sua maioria jovens, saíram às ruas em protesto contra a administração do governador Marconi Perillo (PSDB). A concentração se deu no entorno da Praça Cívica e seguiu pelas avenidas Goiás, Araguaia e ruas paralelas no Centro de Goiânia, voltando depois à Praça Cívica, onde fica o Palácio das Esmeraldas, sede do governo. Os manifestantes deram um abraço simbólico no anel interno da praça. Ao som de “Que Pais É Esse’, os jovens gritaram frases de protesto e empunharam cartazes e faixas endereçadas ao governador.
A mobilização teve início no mundo virtual, em especial no Facebook, e se tornou uma demonstração clara de que é possível até segurar o conteúdo de veículos tradicionais, mas não a internet.
O FORAMARCONI, segundo os organizadores, foi estimulado pelo que definem como “descaso” e “falta de honestidade na administração estadual”. “Nas últimas semanas, fomos destaque nacional pela quantidade de corruptos que comandam nosso Estado. Goiás está a serviço do crime organizado, e não podemos aceitar o silêncio diante de tamanho descompromisso”, desabafou o estudante Artur Borges, da equipe organizadora, ao Goiás247. (A íntegra da matéria está aqui)
Há 6 meses atrás:
Perillo por trás da "marcha contra a corrupção" usando ONG. Tem caixa-2 no rolo?
Assesor Especial do governador Marconi Perillo (PSDB), o ex-deputado Leandro Sena (PRTB) comanda a marcha em Goiânia com a máquina de sua ONG. A TV Globo de Goiânia o está entrevistando, mas não levou ao ar a entrevista, dando a entender que seria "apartidária".
 O povo quer saber se tem Caixa-2 de campanha financiando a "marcha contra a corrupção".
 Em Goiânia, a marcha teve no comando o ex-deputado estadual Leandro Sena (PRTB/GO), atual Assessor Especial do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB/GO).
Sena mobilizou a máquina de sua ONG +Ação, para colocar um caminhão de trio-elétrico na rua, e levar manifestantes, devidamente uniformizados e com cartazes e fazendo panfletagem. (A íntegra desta notícia está aqui)

Operação Retomada da PM reduz criminalidade no DF

Operação Retomada da PM reduz criminalidade no DF

Em dois dias foram realizadas 48 prisões em flagrante e apreendidas 35 armas de fogo. Não houve nenhuma ocorrência de latrocínio Brasília, 15 de abril de 2012 – A Operação Retomada, realizada pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desde a tarde da última sexta-feira, garantiu um fim de semana tranqüilo à população. O trabalho dos policiais nas ruas resultou em 35 armas apreendidas – um recorde no DF – e nenhuma ocorrência de latrocínio. Os homicídios foram reduzidos para cinco e os roubos com restrição de liberdade caíram para nove. Em dois dias, a PM fez 48 prisões em flagrante.


“O trabalho voltou à normalidade. A Operação Retomada não contou com aumento de efetivo nas ruas. O que aconteceu foi que os oficiais deram apoio e fiscalizaram as ações. A corregedoria não identificou nenhum policial atuando de forma inadequada. Fizemos um esforço concentrado para sair da crise e agora poderemos implementar o novo programa de Segurança Pública para o DF”, garantiu o coronel Suamy Santana, que tomou posse como comandante da PM na tarde de sexta-feira.

   O novo programa de Segurança pública vai consolidar o conceito de policiamento inteligente e integrado que vem sendo adotado desde o início do atual governo. O enfrentamento à criminalidade será feito de forma integrada e inteligente e de acordo com as necessidades de cada Região Administrativa. Serão estabelecidas estratégias para enfrentar a criminalidade com atuação conjunta das forças de segurança, de acordo com as principais ocorrências criminais registradas e com a participação ativa da população.

Serão criadas quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), desdobradas em 33 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP) que contarão com Conselhos Operacionais Regionais (COR), colegiado coordenado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/DF) e formado por representantes das forças de segurança, de órgãos de governo, representantes da sociedade civil e comunidade local.

“A filosofia da nova política é reconhecer e enfrentar os problemas regionais de segurança pública por meio de uma gestão na qual a responsabilidade será compartilhada. Nós vamos planejar em conjunto as ações operacionais que serão desenvolvidas em cada AISP. Também vamos estabelecer métodos para planejar, coordenar, fiscalizar e controlar operacionalmente as ações desencadeadas em cada RISP”, explicou o secretário de Segurança Pública Sandro Avelar.

Zé Dirceu denuncia cortina de fumaça de Veja

Zé Dirceu denuncia cortina de fumaça de Veja

Zé Dirceu denuncia cortina de fumaça de Veja Foto: Edição/247

Neste fim de semana, Veja acusa o PT, liderado por José Dirceu, de armar cortina de fumaça para abafar mensalão; agora, é o ex-ministro quem acusa a revista de abafar o caso Demóstenes-Cachoeira-Policarpo; quem está certo?

15 de Abril de 2012 às 14:33
247 – Em reportagem de capa deste fim de semana, a revista Veja denuncia uma suposta armação, liderada pelo PT e pelo ex-ministro José Dirceu, de armar uma cortina de fumaça para tentar abafar o julgamento do mensalão. Uma tentativa desesperada, segundo a revista de Roberto Civita.
Neste domingo, José Dirceu reage e acusa Veja de armar a sua própria cortina de fumaça para tentar abafar o escândalo revelado pela Operação Monte Carlo. “Eu sou réu e quero ser julgado”, diz ele. “Com esta matéria de capa, a Veja tenta livrar sua própria pele e escamotear seus métodos de fazer jornalismo que atentam contra a ética da profissão; em suma, contra a democracia”, completa.
Quem tem razão? Veja? José Dirceu? Ambos?
Leia, abaixo, o artigo publicado por José Dirceu:
Para não investigar as ligações criminosas Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"
Publicado em 14-Abr-2012
É mais do que sintomático o comportamento da Veja, cuja matéria capa desta semana tenta tirar os holofotes das gravíssimas denúncias em torno do esquema criminoso comandado pelo contraventor e empresário Carlos Cachoeira, com tentáculos em esquemas de governo e no qual estão envolvidos políticos de diversos partidos, muito especialmente os da oposição.
Para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, a Veja vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados.
Nada mais falso. Eu sou réu neste processo e sempre disse que quero ser julgado para provar a minha inocência. O que a Veja quer fazer, secundada por outros veículos da grande mídia, é transferir ao PT o seumodus operandi de jogar poeira nos olhos dos leitores para turvar a realidade, desviar o foco e anestesiar os fatos para construir a pauta política que lhe convém. No caso, tenta, desde 2005, quando eclodiu o escândalo do uso de recursos de caixa dois para pagar dívidas de campanha de partidos da base do governo Lula, transformar o crime eleitoral em crime político de compra de votos de congressistas em matérias de interesse do governo. E segue ignorando os autos do processo.
Pressão aos juízes
O que ocorre agora é mais um movimento dessa campanha, centrada na pressão aos juízes do STF para um julgamento político do “mensalão”, no lugar de um julgamento baseado em fatos e provas. Nada de novo, com o agravante de que, ao trazer o escândalo do “mensalão” para o centro dos debates tentando atropelar o julgamento do processo, tem claramente o interesse de confundir o público e tirar os holofotes do escândalo da ligação de Cachoeira com o senador Demóstenes, e da cadeia de interesses dela decorrente.
Só para lembrar: o caso do mensalão emergiu dentro do escândalo Cachoeira-Demóstenes pelo fato de o ex-prefeito de Anápolis, Ernani José de Paula, ter denunciado que a gravação de entrega de propina nos Correios em 2005 – que deu origem à CPI dos Correios e ao mensalão – foi patrocinada pelo esquema de Cachoeira.
Na esteira dessa gravíssima denúncia de relações e contaminação da máquina pública por interesses privados e criminosos, uma triste constatação. A de que alguns órgãos de imprensa, onde se destaca a Veja, pretensa guardiã da ética e bons costumes das elites, serviram-se de informações engendradas no esquema criminoso de Cachoeira para produzir matérias denuncistas. Que fatídica aliança! Com esta matéria de capa, a Veja tenta livrar sua própria pele e escamotear seus métodos de fazer jornalismo que atentam contra a ética da profissão; em suma, contra a democracia.

Mensalão: A Maior Barriga da Imprensa Brasileira... _ Relações Tenebrosas

Mensalão: A Maior Barriga da Imprensa Brasileira...

_ Relações Tenebrosas

Observo que a imprensa está em estado de pânico com a abertura da CPI do Cachoeira. Nela será mostrada a farsa que foi o Mensalão e eles terão de fazer o maior MEA CULPA da história deste País! A VEJA faz "cara de paisagem" tentando mostrar que não esta nem aí.e Rede Globo já esperneia e começa a atirar para o "outro lado", agora.


Serão esclarecidos diversos episódios que marcaram a recente história de escândalos do Brasil. O "Grampo Sem Áudio", os Vídeos da "Corrupção dentro dos Correios" e as "Filmagens no Hotel Naum".

Crise midiática! O Mensalão será a maior BARRIGA da mídia brasileira.

Folha e Globo escondem relação de importantes políticos com um dos maiores criminosos do Brasil

Folha e Globo escondem relação de importantes políticos com um dos maiores

“Pensei que ele tivesse abandonado o crime”. Não é piada. Foi isso o que disse Demóstenes Torres (DEM), um dos principais moralistas do Congresso, sobre suas relações com Carlinhos Cachoeira, o mais destacado mafioso brasileiro. Não, Demóstenes. O Brasil inteiro sabia das atividades ilegais do bicheiro.

Demóstenes Torres Carlinhos Cachoeira Goiás
Senador Demóstenes Torres, encarado pela imprensa brasileira como Paladino da ética, recebia até presentes do mafioso Carlinhos Cachoeira
A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que administrava uma série de cassinos ilegais em Goiás e nas cercanias de Brasília, cada um com faturamento mensal na casa de R$ 3 milhões, tem provocado um verdadeiro tsunami político em Goiás, estado administrado por Marconi Perillo, que vinha sendo apontado como um possível presidenciável do PSDB. Até agora já se sabe que:
1) o mafioso Cachoeira nomeava delegados e pagava mesada a policiais de Goiás
2) o mafioso Cachoeira distribuía presentes ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO)
3) o mafioso Cachoeira indicava parentes até para a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás
Agora, mais uma revelação estarrecedora. Ele foi preso na sua residência, em Goiânia. Uma casa que, até 2010, pertencia a quem? Ao governador Marconi Perillo.

Reação de DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO)

Ex-delegado, o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) se especializou nos últimos anos em posar como eterno paladino da ética, pronto a assinar qualquer pedido de CPI e a prestar declarações a todo órgão de imprensa disposto a repercutir escândalos de corrupção. Até aí, tudo bem. Esse é o papel democrático da oposição. O que não se sabia – e se sabe agora – é que Demóstenes Torres é amigão do peito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso ontem na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Questionado sobre suas relações com o Don Corleone brasileiro, Demóstenes soltou uma pérola: “Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais”.
Não, Demóstenes.
Impossível. O Brasil inteiro sabia das atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira. Especialmente em Goiás, onde ele administrava uma rede de cassinos ilegais. O que o Brasil não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava as cartas no governo de Goiás, nomeando delegados e técnicos de várias áreas do governo.
O que o Brasil também não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava presentinhos ao senador mais moralista da República. No casamento do senador, o presente dado pelo bicheiro foi uma cozinha completa. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, declarou Demóstenes.

Leia mais

Além de desmoralizar o senador goiano, a Operação Monte Carlo também pode arruinar a carreira política do governador Marconi Perillo, do PSDB, que entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.

FOLHA DE S. PAULO

Pé de uma página par, sem fotos, e sem referência aos nomes dos políticos no título e no olho. Assim, a Folha de S. Paulo noticiou o que apurou sobre as relações entre o mafioso Carlinhos Cachoeira e dois personagens centrais da política goiana: o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM.
Intitulada “Preso pela PF tinha contato com políticos de GO”, a matéria está bem escondida. No entanto, a reportagem tem revelações importantes. Uma delas, a de que Perillo recebeu Carlinhos Cachoeira em audiência oficial. Outra, a de que Demóstenes jantava com frequência com o bicheiro, contando muitas vezes com a presença do governador. Além disso, Cachoeira era um suposto lobista da Delta Engenharia junto ao governo de Goiás.
Assim, como a Folha, as Organizações Globo também esconderam o que a Operação Monte Carlo traz de mais relevante: o fato de Carlos Cachoeira possuir influência direta no governo goiano.

ORGANIZAÇÕES GLOBO

É incrível silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País, sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Bom, de fato, há uma matéria no G1, portal de notícias da Globo. Mas é preciso ter lupa para encontrá-la. O texto remete para uma reportagem de Época, com título anódino: “As ligações de Carlinhos Cachoeira com políticos”. Políticos, como se vê, é uma expressão como outra qualquer. Poderia ser, por exemplo, baleias. Nenhuma preocupação em dar, no título da matéria, nome aos bois, indicando o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM. Será que seria assim se os amigos do peito do bicheiro fossem representantes da base governista ou, mais precisamente, do PT?
Temos nossas dúvidas. Na reportagem de Época, Demóstenes Torres é quase uma vítima do bicheiro, que o iludiu. “Pensei que ele havia abandonado a contravenção”, disse ele.
Aguardemos as próximas aparições de Patrícia Poeta.
Brasil 247 & Pragmatismo Político

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, convoca mobilização para apoiar investigação de esquema criminoso e denuncia "operação abafa", que tenta impedir apuração dos fatos

(Veja abaixo, Rui Falcão convoca mobilização para apoiar investigação de esquema criminoso  e denuncia "operação abafa", que tenta impedir apuração dos fatos)

Por Rui Falcão - 12.04.12 

O episódio que revelou a escandalosa participação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM) em uma organização criminosa merece algumas reflexões e, olhando para o futuro, uma ação imediata.
Desde que foi constatada a cumplicidade do senador com uma gama infindável de crimes, assistimos a uma tentativa (às vezes ridícula) de explicação para o logro em que alguns caíram.
Como justificar que o arauto da moralidade, crítico feroz dos governos Lula e Dilma, trabalhava e traficava informações, obtidas pelo uso indevido do mandato, para um conhecido contraventor?
Até a psicanálise foi fonte de argumentos na tentativa vã de entender as ligações do senador com o contrabando, o jogo ilegal, a escuta clandestina e a espionagem todas práticas tipificadas no Código Penal.
O certo, porém, é que a veneração que setores da mídia nutriam por Demóstenes refletia uma espécie de gratidão pela incansável luta, essa sim verdadeira, do parlamentar contra todos os avanços sociais obtidos pelos governos petistas.
Ressalte-se, aliás, que mesmo depois de flagrado na participação ativa em organização criminosa, o ainda senador, fingindo ignorar o mundo real, arvora-se a analisar, sob o crivo crítico dos tempos de falsa vestal, ações do governo Dilma.
Mais do que uma “vendetta” contra o fanfarrão, porém, o Congresso está diante de uma oportunidade única de desvendar um esquema que, pelo que foi divulgado até agora, não se resume à ligação de empregado e patrão entre Demóstenes e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
A morosidade do inquérito em algumas de suas fases e as ligações pessoais do promotor de carreira Demóstenes Torres com membros do Judiciário precisam ser investigadas. O mesmo se exige na apuração de vínculos obscuros do senador com altos mandatários de seu Estado, Goiás, bem como de sua quadrilha com veículos de comunicação. Que não se permita a operação abafa em andamento. Que se apure tudo, até para dissipar suspeitas.
O único caminho para o esclarecimento passa por uma CPI no Congresso, onde alguns parlamentares também foram ludibriados pelo falso paladino das causas morais.
Cabe à Câmara e ao ao Senado, sem nenhum espírito de corpo, aproveitar a oportunidade única de desmascarar a farsa até o fim.
Talvez, no caminho da investigação, descubramos outros pregadores da moralidade que também se beneficiem do esquema que se abastecia das informações colhidas e transmitidas ao chefe pelo senador Demóstenes Torres.
A história brasileira registra outros episódios em que a pregação das vestais serviu para embalar a defesa de interesses sempre contrários aos da maioria da população. O falso moralismo udenista não está tão distante.
Se a forma do engodo não é nova, cabe ao Congresso provar, com a CPI, que o país está disposto a dar um basta a esquemas de banditismo. O Partido dos Trabalhadores defende a instalação de CPI no Congresso e conclama a sociedade organizada a se mobilizar em defesa da mais ampla apuração do esquema corrupto desvendado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

* Rui Falcão, 68, é deputado estadual (SP) e presidente nacional do PT
Da Folha de S.Paulo (para assinantes)
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Do Site do PT

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, convoca mobilização para apoiar investigação de esquema criminoso  e denuncia "operação abafa", que tenta impedir apuração dos fatos

PiG está aflito com
a força dos blogs sujos

    Publicado em 14/04/2012 Conversa Afiada

Saiu no blog do Miro, presidente do Barão de Itararé, Primeiro e Único:
Por Altamiro Borges

Neste final de semana ocorrem dois encontros estaduais de blogueiros: no Ceará e em Goiás. Os eventos devem reunir centenas de ativistas digitais e lutadores sociais, que tem como ponto de unidade a luta pela democratização da comunicação no Brasil. Isto explica porque a velha mídia está tão incomodada. Nos últimos dias, Veja e Folha destilaram o seu veneno contra estas iniciativas.

No caso da Veja, que até agora não explicou direito a sua intima relação com a máfia de Carlinhos Cachoeira, os ataques partiram do blogueiro oficial da publicação, conhecido por sua agressividade doentia. Já a Folha publicou hoje (14) uma “reporcagem” que nada informa sobre a rica programação do Webfor, no Ceará. O seu único objetivo é estigmatizar o encontro estadual.

A histeria conservadora

Segundo o título da matéria, “evento com patrocínio do governo debate regulamentação da mídia”. No destaque, mais veneno: “Fórum vai discutir ‘papel da mídia contra interesses da nação’”. Para a mídia patronal, só mesmo os empresários devem ter apoio oficial para realizar seus eventos – a maioria deles, em defesa de seus interesses mesquinhos contra os anseios da sociedade.

A gritaria da velha mídia contra a blogosfera é compreensível. Além de perder o monopólio da palavra, com a explosão dos blogs e das redes sociais, os barões da mídia vivem uma crise do seu modelo de negócios – com a queda das tiragens dos jornalões e a redução da audiência das tevês. Daí a histeria conservadora, que não deve assustar o jovem e pulsante movimento da blogosfera.

Cachoeiroduto: Imprensa tenta levar todos para a mesma fossa

 Imprensa tenta levar todos para a mesma fossa
A CPI de Cachoeira e a retórica do ‘mensalão

Era questão de tempo: tímidos, até então, com a escancarada relação mantida pelo contraventor Carlinhos Cachoeira com senador, deputados e um governador tucano, os jornais chegaram às bancas, neste fim de semana, com a arma apontada na direção oposta.


Estamparam em suas capas a suspeita de que o lobby de Cachoeira chegara ao governador petista Agnelo Queiróz (DF). Num exercício de retórica mais elástico que os tentáculos políticos de Cachoeira, conseguiram trazer ao centro do debate a palavra “mensalão”.

Tudo isso às vésperas da instalação de uma CPI mista para investigar as relações suprapartidárias do contraventor pelo mundo político, tão ecléticas quanto suas áreas de influência – que iam do jogo do bicho à indústria farmacêutica, passando por serviços de coleta de lixo.

O esforço agora é tentar arrastar para o centro do escândalo quem até então parecia faturar com a situação. As movimentações mais recentes apontam que até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para emplacar a comissão, já acertada pelos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A abertura da CPI passou a ser defendida abertamente pelo presidente do PT, Rui Falcão. Foi o suficiente para que O Globo visse na postura uma tentativa de desviar o foco do “mensalão”.

A CPI pode complicar a vida do governador tucano Marconi Perillo, Carta Capital mostrou, em suas duas últimas edições, como o grupo de Cachoeira exercia influência na montagem do governo tucano e como recebia informações privilegiadas dos assessores diretos de Perillo.

No caso de Queiróz, o relatório da PF indica que o governador do Distrito Federal chegou até a pedir reunião com Cachoeira, apontado pela PF como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. O grupo de Cachoeira teria intenção de realizar negócios no governo do DF e frustraram, não conseguiram.

Outra suspeita, levantada pela Folha de S.Paulo, é que os homens ligados a Cachoeira intercediam, no governo petista, em favor da Construtora Delta, que domina o serviço de coleta de lixo no Distrito Federal.

Um desses elos entre o governo do DF e Cachoeira é o sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá. Aliado de Cachoeira, ele tentou intermediar encontro entre o bicheiro e o governador e também não teve êxito – “apelidado”, segundo as investigações, como 01. Conforme revelou Carta Capital, Dadá, preso e investigado pela PF, era responsável por obter informações sigilosas de interesse da quadrilha em troca de um pagamento mensal de 5 mil reais.

As relações de Cachoeira em Goiás levaram até mesmo a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, a se declarar impedida de julgar um habeas corpus impetrado pela defesa do bicheiro para tirá-lo da prisão. Ela alegou ter tido contado com alguns citados nas investigações.

A mídia também não deve escapar. As relações do esquema de Cachoeira com a revista Veja, se apuradas pela CPI, prometem expor os métodos de jornalismo investigativo e as cruzadas midiáticas dos últimos 10 anos. Por isso, os jornais parecem tão empenhados em ameaçar quem defende a instalação da CPI.

Fonte: Carta Capital

Site: http://ceilandiaemalerta.com.br/site/

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PT jamais pressionou pela renúncia de Agnelo
Publicado em 14-Abr-2012
Ao contrário do que alardeia certa mídia, em momento algum, a direção do PT pressionou para que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), renunciasse de seu cargo. O Partido, inclusive, publicou um desmentido à imprensa que, desde ontem, bate forte nesta tecla.

A imprensa - O Globo à frente - acusa o governador Agnelo e o liga, sem provas e sem o direito de se defender, às contravenções de Carlos Cachoeira, preso pela Polícia Federal (PF) no escopo das investigações da Operação Monte Carlo. O jornal carioca afirma, ainda, que supostamente membros da direção do partido após a escuta de 70 conversas telefônicas, em posse da PF, teriam "decidido e pressionado pela renúncia do governador".

"A oposição está ferida e sangrando, porque construiu um discurso moralista que se voltou contra ela", reiterou, acertadamente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (PT-SP). Tatto afirmou que não aceitará que Agnelo se torne o bode expiatório em uma disputa política deflagrada pela oposição no intuito de desviar a atenção da opinião pública: "as investigações pegam fortemente a oposição, o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, do PSDB”, alerta Tatto. “Eu acredito no governador do PT e não acredito no governador do PSDB”, acrescentou.
blog do zé

Nota do PT

Ante a falsa informação de que o partido estaria pressionando Agnelo para a renúncia, Rui Falcão, presidente do PT, divulgou uma nota de esclarecimento que reproduzo na íntegra, em solidariedade ao governador Agnelo.

"NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre a matéria publicada nesta sexta-feira (13) no Blog do Noblat “70 gravações ligam secretários de Agnelo a Cachoeira”, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores quer destacar a sua total confiança no governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Fica, assim, desmentida a suposta pressão da direção para que ele renuncie ao cargo.

Rui Falcão
Presidente nacional do PT
"

Não há nenhum envolvimento no governo Agnelo com a contravenção, jogo do bicho ou Cachoeira.

Não há nenhum envolvimento no governo Agnelo com a contravenção, jogo do bicho ou Cachoeira.

Foto Roberto Barroso
Final de semana chegou e, com ele, mais uma edição pouco surpreendente da Veja. A cortina de fumaça a que a capa da revista se refere deveria ser aplicada em causa própria. No tom de suas requentadas acusações, percebe-se a tentativa de desviar a atenção de sua já evidente relação com o crime organizado.

O grande empenho da Veja e das Organizações Globo em inverter o foco das denúncias é sustentado, claramente, pelo envolvimento de profissionais de seus quadros com os esquemas de Cachoeira, descobertos pelas gravações da Polícia Federal. A ordem do dia é encampar os ataques ao Partido dos Trabalhadores e seus principais representantes. Por ora, a estratégia passa por jogar na fogueira de maldades da Veja, mais uma vez, o governador e alguns dos secretários do DF.
As relações escusas entre a imprensa, o senador Demostenes Torres, o contraventor Carlos Cachoeira e seus aliados trouxeram à cena política brasileira uma onda de denúncias que revelaram parte de um esquema com potencial destrutivo inquestionável.

Já em relação ao Distrito Federal e seu governo petista, o que se ouviu até aqui, no entanto, não mostra nada. Não há, nas gravações absolutamente nada que desabone a conduta de Agnelo Queiroz, de Paulo Tadeu ou qualquer outro integrante do primeiro escalão do DF.

A estratégia dos "atores" da novela que a direita mais suja e conservadora submete ao Brasil ano após ano é simples: miras direcionadas ao PT e aos governos de esquerda que vem mudando a lógica de corrupção e lavagem de dinheiro instalada no País. O objetivo é proteger a aliança DEM/PIG/PSDB.

Desde o pedido de impeachment feito pelo senador Demóstenes Torres, em novembro de 2011, os ataques do PIG ao GDF tornaram-se cada vez mais frequentes. A intenção, desde estão, era pressionar o Governo a ceder às investidas de Carlos Cachoeira, que tentou, em vão, nomear pessoas ligadas ao grupo criminoso em cargos estratégicos do Buriti.

Reuniões existiram, conversas foram feitas, mas nenhuma delas extrapolou as relações republicanas de quem está a frente de um cargo público no executivo de um governo com tamanha visibilidade como é o caso do Distrito Federal. A corrupção midiática, semana após semana, extrapola os limites do bom senso. Além de acusar sem provas, manipular informações e desvirtuar verdades, agora tenta-se convencer a opinião pública de que ações rotineiras de segurança são atos criminosos.

As recentes acusações envolvendo o Coronel Rogério Leão são cabíveis de processo legal. O Infoseg é um sistema do Ministério da Justiça que contém dados pessoais de cada brasileiro. Seu uso é concedido a agentes da segurança pública e foi utilizado com intuito de acompanhar e levantar informações sobre pessoas que atentaram contra a integridade do governador. O acesso ao Infoseg é prática comum quando se trata da segurança de figuras públicas, autoridades e chefes de Estado. As acusações de arapongagem e quebra se sigilo são, portanto, mais que injustificadas. São levianas e tem como pano de fundo o conjunto de ações que buscam desviar o foco das práticas corruptas da direita que vieram a tona nas últimas semanas.

Os ataques ao secretário de Governo, Paulo Tadeu, também não surpreendem. Um dos principais quadros do PT e homem forte do GDF, o deputado licenciado acompanha com pulso forte e rigor extremo os rumos do governo. Sua conduta não poderia ser diferente. Não se esquivou e foi à mídia para esclarecer as denúncias de suposto envolvimento com Carlinhos, o Cachoeira, reforçando a tese de que, quem não deve, não teme.

As gravações da Polícia Federal indicam claramente que não há nenhum envolvimento no governo Agnelo com a contravenção, jogo do bicho ou Cachoeira. Se Demóstenes Torres pediu a cassação de Agnelo, foi porque a máfia não encontrou espaço para suas maracutaias do DF a partir de primeiro de janeiro de 2011.

Em uma das gravações que não foi divulgada pela mídia, escutam-se reclamações sobre as dificuldades que a Secretaria de Governo estaria criando para que as velhas práticas voltassem a se perpetuar, impedindo negócios desse grupo no governo. Não se viu, ou mesmo se ouviu, qualquer esquema que possa envergonhar ou que transforme o interesse público em interesse privado no DF.