quarta-feira, 21 de março de 2012

Secretaria De Governo Df


Na tarde de hoje o Secretário de Governo, Paulo Tadeu, se reuniu, com gestores do Governo Distrital e Federal, para tratar da criação do Museu de Ciência e Tecnologisa de Brasília.

O projeto estava previsto no Plano Diretor Original de Brasília. A intenção é implementar um espeço dedicado à cultura e tecnologia envolvendo a interação do usuário com o museu. A reunião tratou das alternativas de espaço físico para a instalação do museu, parcerias entre os órgãos da iniciativa pública e privada, além do compromisso do GDF para assinatura do termo de cooperação. A idéia é compartilhar a reponsabilidade entre os diferentes gestores institucionais. " A assinatura é a garantia dos órgãos de que o GDF tem compromisso com o projeto" afirmou o Secretário Paulo Tadeu.
A Secretaria de Governo está empenhada para a vinda de um equipamento cultural importante para a Capital. O projeto
desse porte, com a importância socioeducativa que o caracteriza, deve ser uma responsabilidade compartilhada por diferentes atores institucionais
Estavam presentes o Secretário de Ciência e Tecnologia, Cristiano Araújo, Representantes do Ministério da Ciência e Tecnonogia, Universidade de Brasília, SUDECO.
— com Paulo Tadeu e outras 2 pessoas em Palácio do Buriti.

Governador abre congresso de odontologia


    Agnelo Queiroz é o presidente de honra do 14º Congresso Internacional de Odontologia do Distrito Federal. Encontro reunirá cerca de 5 mil dentistas e profissionais da área até o próximo sábado Brasília, 21 de março de 2012
    Secretaria de Comunicação

    O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou, nesta quarta-feira, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, da abertura do 14º Congresso Internacional de Odontologia do Distrito Federal (CIODF). Organizado pela Associação Brasileira de Odontologia no DF (ABO-DF), o encontro é o mais importante da categoria na região Centro-Oeste.
    
    O principal objetivo do evento, que deve receber cerca de 5 mil pessoas até o encerramento, no sábado (24), é aprimorar o conhecimento técnico-científico dos cirurgiões-dentistas e profissionais da área, além de debater políticas voltadas para o setor. O tema do congresso este ano é Política de saúde bucal como instrumento de valorização profissional e qualidade de vida.
     
    Agnelo Queiroz foi convidado como presidente de honra do congresso. Em discurso, o governador ressaltou a importância das políticas públicas na área de saúde bucal ao apontar as ações do Governo do Distrito Federal no Plano Distrital de Saúde Bucal, elaborado pela Gerência de Odontologia da Secretaria de Saúde.
    
    “Estamos ampliando o quadro de servidores e as opções de serviços na área de odontologia. Os processos de compra (de materiais) estão sendo agilizados para suprir as necessidades do atendimento. Em uma política mais ampla, estamos mudando o modelo de Saúde da Família, que são equipes que atendem à saúde básica. A meta é proporcionar, até 2014, a cobertura de 80% da população com esse serviço”, destacou Agnelo Queiroz.
    
    Saúde bucal no DF – Apenas em 2011, a atual gestão praticamente dobrou a quantidade de profissionais, com a contratação de 215 cirurgiões-dentistas. Destes, 178 já foram nomeados, sendo 103 para o serviço de atenção primária e 75 para procedimentos de média e alta complexidade. As equipes de Saúde Bucal são cadastradas pelo Ministério da Saúde (MS) e estão vinculadas às unidades básicas de saúde.
    
    O GDF investiu ainda na infraestrutura dos consultórios odontológicos de hospitais regionais e centros de saúde. O trabalho de prevenção nas escolas públicas do DF também está sendo estruturado e será iniciado em breve, com ações de conscientização e aplicação de flúor.
    
    O vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, paraninfo do congresso, destacou o bom momento de Brasília, que caminha para mudanças não apenas na saúde, mas em outras áreas. “Estamos melhorando a saúde básica com contratações e aumento das especialidades. Além disso, temos políticas importantes em outras áreas, como a de transportes e de obras da Copa do Mundo de 2014”, ressaltou Filippelli.
    
    O secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, foi convidado a se pronunciar pela atuação como cirurgião-dentista. Para ele, a saúde bucal deve ser incluída como elemento fundamental na construção da saúde integral. “A integração da saúde bucal às políticas de saúde geral e aos programas do Sistema Único de Saúde é uma luta antiga. Esses direitos só se viabilizam se colocados no topo das prioridades. Estamos inteiramente à disposição desse governo para que isso aconteça”, frisou o secretário.
    
    Programação – Na programação do CIODF estão previstos cursos, simpósios e conferências, além de exposições das novidades do mercado odontológico em 150 estandes. Durante o evento, haverá, ainda, atendimento à população, com orientações sobre cuidados com a saúde bucal.
    
    “O tema do congresso é pertinente, pois não há qualidade de vida sem saúde bucal. Esse evento busca não apenas o bem-estar da classe odontológica, mas de toda a sociedade brasileira”, enfatizou o presidente do Conselho Federal de Odontologia, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues.
    
    Também estiveram presentes ao encontro o secretário de Saúde em exercício, Elias Miziara; o presidente do Conselho Federal de Odontologia, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues; o presidente do Conselho Regional de Odontologia do DF, Júlio César de Barcellos Coelho; o presidente da Associação Brasileira de Odontologia, Newton Miranda de Carvalho; o presidente da Associação Brasileira de Odontologia no DF, Hamilton Melo; e o presidente do 14º CIODF, Wesley Toledo, entre outras autoridades.

Agnelo desabafa ao 247: “Queriam me emparedar”

Foto: Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL
EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL AFIRMA QUE ENFRENTOU INTERESSES PODEROSOS E QUE O RECADO QUE ESTAVA IMPLÍCITO NAS DENÚNCIAS QUE SOFREU ERA UM SÓ: ´OU VOCÊ RECUA, OU NÃO GOVERNA´; AGORA, DEPOIS DE CONCLUIR O QUE DEFINE COMO ARRUMAÇÃO DA CASA, ELE SE PREPARA PARA UMA AGENDA POSITIVA
Leonardo Attuch _247 – No dia 1º de janeiro de 2011, dia da posse da presidente Dilma Rousseff, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz teve uma conversa reservada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém até hoje uma relação de fraterna amizade. “De todos os novos governadores, você é o que vai encarar a missão mais difícil”, anteviu Lula. Decorridos quase 15 meses de governo, Agnelo dá razão ao amigo. “Eu sabia que seria difícil, mas nunca imaginava que seria alvo de tantos ataques”, disse ele ao 247.
Numa longa entrevista exclusiva, em que falou por mais de duas horas, Agnelo Queiroz abordou vários problemas do GDF, como a precária situação dos transportes e da saúde, bem como o caos administrativo que encontrou após a crise deflagrada pela Operação Caixa de Pandora (leia mais no Brasília 247). Mas a conversa também ganhou um tom de desabafo. “Nós enfrentamos aqui interesses muito poderosos”, disse ele. “Alguns achavam que eram donos de Brasília e tratavam o Distrito Federal como uma capitania hereditária”.
Como exemplo, o governador cita a licitação para renovação dos ônibus. Em Brasília, desde sempre há um duopólio entre as famílias Canhedo e Constantino. Uma se tornou dona da Vasp, que depois faliu, e outra controla a Gol. Ou seja: a capital federal é a única cidade do mundo em que empresas de ônibus ruins dão origem a companhias de aviação. “Decidimos enfrentar um problema que os antecessores ignoravam”, diz ele. No edital de licitação que já está na rua, a rede de transportes públicos foi dividida em cinco bacias. “Nenhuma empresa aqui poderá ter mais que 20% do serviço de ônibus”.
Na área de tecnologia da informação, onde os contratos com o GDF também fizeram brotar grandes empresas, Agnelo mexeu em outro vespeiro. “Encontramos mais de R$ 750 milhões em recursos desviados nos últimos anos e enviamos tudo para o Ministério Público”, disse ele. Ao todo, mais de 13 mil contratos foram alvo de auditorias e várias empresas, que forneciam produtos ou serviços para o GDF, foram declaradas inidôneas – a partir de agora, não poderão mais atuar para o setor público. Com a revisão dos contratos, diz ele, Brasília voltou a ter superávit primário em 2011.
"Ou recua ou não governa"
Em meio a esse processo de ajuste, Agnelo Queiroz enfrentou também uma maré de denúncias. “Tentaram atingir a mim, a minha família e isso sempre abala quem tem valores e dignidade”, diz ele. “Mas sabíamos que o pano de fundo era a reforma que estávamos e ainda estamos propondo para o GDF”. Segundo o governador, havia uma mensagem implícita nos ataques: ou ele recuaria, ou não conseguiria governar.
De acordo com o governador, os ataques são fruto de uma campanha orquestrada, mas também inconsistente. “Volta e meia pegam casos em que eu já fui julgado e inocentado, como a história da Anvisa”, diz ele. Nesta semana, por exemplo, Agnelo foi acusado de favorecer laboratórios farmacêuticos enquanto foi diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu uma agenda, onde havia a anotação do nome Agnelo, ao lado do número 50. “Eu adoraria que fizessem uma perícia grafotécnica neste documento”, diz ele. “Está na cara que é uma coisa armada”.
Na crise, o governador afirma que conseguiu fortalecer a coesão da sua base de sustentação na Câmara Distrital, que foi ampliada para 18 partidos. Além disso, os aliados que vislumbraram a oportunidade de se viabilizar como alternativas de poder já teriam submergido novamente, de acordo com o governador. “A natureza humana sempre dá vazão a oportunismos, mas isso já passou”, diz ele. E uma prova do fortalecimento do governo teria sido a posse do novo secretário da Casa Civil, Swedenbeger Barbosa, que contou com a presença de vários ministros da equipe de Dilma. Agnelo espera, em breve, anunciar uma grande parceria com o governo federal na área de transportes – será um dos maiores investimentos da história do Distrito Federal em mobilidade urbana.
Página virada
Superada a maré de denúncias, o governo espera abrir agora uma nova fase do seu governo, com uma agenda positiva de inaugurações e realizações. Entre elas, ele cita a erradicação da pobreza extrema e do analfabetismo no Distrito Federal, a inauguração de vários centros de saúde, a implantação de escolas em tempo integral, a criação de um dos maiores programas do País de tablets em salas de aula e, ainda, a conclusão do estádio Mané Garrincha, cujas obras terminam no dia 31 de dezembro deste ano. Como o estádio é o mais adiantado do País, Brasília ganhou destaque na Copa de 2014. Será sede de sete jogos e de, possivelmente, três da seleção brasileira. Além disso, a capital federal abrirá a Copa das Confederações, no ano que vem, e sediará o torneio de futebol dos jogos olímpicos de 2016. “Conseguimos aproveitar a oportunidade de transformar Brasília numa vitrine do País”, diz ele.
O governador tem consciência de que 2011 foi o ano mais difícil da sua vida, mas espera dias melhores. Diz que houve uma tentativa de emparedá-lo e obrigá-lo a ceder diante de interesses poderosos, há muito tempo arraigados na capital federal. Mas, hoje, quem o encontra já não vê mais um governador nas cordas. Agnelo quer briga e diz que vai continuar seu enfrentamento (leia mais no Brasília 247).