domingo, 6 de maio de 2012

Em entrevista ao Ceilândia em Alerta, governador do DF elenca conquistas dos trabalhadores do DF e rebate série de denúncias contra sua gestão

O blog Ceilândia em Alerta estreia, neste 1º de maio – Dia do Trabalhador –,inicia uma série de entrevista com autoridades e gestores públicos, que terão aqui espaço para falarem de suas ações e responderem aos questionamentos da população. Nosso primeiro entrevistado é o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que recebeu nossa equipe na última sexta-feira (27), na Residência Oficial de Águas Claras, e falou sobre as ações de sua gestão para gerar emprego e distribuição de renda, as obras de mobilidade urbana, a construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e sobre a série de denúncias que veem atingindo seu governo.

Ceilândia em Alerta – Governador Agnelo Queiroz, no dia 1º de maio comemora-se o dia do Trabalhador, então, quais as medidas de destaque que a gestão do senhor está tomando para beneficiar o trabalhador?

Agnelo Queiroz: Nós temos o que comemorar neste dia 1º de maio. Depois de um ano e quatro meses de governo, temos a menor taxa de desemprego da história do Distrito Federal, desde quando se começou a medir o emprego e desemprego.
Mas, ainda, não estamos satisfeitos.
Queremos reduzi-las ainda mais.
Nos últimos anos, as políticas no DF não acompanharam o desenvolvimento do restante do Brasil, durante o mandato do presidente Lula, que foi voltado a redução da desigualdade, ao desenvolvimento e as oportunidades para o trabalhador brasileiro.
No DF, isso não ocorreu e nós ficamos para trás. Por isso, ainda temos uma taxa maior do que a média do restante do país.

Ceilândia em Alerta – Como têm sido gerados estes empregos?

Agnelo Queiroz: Um grande investimento na cidade tem originado muitos empregos.
Um exemplo é o Estádio Nacional [de Brasília Mané Garrincha] que possui 3 mil trabalhadores em três turnos: de manhã, de tarde e de noite, erguendo o melhor estádio do Brasil, que sediará a abertura da Copa das Confederações.
Há outras obras, ainda, como as de mobilidade urbana, que também gerarão muitos empregos.
A parceria com o governo federal, que nos permitirá fazer um investimento de 2,2 bilhões de reais nos corredores do Expresso DF – que vai do Gama, passando por Santa Maria até o centro de Brasília e partindo de Sobradinho –, mais sete quilômetros de linhas do metro em Ceilândia, Samambaia e Asa Norte e o Expresso Oeste, que partirá do Sol Nascente, em Ceilândia, passando pela Avenida Hélio Prates, Sandu, onde haverá um túnel, pelo centro de Taguatinga, ligando a EPTG, até o final da Asa Sul.
Essas obras gerarão um grande número de empregos.
Além do Expresso Norte que partirá de Sobradinho e Planaltina, em que vamos empregar recursos próprios para fazer, já que as outras três obras estão sendo feitas em parceria com o governo federal.
Ainda temos a ampliação do aeroporto, que é uma grande obra de R$ 750 milhões, que dará muitos empregos.
Temos o Centro Administrativo: outra grande obra.
Investimentos privados, que vão construir hotéis, restaurantes, e que posteriormente gerarão empregos, absolvendo mão-de-obra para trabalhar.
Também estamos dando qualificação às pessoas, para que tenham oportunidade, como é o caso do Qualificopa, que já formou 2.500 pessoas e que tem grande parte trabalhando.
Nosso objetivo com o programa é formar até o final deste ano 10 mil trabalhadores.

Ceilândia em Alerta – Além das ações ligadas à Copa do Mundo, quais outras ações têm sido realizadas neste sentido?

Agnelo Queiroz: Na área rural, estamos criando novas oportunidades, já que está ocorrendo um aumento na produção de alimentos, para atender o nosso programa de café da manhã nas escolas das áreas mais pobres do Distrito Federal.
Outra iniciativa, na área de ciência e tecnologia, é a implantação de um polo Capital Digital, que vai gerar crescimento com empresas que estão vindo se instalarem aqui no Distrito Federal.
Então podemos comemorar isso e termos a esperança que nos próximos anos vamos melhorar a vida dos moradores do DF.

Ceilândia em Alerta – O senhor tem buscado valorizar os servidores públicos e melhorar a prestação de serviços à população, quais são as medidas tomadas em sua gestão?

Agnelo Queiroz: Em relação aos servidores públicos, cumprimos todos os compromissos assumidos no passado, assegurando benefícios importantes para os trabalhadores em um período de grande dificuldade nas nossas finanças.
Destaco o magistério, que teve o maior aumento do Distrito Federal e do Brasil, em 2011, com quase 14% de aumento salarial.
Vamos prosseguir melhorando cada vez mais: recuperando serviços públicos, contratando servidores, como ocorreu na área de saúde com mais de 4 mil profissionais, com os 500 professores e tantos outros trabalhadores de outras funções.
Com isso, estamos recuperando o serviço público que estava sendo destruído pela política dos governos anteriores.
Com isso, acredito que podemos comemorar sim este 1º de maio, sobretudo com esperança de que os próximos serão melhores ainda.

Ceilândia em Alerta – Quais são as metas de seu governo até 2014?

Agnelo Queiroz: Para 2014 temos aqui a Copa do Mundo e junto com ela vamos coroar uma série de grandes iniciativas do nosso governo.
Não só realizando os jogos e trazendo um grande número de turistas para a cidade, mas incrementando todas as áreas de serviços, como transporte público de qualidade, em corredores exclusivos, com horários, ônibus confortáveis e seguros; Vamos, também, alcançar a meta de zerar o analfabetismo, ter 100% de saneamento básico e a recuperação dos serviços públicos de saúde, educação e segurança, que são áreas fundamentais; Até 2014 serão beneficiadas, ainda, 100 mil famílias com habitação digna;
Vamos promover a melhora do meio ambiente com a recuperação dos 69 parques e duas áreas de proteção ambiental.
Esta será uma cidade agradável, com boa qualidade de vida, crescimento econômico, geração de emprego e renda para a população, diminuição da desigualdade social, a partir da nossa política de combate à pobreza, que pretendemos erradicar até 2014, sem lixão e com políticas de resíduos sólidos corretas, como existe em países desenvolvidos.
Enfim, temos uma perspectiva maravilhosa para 2014.

Ceilândia em Alerta – Neste quase um ano e meio de governo o seu governo vem sofrendo inúmeros ataques da oposição e de setores da imprensa.
Como o senhor avalia essas denúncias e a criação das CPIs no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa?

Agnelo Queiroz: Nós ganhamos do ponto de vista eleitoral de um segmento que estava no poder a muito tempo e que deturpou a política no Distrito Federal, com uma estrutura corrupta e completamente descomprometida com o futuro desta cidade.
Essa prática desmoralizou a nossa cidade perante o Brasil. Porém, nós temos que ganhar não só na eleição, mas também derrota-los no dia-a-dia, na prática, porque eles ainda estão ai, tentando inviabilizar nosso governo desde o primeiro dia com mentiras, arapongagens, montagens de dossiês, compra de matérias, notícias requentadas e todo tipo de crimes e mentiras produzidas a cada dia, a cada hora.
Há um verdadeiro desespero da oposição, que quer atacar um governo sério, sem escândalos, que não teve nenhum caso de corrupção, por que se tiver eu apuro e vou rigorosamente tomar todas as providências.
Nosso governo, em um ano e quatro meses, não teve nenhum só escândalo.
Ao contrário, instalamos a Secretaria de Transparência que realizou 14 mil auditorias e julgou várias empresas como inidôneas, que não podem ser contratadas nem aqui nem no resto do Brasil.
Nosso governo está recuperando R$ 750 milhões que roubaram dos cofres públicos do Distrito Federal. Já estamos apurando as pessoas que estavam envolvidas com a [operação] Caixa de Pandora.
Este é um governo transparente que adotou uma política de transparência que não existe em nenhum lugar do Brasil, com o grau das medidas que adotamos aqui.
Por isso, há um desespero desses opositores do plano local e do nacional.
Esse é o motivo das tentativas para envolver o DF nesses escândalos que surgiram agora, referentes ao esquema do [Carlinhos] Cachoeira e que tentaram vinculá-lo ao Distrito Federal, quando na verdade toda a apuração feita pela Polícia Federal demonstrou que o nosso governo não tem nenhum tipo de favorecimento aos grupos do Cachoeira ou da Empresa Delta.
Os diálogos da apuração da Polícia Federal mostram que eles tentaram, mas não conseguiram fazer negócio no nosso governo.
Eles tentaram, mas não conseguiram indicar ninguém no nosso governo. Isso mostra claramente a diferença para outros estados.
Esse grupo poderoso tem negócios em todo o Brasil, tentou ter aqui, mas não conseguiu. Isso em qualquer parte do mundo seria elogiado.
Vendo as fitas conclui-se que não havia entrada, nem influência.
Imagine se eu tivesse atendendo ao pedido de algum parlamentar e empregado aqui algum parente do Carlinhos Cachoeira: que escândalo que não seria.
Mas, como foi um governo do PSDB que fez isso, então não tem problema.É normal para eles. Aqui é diferente: não tem nem parentes, nem aliados deles.
Se tivesse penetrado de alguma maneira nós tiraríamos sem dúvida nenhuma.
Essa é uma tentativa desesperada de envolver o Governo do Distrito Federal e ocorre porque tem um senador do DEM que está a serviço desse esquema, o governo de Goiás com várias autoridades envolvidas e é governo do PSDB, por isso eles querem colocar a qualquer custo um governo do PT nesse meio, mesmo que artificialmente.
Mas a vida está mostrando com os documentos e com todo o processo no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que não houve negócios no Distrito Federal, que não emplacaram pessoas aqui, apesar de todas as tentativas que fizeram, mostrando que este governo não tem nenhum tipo de relação promiscua com esses grupos.
Eles tentaram ligar nosso governo à Empresa Delta, que tem apenas um contrato na área de recolhimento de lixo feito no governo passado, a partir de uma decisão judicial.
Nós, em janeiro, fizemos uma auditoria desse contrato e de uma série de itens que não estavam sendo cumpridos.
Nós jogamos duro com essa empresa, fomos extremamente rigorosos e isso não é uma demonstração de acordo com qualquer empresa.
Ao contrário, a atitude foi de muita rigidez na aplicação do contrato.
Inclusive, adquirimos balanças para medir as toneladas do lixo e com ela reduzimos em quase um quarto o pagamento para a Delta.

Ceilândia em Alerta – Vários veículos noticiaram que o PT estaria isolando o senhor, logo depois o presidente do partido, Rui Falcão, veio ao Buriti e desmentiu. Como o senhor vê este apoio ao seu governo?


Agnelo Queiroz: Tanto o PT do Distrito Federal como o nacional tem me dado apoio integral em todas essas tentativas e ataques através do presidente Rui Falcão.
Foi preciso soltar essa notícia de forma escrita e pública exatamente porque ao não encontrar nada que pudesse incriminar o Governo do Distrito Federal queriam algo para desestabilizar dizendo “que o PT não estava me apoiando”, mas isso é pura mentira.
Mais uma tática dos adversários, da luta política para enfraquecer o Governo do Distrito Federal.
Isso foi absolutamente rechaçado. 

E, muito pelo contrário, o PT está acompanhando os ataques políticos que o nosso governo tem sofrido e tem nos ajudado muito nesse enfrentamento.

Luiz Nassif revela as matérias que Cachoeira plantou na Veja


6/5/2012 14:45,  Por Luiz Nassif - de São Paulo
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A situação política do senador Demóstenes Torres beira a insustentabilidade após a descoberta dos 'furos' de Veja
Em 2008 dei início à primeira batalha de um blog contra uma grande publicação no Brasil. Foi O caso de Veja, uma série de reportagens denunciando o jornalismo da revista Veja. Nela, selecionei um conjunto de escândalos inverossímeis, publicados pela revista. Eram matérias que se destacavam pela absoluta falta de discernimento, pela divulgação de fatos sem pé nem cabeça.
A partir dos “grampos” em Carlinhos Cachoeira foi possível identificar as matérias que montava em parceria com a revista. A maior parte delas tinha sido abordada na série, porque estavam justamente entre as mais ostensivamente falsas.
Com o auxílio de leitores, aí vai o mapeamento das matérias:
Do grampo da PF divulgado pela revista Veja este fim de semana.
Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos (…).
Cachoeira: Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? (…)
Cachoeira: Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.
Graças ao grampo, é possível mapear alguns dos “furos” mencionados pelo bicheiro na conversa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PM-araponga Jairo Martins, um ex-agente da Abin que se vangloria de merecer um Prêmio Esso por sua colaboração com Veja em Brasília. Martins está preso, junto com seu superior na quadrilha de Cachoeira, o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, fonte contumaz de jornalistas – com os quais mantém relações de agente duplo, levando e trazendo informações do submundo da arapongagem.
O primeiro registro da associação entre Veja e Cachoeira está numa reportagem de 2004, que desmoralizou uma CPI em que o bicheiro era investigado. Em janeiro daquele ano, Cachoeira foi a fonte da revista Época, concorrente de Veja, na matéria que mostrou Waldomiro Diniz, sub de José Dirceu, pedindo propina ao bicheiro quando era dirigente do governo do Rio (2002). Depois disso, Cachoeira virou assinante de Veja.
As digitais do bicheiro e seus associados, incluindo o senador Demóstenes Torres, estão nos principais furos da Sucursal de Brasília ao longo do governo Lula: os dólares de Cuba, o dinheiro das FARC para o PT, a corrupção nos Correios, o espião de Renan Calheiros, o grampo sem áudio, o “grupo de inteligência” do PT.
O que essas matérias têm em comum:
1) A origem das denúncias é sempre nebulosa: “um agente da Abin”, “uma pessoa bem informada”, “um espião”, “um emissário próximo”.
2) As matérias sempre se apoiam em fitas, DVDs ou cópias de relatórios secretos – que nem sempre são apresentados aos leitores, se é que existem.
3) As matérias atingem adversários políticos ou concorrentes nos negócios de Cachoeira e Demóstenes Torres (o PT, Lula, o grupo que dominava os Correios, o delegado Paulo Lacerda, Renan Calheiros, a campanha de Dilma Rousseff)
4) Nenhuma das denúncias divulgadas com estardalhaço se comprovou (única exceção para o pedido de propina de R$3 mil no caso dos Correios).
5) Assim mesmo, todas tiveram ampla repercussão no resto da imprensa.
Confira agora a cachoeira dos furos da Veja em associação com Demóstenes, arapongas e capangas do bicheiro preso:
1) O caso do bicheiro vítima de extorsão
Revista Veja Edição 1.878 de 3 de novembro de 2004
Trecho da matéria: Na semana passada, o deputado federal André Luiz, do PMDB do Rio de Janeiro, não tinha amigos nem aliados, pelo menos em público. Seu isolamento deveu-se à denúncia publicada por Veja segundo a qual o deputado tentou extorquir R$4 milhões do empresário de jogos Carlos Cachoeira. As negociações da extorsão, todas gravadas por emissários de Cachoeira, sugerem que André Luiz agia em nome de um grupo de deputados.
Nota: A fonte da matéria são “emissários de Cachoeira”, o “empresário de jogos” que Veja transformou de investigado em vítima na mesma CPI.
2) O caso do dinheiro das Farc
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 1896 de 16 de março de 2005
Trecho da reportagem: Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes (…) Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, Veja teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição 1.899 de 6 de abril de 2005
Trechos da matéria: Na semana passada, a comissão do Congresso encarregada de fiscalizar o setor de inteligência do governo resolveu entrar no caso Farc-PT. Na quinta-feira passada, a comissão do Congresso decidiu convocar o coronel e o espião. Os membros da comissão também querem ouvir José Milton Campana, que hoje ocupa o cargo de diretor adjunto da Abin e, na época, se envolveu com a investigação dos supostos laços financeiros entre as Farc e o PT.
O senador Demóstenes Torres, do PFL de Goiás, teme que a discussão sobre o regimento sirva só para adiar os depoimentos.
– Para ouvir a versão do governo e tentar dar o caso por encerrado, ninguém precisou de regimento – diz ele.
3) O caso Mauricio Marinho
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 1.905 de 18 de maio de 2005
Trecho da reportagem: Há um mês, dois empresários estiveram no prédio central dos Correios, em Brasília. Queriam saber o que deveriam fazer para entrar no seleto grupo de empresas que fornecem equipamentos de informática à estatal.
Foram à sala de Maurício Marinho, 52 anos, funcionário dos Correios há 28, que desde o fim do ano passado chefia o departamento de contratação e administração de material da empresa. Marinho foi objetivo na resposta à indagação dos empresários. Disse que, para entrar no rol de fornecedores da estatal, era preciso pagar propina. “Um acerto”, na linguagem do servidor. Os empresários, sem que Marinho soubesse, filmaram a conversa. A fita, à qual Veja teve acesso, tem 1 hora e 54 minutos de duração.
Nota: As investigações da PF e de uma CPI mostraram que o vídeo foi entregue à revista pelo PM-araponga Jairo Martins, que “armou o cenário” da conversa com Marinho a mando de concorrentes nas licitações dos Correios.
4) O caso dos dólares de Cuba
Revista Veja Edição 1.929 de 2 de novembro de 2005 (Clique aqui)
Trecho da reportagem: (Vladimir) Poleto, (principal fonte da reportagem) até hoje, é um amigo muito próximo do irmão de (Ralf) Barquete, Ruy Barquete, que trabalha na Procomp, uma grande fornecedora de terminais de loteria para a Caixa Econômica Federal. Até a viúva de Barquete, Sueli Ribas Santos, já comentou o assunto. Foi em um período em que se encontrava magoada com o PT por entender que seu falecido marido estava sendo crucificado. A viúva desabafou: “Eles pegavam dinheiro até de Cuba!”.
Nota: A empresa de Barquete venceu a concorrência da Caixa Econômica Federal para explorar terminais de jogos em 2004, atravessando um acordo que estava sendo negociado entre a americana Gtech (antiga concessionária) e Carlinhos Cachoeira, com suposta intermediação de Waldomiro Diniz. O banqueiro teria deixado de faturar R$30 milhões m cinco anos.
A armação era para pegar Antônio Palloci, padrinho de Barquete. Pegou Dirceu.
5) O caso Francisco Escórcio
Revista Veja Edição 2.029 de 10 de outubro de 2007
Chamada no alto, à esquerda: “Renan agora espiona os adversários”
Na semana passada, Demóstenes Torres e Marconi Perillo foram procurados por amigos em comum e avisados da trama dos arapongas de Renan. Os senadores se reuniram na segunda-feira no gabinete do presidente do Tribunal de Contas de Goiás, onde chegaram a discutir a possibilidade de procurar a polícia para tentar flagrar os arapongas em ação. “Essa história é muito grave e, se confirmada, vai ser alvo de uma nova representação do meu partido contra o senador Renan Calheiros”, disse o tucano Marconi Perillo. “Se alguém quiser saber os meus itinerários, basta me perguntar. Tenho todos os comprovantes de voos e os respectivos pagamentos”.
Demóstenes Torres disse que vai solicitar uma reunião extraordinária das lideranças do DEM para decidir quais as providências que serão tomadas contra Calheiros. “É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes”, afirma Demóstenes.
Pedro Abrão, por sua vez, confirma que os senadores usam seu hangar, que conhece os personagens citados, mas que não participou de nenhuma reunião. O empresário, que já pesou mais de 120 quilos, fez uma cirurgia de redução de estômago e está bem magrinho, como disse Escórcio. Renan Calheiros não quis falar.
Com reportagem de Alexandre Oltramari (que viria a ser assessor de Marconi Perillo).
Nota: Demóstenes é a única fonte que confirma a versão em que teria sido vítima.
6) O caso do grampo sem áudio
Capítulo 1 – Revista Veja, Edição 2022, 22 de agosto de 2007
Capítulo 2 – Revista Veja Edição 2073 de 13 de agosto de 2008
Capítulo 3 – Revista Veja Edição 2.076 de 3 de setembro 2008
Chamada acima do logotipo: “Poder paralelo
Trecho do texto: O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo.
Trecho do texto: O senador Demóstenes Torres também protestou: “Essa gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes”. O parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para
analisar o caso. “O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é conivente com esse crime contra a democracia”.
Nota: O grampo sem áudio jamais foi exibido ou encontrado, mas a repercussão da matéria levou à demissão do delegado Paulo Lacerda da chefia da Abin.
7) O caso do “grupo de inteligência” do PT
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 2.167 de 2 de junho de 2010 (Clique aqui)
Trecho do texto: Não se sabe, mas as fontes de Veja que presenciaram os eventos mais de perto contam que, a certa altura…
Nota: A “fonte” não citada é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, funcionário de Carlinhos Cachoeira, apresentado a Luiz Lanzetta como especialista em varreduras.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição de julho de 2010
Trecho de entrevista com o ex-delegado Onézimo de Souza, que sustentou (e depois voltou atrás) a história de que queriam contratá-lo para grampear Serra:
O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para espionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury [Ribeiro], o Benedito [de Oliveira, responsável pela parte financeira] e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou.
Nota: O outro colega do delegado-araponga, que Veja não menciona em nenhuma das reportagens sobre o caso, é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, capanga de Cachoeira e contato do bicheiro com a revista Veja (o outro contato é Jairo Martins, o policial associado a Policarpo Jr.).
Luiz Nassif é jornalista, editor do sítio Luiz Nassif Online.

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O inferno astral da direita



          Veja está assustada. De um lado, seus métodos nada jornalísticos estão sendo questionados à luz de gravações para lá de comprometedoras, que mostram a revista como possível cúmplice de um esquema criminoso. E a publicação ainda perdeu sua fonte privilegiada, a quem apresentava como exemplo de retidão do conservadorismo brasileiro, o ainda senador Demóstenes Torres.
De outro lado, a alta popularidade da presidente Dilma Rousseff prejudica os projetos político-ideológicos da revista, hoje o mais importante porta-voz da direita brasileira. As últimas decisões do governo, na área econômica, deixaram Veja mais assustada ainda.
            Seu colunista Maílson da Nóbrega também está assustado. Desde que acabou sua péssima e desastrada gestão como ministro da Fazenda no governo Sarney, quando o país chegou à hiperinflação, Maílson dedica-se a dar consultoria a bancos, empresas e investidores e publicar artigos na imprensa. É um direito dele, mas que Veja não admite ser também um direito do também ex-ministro José Dirceu.
            Assim como Veja substituiu a reportagem pelo panfleto e a apuração jornalística pelos dossiês entregues de mão-beijada, Maílson substitui a análise econômica pela propaganda política. Faz a defesa dos banqueiros a quem serve, atribui a culpa pelos juros altos ao governo e cai na vala comum da direita assustada, que vê “populismo”, “intervencionismo” e “interferências descabidas”, entre outras coisas, no discurso e nos atos da presidente contra os juros altos e os excessos do sistema financeiro.
            Há análises sérias, de economistas e empresários, sobre as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo. Eles mostram que são positivas, porém insuficientes se não forem acompanhadas de outras, como a desindexação, a desconcentração bancária, a queda da carga tributária, os cuidados contra a inflação, entre outras.
            Outro ex-ministro da Fazenda, que também cometeu seus erros nos tempos de ditadura, mas dá banho de conhecimento e competência em Maílson, sintetizou: a virtude do discurso e dos atos de Dilma “está em respeitar e proteger a solidez do sistema financeiro brasileiro, mas não consentir em deixá-lo ditar o tom da política econômica”. Isso, queiram ou não Veja, Maílson e a direita, compete ao Estado.
            Mas o artigo do ex-ministro da hiperinflação na Veja é apenas mais um serviço de relações públicas que ele presta aos bancos. Que deveriam procurar escribas mais competentes e com melhor reputação profissional. A direita tem melhores do que Maílson.
 
Blog do Hélio Doyle

Serra e Kassab estão sendo investigados por laços com Cachoeira, diz revista

Escrito por Simone de Moraes 12:56:00 06/05/2012


Crédito :
Agência Estado - O Ministério Público de São Paulo e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o contraventor Carlinhos Cachoeira investigam um possível favorecimento do grupo do bicheiro em São Paulo, na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e durante o mandato de José Serra (PSDB) no governo do Estado (2007-2010) e na prefeitura paulistana (2004-2006). De acordo com reportagem da revista Isto É na edição desta semana, a suspeita é de a construtora Delta, que seria o braço operacional de Cachoeira, teria sido favorecida com a ampliação do número de contratos durante essas administrações.
A Isto É afirma que os parlamentares que compõem a CPI tiveram acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho de 2011 e janeiro deste ano. Segundo a revista, as gravações apontam que a construtora Delta foi favorecida em contratos de obras de ampliação da Marginal do Tietê, na cidade de São Paulo, e na prestação de serviços de varredura de lixo na capital, que somariam mais de R$ 2 bilhões. Nas gravações, às quais a revista afirma ter tido acesso, pessoas próximas de Cachoeira fazem referências a adequações de editais e contratos para que a Delta fosse beneficiada.
Na última quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar a existência de irregularidades nas licitações, superfaturamento e conluio entre agentes públicos. Em depoimento para a revista, o deputado estadual João Paulo Rillo (PT) diz que a apuração sobre os contratos da Delta pode revelar um "caixa 2" do PSDB em São Paulo. Já o líder tucano, Álvaro Dias, argumenta que os contratos devem ser verificados com o intuito de apontar se os valores pagos foram justos.
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Veja, um caso sério

Desde 1996, Marcus Figueiredo investiga os processos eleitorais a partir da cobertura feita pelos jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Nesse período, Figueiredo, agora coordenador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), reuniu evidências sólidas para poder afirmar com segurança: “Há certa resistência, da parte dos jornalistas, em admitir a legitimidade da análise de mídia. Os próprios meios dedicam pouco espaço ao tema”.

Antes e depois. Lula eleito, a mídia mergulhou na oposição
Há poucos dias, no entanto, o veterano jornalista Merval Pereira, de O Globo, quebrou essa regra não escrita e se dedicou ao tema. Saiu em defesa da revista Veja, envolvida com questões do receituário da CPI.
“O relacionamento de jornalistas da revista Veja com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e seus asseclas nada tem de ilícito”, assegurou Merval.
Essa afirmação vigorosa se sustenta em bases frágeis. Merval enalteceu o “jornalismo investigativo” praticado na revista. Veja, no entanto, foi parceira de um jogo criminoso. Aliou-se a um contraventor e, no afã de denunciar escândalos, criou escandalosamente um deles. Cachoeira oferecia a munição e Veja atirava.
No futuro, esse episódio e outros deverão ser objeto de estudo acadêmico possivelmente sob o título de “O caso Veja”. Melhor seria abandonar o formalismo acadêmico e chegar a um título mais adequado à tese “Veja é um caso sério”.
Não é a primeira vez que a revista sapateia sobre as regras do jornalismo. Mais do que isso. Frequentemente, ela sai do jogo e -adota o vale-tudo.
Em 2006, por exemplo, Veja foi protagonista de um episódio inédito no jornalismo mundial, ao acusar o então presidente Lula de ter conta no exterior. Na mesma reportagem, no entanto, confessa não ter conseguido comprovar a veracidade do documento usado para fazer sustentar o que denunciava. Só o vale-tudo admite acusação sem provas.
A imprensa brasileira, particularmente, tem assombrosos erros históricos. Um prontuário que inclui, entre outros, a participação na pressão que levou Vargas ao suicídio, em 1954, e quando se tornou porta-voz do movimento de deposição de Jango, em 1964.
A ascensão de um operário ao poder é outro marco divisório da imprensa brasileira. A eleição de Lula acirrou os ânimos dos “barões da mídia”. O noticiário passou a se sustentar, primeiramente, nas divergências políticas e, depois, mas não menos importante, no preconceito de classe. A imprensa adotou o que Marcus Figueiredo chama de “discurso ético de autoqualificação diante dos leitores”.
 No exercício diário, semanal ou semestral, porém, essa propaganda se esfuma. Figueiredo fez um flagrante em 2006:
(…) o que vimos são diferenças no tratamento conferido aos candidatos, de amplificação de certos temas negativamente associados a Lula, contraposto à benevolência no tratamento de temas espinhosos relacionados aos seus adversários”.
É possível recolher na história das redações inúmeros exemplos de desvios éticos provocados pela busca da informação exclusiva. Mas tudo, em geral, provocado pelo afã de profissionais em busca do “furo” sensacional.
Essa prática se mantém, mas sustentada muitas vezes em parceria criminosa e não em investigação jornalística.
Certas reportagens de Veja nos põem diante de um caso assim. A informação chega à redação de mãos beijadas. No caso, as mãos de Carlinhos Cachoeira.
Leia também:
Veta, Dilma, Veta
Caça aos corruptores

O número de transplantes no Distrito Federal apresentou um salto significativo nos últimos meses.

Foto: Roberto Barroso

DF é líder nacional em transplantes de coração

O DF está entre as unidades da federação que mais realizaram esse tipo de cirurgia, em números proporcionais. De janeiro a março, foram 23 transplantes de rim, 120 de córneas, sete de fígado e sete de coração. Essa estatística fez com que o DF assumisse o 1º lugar no ranking de cirurgias de transplante cardíaco, 2º de córnea, 4º de rim e 5º em relação a fígado. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e confirmam a meta estabelecida pelo governador Agnelo Queiroz no começo de sua gestão.

Pretendemos incentivar e ampliar o número de transplantes. Nosso projeto tem o intuito de transformar o DF em referência nacional em medicina de alta complexidade”, destacou o governador Agnelo Queiroz.
 Ele foi o autor da lei distrital que autorizou o GDF a criar a Central de Captação de Órgãos e o documento de autorização oficial de doação de órgãos.
Para o secretário de Saúde, Rafael Barbosa (foto), que atuou durante 26 anos na área de transplantes, o bom resultado obtido é fruto de trabalho e dedicação. “Quando assumimos a pasta, o transplante de córnea estava descredenciado. 
O mesmo acontecia com o de rim e o de fígado estava parado há mais de quatro anos. A primeira decisão que tomamos foi colocar os transplantes como prioridade de governo e, assim, investir na criação de uma estrutura totalmente diferente no Hospital de Base. Atualmente, ao invés de São Paulo vir buscar órgãos aqui, nós é que estamos enviando profissionais para captar órgãos lá”, revela o secretário. O DF foi credenciado em novembro para realizar transplantes de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Outro fato inovador é o aproveitamento de órgãos que o Distrito Federal está tendo com o doador multiorgânico. “Na grande maioria das vezes, estamos aproveitando os órgãos aqui mesmo e só disponibilizamos para outros estados quando não temos um receptor aqui”, ressalta Barbosa.
A próxima meta da Secretaria de Saúde é implantar o transplante de pulmão, que praticamente só é realizado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. 
Outro objetivo, ainda mais próximo de ser atingido, é a adoção do transplante conjugado, de rim e pâncreas, que beneficiará os pacientes diabéticos que passam por sessões de hemodiálise. Esse tipo de cirurgia, considerada de maior risco porque envolve o manejo de dois órgãos, já foi feita no Distrito Federal uma única vez e voltará a ser realizada de maneira regular.
A Secretaria também planeja – e inclusive já obteve autorização do Conselho de Saúde – a criação de duas Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), nos hospitais de Santa Maria e de Base, que contam com as maiores Unidades de Terapia Intensiva do Distrito Federal. As OPOs trabalharão com profissionais em regime de plantão durante 24h, em busca de doadores, e darão suporte à Central de Captação de Órgãos, responsável pela coordenação e acompanhamento das listas de espera de pacientes por cirurgias de transplantes, entre outras atividades.
As famílias têm se sensibilizado e vêm doando órgãos com regularidade. Todos os dias realizamos, em média, cinco transplantes. Caso não fossem bem atendidas ou percebessem que seus entes queridos ficaram desassistidos, dificilmente essas famílias estariam doando. Isso mostra que estamos melhorando cada vez mais o serviço público de saúde”, analisa o secretário Rafael Barbosa.

TRANSPLANTES
ÓRGÃO
QUANTIDADE DE TRANSPLANTES
(de janeiro a março/2012)
Coração
7
Fígado
7
Rim
23
Córnea
120
Total
157
Metas para esse ano:
Realização de transplante de pulmão
Implantação das cirurgias de transplante duplo (fígado e pâncreas)
Realização de cem transplantes no HBDF (doadores cadáveres)
Ranking do DF em relação aos outros estados (período de um ano e meio):
1º em transplante cardíaco
2º em transplante de córnea
4º em transplante de rim
5º em transplante de fígado

 Levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos mostra que Brasília é a capital das cirurgias cardíacas e ocupa posições de destaque nos rankings de transplantes de córnea, rim e fígado

O segredo de Demóstenes Torres

Confesso que não dá para ficar espantado com as delinqüências do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Sem ser preconceituoso, pergunto: o que se poderia esperar de um contraventor a não ser que se dedicasse à contravenção?
 

Que fosse rezar ave-maria depois de pagar aposta no jacaré e no leão?

Mas há motivo para se espantar com o sucesso de Demóstenes Torres. Como ele conseguiu enganar tantos por tanto tempo?

A resposta não se encontra no próprio Demóstenes, mas em quem se deixou ser enganado.

O senador é um produto típico do radicalismo anti-Lula que marcou a política brasileira a partir de 2002. A polarização política criada em certa medida de modo artificial foi um campo fértil para políticos sem programa e aproveitadores teatrais.

Demóstenes contribuiu com sua veemência e sua falta de freios para criar um ambiente de intolerância política no Congresso, reeditando o velho anti-comunismo da direita brasileira, da qual o DEM é um herdeiro sem muitos disfarces.

Num país onde a oposição se queixava de que não havia oposição, Demóstenes apresentou-se. Contribuía para estimular o ódio e o veneno, com a certeza de que nunca seria investigado. Aliás, não foi.

Caiu na rede de seu amigo e parceiro Cachoeira. Se aquele celular fajuto de Miami fosse mesmo à prova de grampos, é provável que até hoje o país estivesse aí, ouvindo Demóstenes e seus discursos…

Quem sabe até virasse uma estrela da CPI…sobre Carlinhos Cachoeira.

Nunca se fez um balanço da passagem de Demóstenes pela secretaria de Segurança de Goiás, nunca se conferiu a promessa (doce ironia!) de acabar com o jogo do bicho no Estado nem as razões de seu afastamento do PSDB de Marconi Perillo.

Demóstenes dava até entrevistas contra as cotas e escrevia textos citando Gilberto Freyre. Pelo andar da carruagem, em breve seria candidato a Academia Brasileira de Letras e um dia poderíamos ouvi-lo tecendo comentários sobre a obra de Levi-Strauss, sobre a escola austríaca de economia…

O senador foi promovido, tolerado e bajulado por uma única razão: necessidade.

Nosso conservadorismo está sem quadros e sem votos. Lembra a conversa de que “faltam homens, faltam líderes”? Vem desde 64…

A dificuldade de construir um programa político autêntico e viável para enfrentar a competição pelo voto está na origem de mais um embuste.

Já tivemos Jânio Quadros, Fernando Collor… Felizmente Demóstenes não chegou tão longe.

Mas todos foram mestres na arte de esconder seu real programa político e oferecer a moralidade como salvação suprema.

O carinho, a atenção, a boa vontade com que Demóstenes foi tratado mostra que teria um longa estrada pela frente. Não lhe faltavam sequer intelectuais disponíveis para oferecer um verniz acadêmico, não é mesmo?

Há um problema de origem, porém.

A história da democratização brasileira é, basicamente, a história da luta da população mais pobre para conseguir uma fatia melhor na distribuição de renda. Este era o processo em curso antes do golpe que derrubou Jango. A luta contra o arrocho e contra os truques para escamotear a inflação esteve no centro das principais manifestações populares contra o regime.

Desde a posse de José Sarney que o sucesso e o fracasso de cada presidente se mede pela sua competência para para responder a esse anseio.

Aquilo que os economistas chamam de plano anti-inflacionário, estabilização monetária e etc, nada mais é, para o povão, do que defesa de seu quinhão. O Cruzado e o Real garantiram a glória e também a desgraça de seus criadores apenas e enquanto foram capazes de dar uma resposta a isso.

Essa situação também explica a popularidade de Lula, ponto de partida para o Ibope-recorde de Dilma.

E aí chegamos à pior notícia. O conservadorismo brasileiro aposta em embustes porque não quer colocar a mão no bolso. Quer votos mas não quer mexer – nem um pouquinho – na estrutura de renda. Quer embustes, como Demóstenes.

Fiquem atentos. Quem sabe o próximo Demóstenes apareça na CPI do Cachoeira, do Cavendish … e do Demóstenes.

O conservadorismo preocupa-se apenas com seu próprio bolso. Para o povo, oferece moralismo.
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http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/05/03/o-segredo-de-demostenes-torres/

Melhorar e valorizar o transporte escolar são os principais objetivos da lei que isenta a categoria do pagamento do IPVA,

  •             Governo do Distrito Federal
    Melhorar e valorizar o transporte escolar são os principais objetivos da lei que isenta a categoria do pagamento do IPVA, como já ocorre com os táxis. Existem mais de 2500 veículos atuando no Distrito Federal.

    “Essa medida vai permitir que as pessoas que transportam as nossas crianças possam investir o que vão economizar em segurança e em melhorias do serviço”, destacou o governador Agnelo Queiroz.

    A expectativa de economia é de R$ 500 a R$ 1,2 mil por veículo, de acordo com o Sindicato dosTransportes Escolares.
    “Ao mesmo tempo, o transporte escolar é um estímulo ao transporte coletivo porque representa menos carros na rua”, completou o governador.

    Hoje os veículos licenciados pelo Detran para transportar os estudantes podem trafegar na faixa exclusiva para ônibus da EPTG. O plano do governo é estender essa permissão para as demais vias exclusivas do DF.


PSD de Kassab possui fundadores de fachada


06/05/2012 | 00:00
Foto de Divulgação

Além de ter apresentado assinaturas repetidas e até de pessoas que já morreram para obter registro no Tribunal Superior Eleitoral, o PSD do prefeito Gilberto Kassab também possui fundadores de fachada. Ex-integrantes do PRTB, o deputado estadual Vinicius Azevedo Gurgel (AP) e José Antonio Vitti (GO) assinaram ata de fundação do PSD, mas são filiados a partidos diferentes. Gurgel integra o PR e Vitti, o DEM.

Patrício, o dilema do PT



 A semana começa com uma reunião, amanhã (07/05), da Executiva Regional do PT que vai avaliar o comportamento do presidente da Câmara Legislativa do DF, Patrício (PT). O petista tem se negado a cumprir as determinações do partido em função de sua “briga” particular com o governador Agnelo Queiroz. O último movimento de rebeldia de Patrício foi por ocasião da criação da CPI da Arapongagem. O petista tem usado o argumento de que não pode expor o legislativo aos caprichos do governador.

Um parlamentar petista acredita que a Executiva petista precisa tomar alguma posição em relação ao presidente da Câmara Legislativa. “Antes de comandar o legislativo do DF, o Patrício é petista e precisa seguir as determinações do partido”, diz um petista revoltado. A opinião geral é a de que se o partido não tomar uma atitude, os demais filiados estão liberados para fazer o que bem entenderem, desprezando a orientação partidária. Um outro petista dispara: “Caso o PT não tome uma decisão, a Executiva estará dando uma demonstração de fraqueza”.
Patrício, o dilema do PT
postado do blog do Honorato
Da redação em 06/05/2012 11:31:24 

PCdoB adverte reacionários e renova apoio a Dilma e Agnelo

Presidente e governador devem estar juntos em defesa do povo

Presidente e governador devem estar juntos em defesa do povo

As forças progressistas qe lutam por uma sociedade mais justa devem estar unidas em torno do projeto político da presidente Dilma Rousseff a nível nacional e do governador Agnelo Queiroz a nível local.
Essa a tese defendida pelo PCdoB, anunciada ao término de reunião do seu Comitê Regional neste sábado 5.
Os comunistas avaliam que grupos reacionários apregoam o caos para desestabilizar o governo. É o grupo apeado do poder distrital que fomenta falsas denúncias para promover a instabilidade política e tirar Brasília dos rumos escolhidos pelo povo, diz manifesto assinado pelo PCdoB.
No texto, o partido reafirma seu apoio à presidente da República e ao governador do Distrito Federal.
Os comunistas enfatizam estar ao lado de Agnelo, por entenderem que a aliança formada em 2010 caminha para a promoção de uma sociedade socialista, onde o ser humano seja o objeto central do desenvolvimento econômico e social.
Veja a nota do PCdoB:
Desde que foi eleito e empossado governador, Agnelo Queiroz e seu governo têm sido continuamente fustigados pela oposição e pelos grupos que comandavam Brasília e que foram derrotados em 2010. Encontrando uma administração distrital repleta de vícios, o governador formou sua equipe com as forças políticas que participaram da sua vitória, inclusive o Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
As dificuldades do governo local, em sua maioria herdadas de administrações corruptas que o antecederam, são amplificadas por uma acirrada luta política travada pelos que foram apeados do poder distrital. Esses setores têm fomentado falsas denúncias e tentam promover a instabilidade política e tirar Brasília dos rumos escolhidos por seus eleitores.
O PCdoB participa da elaboração de um novo projeto de desenvolvimento para o país. Assim atua na perspectiva da construção de uma nova sociedade, socialista, onde o ser humano seja o objeto central do desenvolvimento econômico e social.
 No Distrito Federal, os comunistas participam do governo com o objetivo de colocar Brasília em sintonia com o projeto de mudanças que vem ocorrendo no Brasil desde a primeira vitória de Lula e que tem no governo Dilma sua continuidade. A retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, a inclusão social e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) são expressões de conquistas deste novo ciclo político do país.
Somamo-nos, assim, ao compromisso das forças políticas eleitas que têm, em conjunto, a responsabilidade de atender às expectativas da população com a vitória de Agnelo e seus aliados.
O Partido reafirma seu compromisso com os interesses do povo do Distrito Federal e colabora para o sucesso desta experiência das forças progressistas.
Atua para que a gestão administrativa seja realizada com transparência e lisura, aperfeiçoando os serviços públicos e tornando nossa Capital uma cidade que seja orgulho de seus moradores.
Comitê Regional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB