sábado, 14 de abril de 2012

Agnelo Queiroz desabafa: “Querem manchar o meu governo”



Agnelo: “Eu também estou fazendo minha apuração. Estamos pedindo compartilhamento das provas, e qualquer fato encontrado será punido”.

 Nos últimos dias, o nome do governador Agnelo Queiroz, voltou a ser foco na mídia devido a denúncias de um possível envolvimento dele com Carlos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás. Para Agnelo, o pedido de impeachment feito pelo senador Demóstenes Torres, em 2011, seria uma forma de pressionar o GDF a ceder às investidas de Carlos Cachoeira, que tentou nomear pessoas ligadas ao grupo criminoso em cargos estratégicos do Buriti. “Na época eu não imaginava, mas hoje reflete a insatisfação brutal do grupo e do partido com o meu governo”, disse Agnelo.
O governador se defende das acusações: “Eu também estou fazendo minha apuração. Estamos pedindo compartilhamento das provas, e qualquer fato encontrado será punido”.  Agnelo afirma não ter qualquer relação com as denúncias da Polícia Federal a Cachoeira e que tudo não passa de intriga e distorção de fatos. Trechos de conversas divulgadas citam nomes de membros do primeiro escalão do GDF, como o secretário de governo, Paulo Tadeu, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, e o assessor, Cláudio Monteiro, que pediu afastamento do cargo para se defender das acusações.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Comunidade, porém, Agnelo Queiroz observa que em nenhum momento a Polícia Federal confirma, de fato, que ele esteja envolvido em algum esquema de corrupção junto a Carlos Cachoeira e afirma: essa onda de denúncias é uma tentativa, não se sabe de quem, de tentar atingir o PT e, particularmente, o governador do Distrito Federal.
As denúncias da operação Monte Carlo ligam o GDF ao esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira...
Agnelo Queiroz - Essa crise é do DEM e do PSDB, e de Goiás. Por que a Polícia Federal fez uma longa apuração e todo mundo sabe o vigor dessas apurações da Polícia Federal, mas de um ano e meio grampeando esses atores, cujo objetivo era pegar uma ação ilegal do jogo, caça níquel e contravenção. E foi justamente nessa investigação que se identificou as relações desse grupo e essas relações que estão bem caracterizadas nos autos da Polícia Federal. Ressalto: o que sai na imprensa não é o que está na Polícia Federal. Infelizmente, nem toda imprensa dá notícias, especificamente a imprensa nacional. O que a polícia detectou foi a ligação desse grupo com o senador Demóstenes Torres. Trezentas ligações dele pessoais com o Carlos  Cachoeira advogando e legislando pelo jogo no Congresso. Isso é fato e pegou uma série de relações de influência do grupo com o estado de Goiás, envolvimento citado pela polícia. Não estou fazendo juízo de valor, por que não tenho obrigação de fazer isso.
Mas a investigação cita políticos... [
Agnelo Queiroz - O que foi investigado pela polícia, dos nomes políticos que estão vinculados a Carlos Cachoeira, a Polícia Federal indicou, desde o senador, deputados federais, prefeitos, governadores etc. Inclusive, indicação de primeiro escalão. Isso é que está nos autos. Mas o que se vê na TV é atacar o governador do Distrito Federal e ninguém ataca o crime, o jogo. Você não vê também falar sobre as outras ligações políticas, também, com o estado de Goiás, que foi apurado e o que não está nos autos é uma tentativa desesperada, desconexa, contraditória para  envolver o governador do DF e o PT.
O senhor ou o GDF tem negócios com algum dos personagens dos grampos da PF?
Agnelo Queiroz - Não tenho nenhum negócio com o Carlinhos Cachoeira ou com o grupo dele. Eu não tenho, nem o GDF tem. Tanto é que todos os diálogos  que apresentam mostram a dificuldade que este grupo tem de emplacar alguém no DF. Eles não conseguem  indicar uma pessoa, não conseguem indicar um negócio. Então, não tem um único negócio aqui no DF com anuência do GDF. Essa é a maior prova. A segunda maior prova é a própria divergência desse grupo comigo, por que foi justamente o representante desse grupo, o Demóstenes Torres que pediu meu impeachment. Então, achar que um grupo que tem influência aqui, que está fazendo negócio aqui, está pedindo o meu impeachment, a avaliação do próprio Cachoeira num diálogo, que vocês podem observar  em alguns jornais, ele fazendo referência de que o governo aqui não vai até o final do ano.
O senhor acha que o pedido de impeachement do Demóstenes não foi uma forma de pressionar o governo a ceder alguma indicação ou algum contrato com o grupo?
Agnelo Queiroz - Eu penso hoje, por que na época não poderia pensar isso, que reflete a insatisfação brutal do grupo dele com o meu governo. Como eu fechei as torneiras para tudo que é tipo de negócios e isso era uma coisa sistêmica em todo governo do DF, então, tenho certeza que aqui, desse grupo, não tem absolutamente nada no governo do DF. Falo isso com, digamos, com muita segurança. Se algum agente, de qualquer que seja o escalão, por iniciativa individual tentou fazer isso, é responsabilidade individual, não vingou e será punido, por que eu também estou fazendo minha apuração. Temos a Secretaria de Transparência e comunicamos ao STF, já estamos pedindo compartilhamento das provas para receber tudo que diz respeito a qualquer pessoa do DF. Isso  inclui também o governador. Se tiver qualquer coisa, haverá punição. Portanto, se alguém cometer individualmente, paga individualmente. Eu asseguro que do governo do DF não tem absolutamente nada e as transcrições que temos acesso, que tem saido na imprensa, confirmam isso, apesar de que a imprensa faz uma interpretação que tem ligação, essa é a grande contradição, uma forçação de barra para mostrar uma ligação do GDF com esse esquema.
O senhor disse que o grupo de Cachoeira não conseguiu indicar ninguém, mas chegou algum pedido de indicação até o senhor?
 Agnelo Queiroz - Não chegou, isso que é importante. E tem lógica de não ter chegado. Quando eu assumi, a empresa Delta já estava explorando lixo aqui por decisão judicial, teve uma licitação em 2007, no governo Arruda. Em dezembro de 2010, o governador Rosso cumpriu uma decisão judicial. Quando eu recebi o governo, já estava atuando e cumprindo o contrato.
E por que o diretor do SLU saiu do cargo? Isso foi uma mudança que fiz antes desses episódios, não tem nada a ver com eles. Não houve pressão desse grupo para a indicação de João Monteiro, como vêm dizendo. Isso não é verdade. Eu escolhi o João Monteiro por que ele é  um delegado da Polícia Civil, secretário de Segurança Pública e o motivo pelo qual eu o coloquei lá era justamente por que eu tinha certeza que ele não teria ligação com essa área, no geral.
Porque o senhor escolheu um delegado?
Agnelo Queiroz - A área de lixo é sempre complicada em qualquer lugar do Brasil. Então, o que fiz? Coloquei um secretário de segurança pública. Ninguém notou um negócio desse. Ele saiu da SSP e foi para SLU. Poder imaginar que ele pudesse ser interesse de alguém não é, pelo menos, razoável. Tem um depoimento que saiu na Folha de S. Paulo, um diálogo desses, do Dadá com o Marcello, onde ele diz “os caras nomearam só inimigos da Delta. O que esses caras me ajudaram até hoje. Ninguém fez p...nenhuma”. Essa é a opinião do cara, representante do Cachoeira, junto à Delta. Não querem saber disso, infelizmente, a campanha que tentaram me envolver. Falo campanha por que não tem denunciante, não tem um partido, um político, estou sendo atacado pela imprensa, com frases desse tipo, para provar uma vinculação. Mas só que, ao apresentar frases, ela nega a acusação. Como pode dizer que esse cara teve influência na indicação se o que está dito é absolutamente o contrário. 
O João Monteiro chegou a relatar alguma pressão da Delta ou de alguém ligado ao Cachoeira?
Agnelo Queiroz - Falam que teve uma reunião entre eu, o João e o Rafael. Um desses diálogos, com bravata, para mostrar influência. Só que eu nunca fiz, nem com Rafael e nem com o próprio João Monteiro, que nunca me relatou nenhum grau de dificuldade e nunca tratei com ele sobre a Delta, nunca despachei com ele. Para mim, era uma área que não tinha problema e eu confiava nele. O que percebo no diálogo de hoje, o cara falando com o cara da Delta, o Dadá, reclamando do Cláudio Abreu que não consegue receber  nem o pagamento devido, o que mostra que esse grupo não tinha facilidade aqui. Não teve um aditivo, não teve  uma ação que pudesse melhorar as condições, que poderia em condições normais. As evidências e os diálogos não provam uma relação com o GDF.
A que o senhor atribui essa onda de denuncismo?
 Agnelo Queiroz - Tentam sujar o PT. Essa crise é do DEM e do PSDB. Estamos perto das eleições municipais no Brasil e aí a tentativa desesperada de embaralhar o jogo, tentar dificultar, achar que isso facilita não sair a CPI. Acho que uma nítida campanha para envolvimento do meu nome. Há coisas espaças, não há nenhuma conversa minha com uma pessoa dessa. Não há conversas do Cláudio Monteiro com alguém. São sempre terceiros. Meu nome aparece somente uma vez, num diálogo que fala que solicitei uma reunião. Nunca aconteceu reunião, nem com o João Monteiro, sobre a Delta. Ele saiu antes desses episódios, foi por um ajuste que estou fazendo no governo. Tentam dizer que eu pedi uma audiência. Isso é forçação de barra e dar interpretação de algo que não está escrito. Nem mesmo a investigação da Polícia Federal, que faz a investigação afirma, de fato, que estou envolvido. Eles dizem que parece se referir a mim. O que tentam passar para a sociedade é que a PF diz que o cara sou eu, mas a polícia não diz que sou eu. Para tentarem reforçar, dar conotação de veracidade, por exemplo, dizem: “o Marcello, assessor do Agnelo”. Como assessor do Agnelo? Ele estava no governo este ano, na Casa Militar, eu não o conheço. Ele nem estava no ano passado. Nunca estive com ele. 
Algum desses personagens citados têm alguma relação mais próxima com o senhor?
 Agnelo Queiroz - O Zunga eu conheço, que é do esporte há muito tempo em Brasília. O Marcello, que é o que está nesse diálogo, não é meu assessor, estão tentando induzir que esse cara tem proximidade, quando na verdade  sequer eu o conheço pessoalmente. E ele só entrou no governo porque o Cláudio Monteiro indicou este ano. Esses diálogos são do ano passado.
O senhor encontrou com Cachoeira em Anápolis. O que vocês conversaram?
 Agnelo Queiroz - Eu era diretor da Anvisa e visitei algumas indústrias farmacêuticas por lá e foi uma coisa geral. Tinham várias pessoas lá e as indústrias têm muitos interesses, legítimos. Eu fiz dezenas de reuniões como essa, com todo o setor farmacêutico em Goiás, fiz reunião em São Paulo. Então, não tem nada que não seja legítimo. Estava falando com um empresário do ramo farmacêutico, na área que eu estava atuando. Querem fazer uma vinculação dessa com uma coisa criminosa, eu não era governador e nem candidato. Não estava num exercício de um mandato eletivo. Encontro e vou encontrar com dezenas e centenas de empresários desse país e qualquer político vai encontrar e isso não tem demérito.
O senhor já perdeu o seu chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, por ser citado em gravações da PF. Com o surgimento em outros grampos dos nomes dos secretários de Governo, Paulo Tadeu e de Saúde, Rafael Barbosa, eles poderão ser afastados para se defender?
 Agnelo Queiroz - Cláudio recebeu uma acusação de recebimento de dinheiro por influenciar uma indicação. O Cláudio sabe que essa onda é contra o meu governo. Ele foi correto em se afastar, sair do meu governo. São situações diferentes (o encontro dos secretários em um jantar em Brasília, com Cláudio Abreu). Eu confio nos meus secretários. Não podemos condenar reuniões, em que, eventualmente, algum desses interlocutores tiveram algum problema no futuro. Isso será o fim do mundo. Não podemos mais encontrar com ninguém, falar com ninguém?
Caso a CPI seja instalada, o senhor irá se explicar espontaneamente?
Agnelo Queiroz -  Tenho certeza de que a CPI é o pleito correto de voltar à investigação que a PF fez. Temos que nos basear no que foi pesquisado, investigado. Ninguém vai poder inventar nada. Quem me acusa? Qual partido? Não temos respostas. Só a imprensa está me acusando. O que depender para esclarecer da minha parte, irei colaborar. Sou o maior interessado. Tenho convicção de que não tem ação do jogo forte aqui no DF. Essa crise não é de Brasília.
Quando terá fim a greve dos professores? A categoria terá aumento salarial?
Agnelo Queiroz - Não terá aumento de jeito nenhum. Intensificamos bastante o contato com eles e tenho diversos secretários envolvidos. Queremos acabar com a greve e os números são transparentes. Não há como conceder aumento agora. Eles tiveram 14% de aumento no ano passado. Reajustei o tíquete de refeição, equiparando-o com o do governo federal. Aumentei período extraescolar, para prepararem as aulas e receberem por isso. O piso deles é três vezes maior que o piso do professor nacional.
Quando ficará pronto o plano de carreira da categoria?
Agnelo Queiroz - Espero resolver isso até o fim do ano. Queremos fazer um esforço para que compreendam isso. Espero sinalizar uma incorporação em 2013, mas agora não posso fazer nada que não poderemos cumprir, por isso, a proposta apresentada não será alterada. A população precisa ver que somos coesos com o que falamos. Cortamos despesas, reduzimos salários de secretários, não estamos contratando concursados. Peço um gesto de confiança, para voltarem a trabalhar e garanto que vamos continuar negociando. Não importa se a greve já durou 30 dias e vai durar mais ou menos. Não terá aumento, portanto, quanto mais cedo conversarmos, melhor. A área da educação foi que a mais recebeu investimentos no meu governo.
Qual o maior desafio na educação?
Agnelo Queiroz - Melhorar a qualidade do ensino, número de creches, escolas técnicas, implantação de ensino integral, pois é uma área essencial e importante para a vida do povo no DF.
fonte: Jornal da Comunidade

Para não investigar as ligações criminosas Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"

É mais do que sintomático o comportamento da Veja que, para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados. Nada mais falso. Vemos aqui o claro interesse de a revista confundir o público e tirar os holofotes do escândalo da ligação de Cachoeira com o senador Demóstenes e da cadeia de interesses dela decorrente. E na esteira dessa gravíssima denúncia de contaminação da máquina pública por interesses privados e criminosos, uma triste constatação: alguns órgãos de imprensa, onde se destaca a Veja, serviram-se de informações engendradas no esquema criminoso de Cachoeira para produzir matérias denuncistas.
Publicado em 14-Abr-2012
 

Repórter da Globo também teria se envolvido com Cachoeira





Repórter da Globo também teria se envolvido com Cachoeira

Chega a este blog informação que não surpreende porque explica fato que muitos podem estar notando, o de que a Globo, acima da Veja ou de qualquer outro tentáculo da mídia demo-tucana, lidera a difusão de distorções das investigações da Operação Monte Carlo que se traduz em tentativa de voltar a CPI do Cachoeira contra o PT e o governo Dilma.


A fonte que envia tal informação é a mesma que alertara este blog para os fatos de que não foram 15 e, sim, ao menos 18 celulares (no inquérito aparecem 16, fora um 17º que não aparece e foi dado a Demóstenes Torres) que o bicheiro distribuiu a comparsas, e de que a mídia começaria a tocar no assunto Veja/Cachoeira porque o volume de conversas comprometedoras tornaria inevitável a convocação, se não de Roberto Civita, ao menos de Policarpo Jr. pela CPI.

Ainda que a edição da Veja desta semana volte ao ataque e tente vender a teoria de que tudo o que envolve a revista não passaria de “cortina de fumaça” com a qual o PT estaria tentando desviar atenções do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, a revista está apenas se defendendo, haja vista que sua relação com o crime organizado explodiu na sexta-feira na grande imprensa através da Folha de São Paulo.

Segundo a fonte do blog, Folha e Estadão não teriam aparecido nas escutas da Polícia Federal, mas o forte empenho da Globo em inverter o foco da investigação e intimidar parlamentares que possam integrar a CPI que deve ser instalada na semana que entra se deve ao fato de que ao menos um de seus repórteres teria mantido vários contatos sugestivos com Cachoeira que estariam gravados.

Analisando o que os jornais, telejornais e blogs das Organizações Globo têm feito – o que inclui uso político de uma concessão pública de televisão, sem falar em rádios – logo se percebe que não mantêm o mesmo distanciamento que os dois jornais paulistas estão mantendo, ainda que suas preferências políticas estejam levando-os a encampar parte dos ataques ao PT e a aliados.

Na última sexta-feira, por exemplo, no Jornal Nacional, Willian Bonner faz um ar grave para anunciar escutas comprometedoras contra Agnelo Queiroz que mostrariam que ele ou um “segundo” no comando do governo do Estado teriam se encontrado secretamente com Cachoeira. O diálogo, no entanto, não mostra nada, absolutamente nada irrefutável.

Ainda assim, o blogueiro da Globo Ricardo Noblat anuncia, como se estivesse falando do clima, que Agnelo Queiroz já estaria cogitando renunciar. Isso logo em seguida a manifestação pública e veemente de apoio ao governador que 19 dos 24 deputados distritais do Distrito Federal fizeram na última quinta-feira.

Detalhe: não existe, até aqui, a menor razão para que o governador de Brasília pense em renúncia. Até o momento, nem mesmo seus assessores sofreram revelação de algo sequer parecido com o que o Jornal Nacional de sexta-feira mostraria em seguida às gravações que mostrou contra Queiróz.

Ao noticiar que foi negada pela Justiça o pedido de Demóstenes Torres de interrupção do inquérito da Operação Monte Carlo, o JN mostra gravação em que membros da quadrilha de Cachoeira falam em mandar dinheiro para festa da mulher do senador. Assim, na lata. Que alguém mostre algo parecido contra Queiróz ou qualquer outro governista.

Há, claro, a exceção do deputado do PT de Goiás Rubens Otoni, que aparece em vídeo concordando em não declarar doação de dinheiro oferecida por Cachoeira. Mas é um caso antigo, de 2004, que nada tem que ver com os fatos recentíssimos. De resto, até contra a empreiteira Delta o que se tem são apenas diálogos inconclusivos, ainda que sugestivos.

Eis, portanto, a explicação para a Globo estar liderando a tentativa midiática de ludibriar a opinião pública e de intimidar os membros da CPI para que não tentem trazer à luz escutas que envolvem a grande imprensa. A cabeça do Partido da Imprensa Golpista, pelo visto, também se banhou nas águas dessa Cachoeira de corrupção midiática.


Site: http://ceilandiaemalerta.com.br/site/

Blog: http://ceilandiaemalerta.blogspot.com.br/

Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001586848829

Após cinco meses, Lula volta aos braços do povo

Após cinco meses, Lula volta aos braços do povo Foto: RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA

Na primeira aparição pública após tratamento contra câncer, o ex-presidente Lula comprovou que o carisma continua em dia e prometeu ajudar o PT a "continuar crescendo e elegendo pessoas como Fernando Haddad"; ele avisou que estará pronto para atuar em 20 dias, mas a voz falhou três vezes em discurso

14 de Abril de 2012 às 19:18
Vinte dias. É esse o prazo estabelecido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele esteja apto a ajudar o PT "a continuar crescendo e elegendo pessoas como o (prefeito de São Bernardo, Luiz) Marinho, como o Fernando Haddad, como o Oswaldo (Dias, prefeito de Mauá), como o Mário Reali (prefeito de Diadema), como (o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Santo André, Carlos) Grana, e como tantos que nós temos que eleger no Brasil inteiro”.
O grande desafio, sem dúvida, é a eleição de Haddad na capital paulista, onde o carisma do presidente, confirmado em mais uma aparição pública, nunca foi capaz de fazer a diferença em favor do PT. É o desafio que o homem que conseguiu eleger Dilma Rousseff se impôs, assim como o de desmontar "a farsa do mensalão", que Lula prometeu a José Dirceu ao deixar o Palácio do Planalto.
As metas estão estabelecidas. Resta saber se o presidente, que teve de interromper o discurso por três vezes neste sábado, por causa da fraqueza na voz, terá vigor para corresponder às próprias expectativas.
Elogios
Lula participou da inauguração do primeiro Centro Educacional Unificado (CEU) de São Bernardo do Campo, que tem o nome de Regina Rocco Casa, em homenagem à mãe da ex-primeira dama Marisa Letícia. Lula agradeceu à homenagem prestada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e ressaltou que “a mãe da Marisa, como tantas outras mães, são daquelas figuras anônimas que ajudaram a construir São Bernardo do Campo”.
O ex-presidente se referiu ainda à presidenta Dilma Rousseff, dizendo que ela estaria no evento não fosse uma viagem agendada à Colômbia para participar da Cúpula das Américas. Sobre ela, Lula disse: “Eu acho que a Dilma é outra coisa boa que aconteceu pro país [...] Assim como eu provei que não precisa de uma pilha de diploma para governar e saber cuidar de pobre, a Dilma vai provar que a mulher não tem nada de inferior ao homem”.
Com informações do Instituto Lula

GDF entrega Licença do Setor Habitacional Tororó

Foto Roberto Barroso

    Cerca de 40 mil moradores serão beneficiados pela regularização ambiental
    Carlos Rezende, da Agência Brasília

    O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Semarh) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), entregou neste sábado a Licença de Instalação do Setor Habitacional Tororó, localizado próximo à DF 140 e ao Jardim Botânico.
    
    Há cerca de 20 anos mais de seis mil moradores de classe média esperam pelo documento que permite a regularização do setor. A previsão de capacidade populacional da área é de 40 mil moradores.
    
    O governador Agnelo Queiroz explicou que a área está ocupada com pouco mais de 25% de sua capacidade e esta é uma ótima oportunidade do GDF fazer uma regularização ambiental exemplar para o Brasil. “Queremos fazer do Tororó um grande exemplo de desenvolvimento sustentável, como pudemos fazer de licença ambiental”, destacou o governador.
    
    “O que era no passado uma ocupação sem ordenação, agora vai ser um grande bairro ecológico, com utilização de energia solar e com reaproveitamento de água. Todas essas diretrizes estão nas licenças que estamos entregando hoje”, completou Agnelo Queiroz.
    
    Com apenas 11 condomínios individuais ocupados, o Tororó será o primeiro conjunto habitacional a ser regularizado com condicionantes de gestão ambiental.  “Nós fizemos estudos para decidir onde serão feitas todas as ações de recuperação das áreas que foram degradadas, além de um trabalho de educação ambiental e reflorestamento”, enfatizou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Brandão.
    
    As condicionantes ecológicas que foram pedidas na expedição da licença (a de instalação) são totalmente inovadoras nos procedimentos de regularização. Cada condomínio terá de realizar estudos para a viabilidade de instalação de equipamentos para o controle da poluição do ar e ruídos, para a utilização de energias limpas como solar e eólica, destinação de áreas específicas para o depósito e tratamento de resíduos da construção civil, reutilização de águas de esgoto sanitário, entre outras.
    
    O trabalho de educação ambiental com a comunidade de todos os condomínios também será feita como compensação ambiental. A coleta seletiva, replantio de áreas degradadas, combate a incêndio e incentivo a hortas comunitárias serão práticas que deverão ser adotadas pelos condôminos.
    
    De acordo com o diretor do Ibram, Nilton Reis, “essa é a primeira licença feita para o bairro como um todo e não apenas para um condomínio, isso faz com que a preocupação ambiental seja levada para a comunidade de uma forma geral, além de dar celeridade para o processo de regularização”.
    
    O documento, já aprovado no Conselho do Meio Ambiente (Conam), a ser entregue pelo GDF, vale para toda a área do Setor Habitacional.
    
    Para o presidente da Associação dos Empreendedores do Tororó, Mauro Gonçalves, “O licenciamento do setor dá condições e orientações para que cada condomínio possa dar prosseguimento aos seus processos de regularização individuais”.
    
    A Licença prevê ainda a construção do Parque Ecológico do Tororó, que consiste em uma área de aproximadamente 127 hectares para preservação da fauna e flora do cerrado, garantindo qualidade de vida e sustentabilidade para os moradores da região.
    
    A medida faz parte da política de regularização do Governo do Distrito Federal, que está atuando de forma bastante determinada para legalizar todas as áreas ainda sem licenciamento, garantido segurança jurídica à população do DF. O novo setor ocupa cerca de 1200 hectares.
    
    Asfalto – À tarde, o governador Agnelo Queiroz esteve no Núcleo Bandeirante, onde inaugurou o asfaltamento da marginal da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A obra vai facilitar a movimentação de cargas e trabalhadores, que utilizam diariamente a via. “Essa é uma área de escoamento que dá base para a construção civil. Esse asfalto vai melhorar muito a qualidade de vida de quem passa por aqui”, afirmou Agnelo Queiroz.