sábado, 10 de março de 2012

José Dirceu Em geral, as análises econômicas sobre os efeitos do consistente



José Dirceu

Em geral, as análises econômicas sobre os efeitos do consistente movimento de corte na taxa Selic de juros pelo Banco Central deixam de abordar a questão cambial. De fato, o corte dos juros de 10,5% para 9,75% ao ano estimula a atividade econômica e sinaliza claramente que o BC incorporou a gravidade da crise internacional e trabalha para um crescimento maior da economia brasileira em 2012.

Mas é preciso ressaltar que derrubar os juros é importante também porque, hoje, o câmbio tem sido utilizado como um instrumento de política comercial adotada por grandes potências internacionais. A estratégia é manipular o câmbio para embutir, de um lado, subsídios à exportação e, de outro lado, proteção aos setores produtivos. Como consequência, esses países têm, na prática, adotado uma espécie de tarifa zero de exportação e, na ponta oposta, um imposto de 100% nas importações.

Vivemos sob o impacto de uma tendência de desaceleração do crescimento das exportações e de queda nos preços das commodities —especialmente porque a China, nosso principal comprador, já sinalizou com um ritmo menor de crescimento neste ano. Além disso, temos presenciado uma “invasão” de produtos estrangeiros como consequência da manipulação cambial. Assim, parcela significativa do excedente da produção em mercados tradicionais que estão em contração tem desembarcado em solo brasileiro.

Se é verdade que os juros cumprem papel de atração de capitais, também é verdade que o excesso de liquidez global tem sido atraído pela sólida política fiscal do Brasil, ambos fatores de apreciação do nosso câmbio. O resultado é a perda de capacidade de fazer os investimentos necessários para defender nossa indústria, avançar em infraestrutura e promover um salto fundamental em Educação, tecnologia e inovação.

Portanto, é imprescindível baixar os juros como meio de arrefecer as pressões cambiais, mas também nos vemos obrigado a atuar sobre o câmbio em si, para dar conta das mudanças nas relações comerciais e no cenário econômico mundial.

Há alguns sinais de que seguiremos essa rota, como a possibilidade de coibir os exportadores que estariam contratando operações de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) para aplicar no mercado doméstico à taxa Selic. Outra alternativa é conter os empréstimos inter-companhias. Assim, a ideia é taxar esses capitais, mas tais caminhos precisam, primeiro, preservar tudo o que for investimento estrangeiro direto não disfarçado, para não comprometer nossos planos de ampliação do investimento no país. Além disso, precisamos apoiar as exportações e investimentos no mercado acionário.

Também é importante criar mecanismos para impedir os ganhos especulativos conseguidos com os juros internos a partir de recursos conseguidos no exterior a taxas menores —mais uma vez, a Selic alta atua a favor desses movimentos especulativos. Para isso, estuda-se reduzir os prazos dos ACCs, hoje fixados em 360 dias.

A tomar os movimentos atuais na economia mundial, o caminho a ser percorrido é aliar a queda dos juros com medidas de equilíbrio cambial. Temos conduzido nossa política econômica nessa direção, mas é o caso de acelerar esse processo. Adicionalmente, precisamos do banco de importação e exportação, o Eximbank.

A batalha comercial a partir de intervenções cambiais está a pleno vapor mundo afora. Se não avançarmos decisivamente no enfrentamento desse problema, corremos o risco de retardar nossas políticas de investimento em tecnologia, inovação e Educação, prejudicando em demasia nosso desenvolvimento.

 José Dirceu, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

Deputado Pepe Vargas assumirá o Desenvolvimento Agrário

GOVERNO

10.03.2012

Agência Câmara
Pepe Vargas era candidato a prefeito
Brasília - O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT-RS), afirmou na noite desta sexta-feira (9) que foi "convocado" pela presidente Dilma Rousseff para integrar o ministério. Pepe, que é deputado federal e seria candidato à Prefeitura de Caxias do Sul (RS), assume o cargo no lugar de Afonso Florence.
"A presidente me chamou para uma convocação. Eu disse que não poderia, que estava candidato, que tinha sido feito toda uma negociação. E ela [Dilma] me disse: "O PT tem quadros e neste momento eu preciso de você aqui". A presidente não convidou, ela convocou. Claro que me honra uma convocação dessas", disse Pepe na noite de sexta, horas após o Planalto anunciar seu nome como novo ministro.
Segundo o novo ministro, Dilma fez dois pedidos para o período em que ele estiver no comando da pasta. O primeiro é acabar com os bolsões de miséria no meio rural e o segundo, fortalecer a agricultura familiar.
"O pedido dela é para o crescimento da agricultura familiar e distribuição de renda no campo. Temos uma agricultura familiar forte, mas ainda temos bolsões de miséria em alguns pontos. A grande meta da presidente Dilma é acabar com a miséria, fortalecendo a agricultura familiar", disse.
Outra preocupação da presidente, segundo Pepe, é com relação à reforma agrária. "A reforma agrária é uma preocupação do governo, mas não basta só distribuir terras. Temos de distribuir onde há condições de assentar as famílias com qualidade", disse o novo ministro.
Segundo Pepe, a data da posse no ministério ainda não foi definida. Na próxima segunda-feira (12), o novo ministro já tem uma reunião marcada com o ex, Afonso Forense, para discutir os trâmites da pasta. A reunião deve ocorrer ainda pela manhã. Pepe passa o final de semana em Caxias do Sul, cidade em que foi prefeito. 

Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a implantar a Ficha Limpa na administração pública.

Foto Roberto Barroso
Transparência e Controle Social

 Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a implantar a Ficha Limpa na administração pública. Com a assinatura do decreto, governador Agnelo Queiroz institui mais uma medida de combate à corrupção

 Brasília, 10 de março de 2012 – Primeira Unidade da Federação a implantar a Ficha Limpa, o Distrito Federal consolida uma importante ação de combate à corrupção e às irregularidades na máquina pública. O decreto da Lei Ficha Limpa, para servidores comissionados do GDF, foi assinado nessa sexta-feira (9) pelo governador Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, durante a cerimônia de abertura da 1ª Conferência Distrital de Controle Social e Transparência (Consocial-DF).

 “Esta lei é uma conquista extraordinária, inovadora e, seguramente, o Distrito Federal é a primeira Unidade da Federação a efetivamente colocar em prática o Ficha Limpa. É um avanço muito grande para os eleitores no Brasil e agora podemos estender para a administração pública”, avaliou o governador.

 A assinatura do decreto regulamenta a alteração feita na Lei Orgânica do Distrito Federal, no Regime Jurídico Único dos Servidores e dá efetividade à lei no DF. O Ficha Limpa determina quais são as irregularidades e impedimentos para posse e exercício na administração pública direta e indireta do poder Executivo.

 O secretário de Transparência e Controle do DF, Carlos Higino, explica que o Ficha Limpa integra uma série de medidas de combate à corrupção. “Tenho duas missões grandes determinadas pelo governador: a transparência radical e o combate à impunidade. Os processos contra servidores estão em estágios avançados. Nós trabalhamos muito nesse caminho”, pontuou o secretário.

 O governador também assinou o decreto para a implantação da Lei de Acesso à Informação. O governador também assinou o decreto para a implantação da Lei de Acesso à Informação no DF. Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em novembro passado, a lei determina que todo órgão público municipal, estadual e federal, inclusive autarquias e fundações, deverá garantir o acesso a informações sobre o serviço prestado a qualquer cidadão. Para que isso ocorra, governos e prefeituras devem criar mecanismos, por meio de leis locais, que possibilitem a concretização do que determina a lei federal. Essa lei é, sobretudo, mais um instrumento de acompanhamento e fiscalização popular do poder público.

 Foi assinado, ainda, um terceiro decreto, que trata da criação do Conselho de Transparência e Controle Social. “Cabe destacar que esse decreto foi elaborado em função de uma das maiores demandas da Consocial, que é a criação dos conselhos populares para fomentar a transparência e o controle social”, comentou Agnelo Queiroz.

 Um acordo de cooperação técnica com o Tribunal de Contas da União também foi assinado para integrar ações do controle externo da administração pública federal e do controle interno do poder Executivo do Distrito Federal.

 A abertura da Consocial-DF foi marcada por outras iniciativas: o envio, pelo Executivo, à Câmara Legislativa do DF de dois projetos de Lei (PL). O primeiro cria o Sistema Integrado de Corregedorias; o segundo implanta medidas para fortalecer o Sistema de Ouvidorias.

 Consocial – Organizada por representantes do poder público, da sociedade civil e de Conselhos de Políticas Públicas, a 1ª Conferência Distrital de Controle Social e Transparência (Consocial-DF) será realizada até este sábado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e tem o objetivo de promover a transparência pública e estimular a participação dos cidadãos no acompanhamento e controle da gestão pública.

 Nos dias 18 a 20 de maio, em Brasília, será realizada a etapa nacional da Consocial, na Controladoria Geral da União. Participarão do evento cerca de 1,2 mil delegados eleitos nas etapas estaduais e distrital.

 “Vamos escolher os nossos delegados que vão trabalhar na Conferência Nacional. Queremos que essas propostas já sejam implementadas no DF, na medida do possível, e que nossas ideias cheguem ao âmbito federal e sirvam de exemplo para a etapa nacional da Consocial”, reforçou o secretário de Transparência e Controle do Distrito Federal, Carlos Higino.

 Participaram também da cerimônia de abertura da conferência, o secretário de Governo, Paulo Tadeu, deputados distritais, entre outras autoridades e representantes da sociedade civil. 

Agancia Brasilia

O Presidente do Partidos dos Trabalhadores Deputado Federal Roberto Policarpo convida todos os Pastores e demais lideranças Eclesiásticas do DF e Entorno para um Café da Manhã no dia 17 de março de 2012 a partir das 09h00 na Comunidade Evangélica Adonai, QNJ 17 Lote 15, Taguatinga Norte/DF.



Em Cristo,

Pr. Delmo Menezes


Informações: 9277-8146 / 9271-8205