segunda-feira, 14 de maio de 2012


Máfia de Cachoeira contra Agnelo

Uma grande conspiração comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres para derrubar o governador Agnelo Queiroz. Esta é a visão do porta voz do GDF Ugo Braga, que publicou em seu blog como a conspiração foi vista de dentro do Palácio do Buriti

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Escutas mais recentes da Operação Monte Carlo, feitas no fim de janeiro e início de fevereiro deste ano, revelam uma conspiração da turma de Carlinhos Cachoeira para derrubar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Para tanto, o grupo se vale da combinação entre imprensa, Ministério Público e o senador Demóstenes Torres.
O primeiro desses diálogos ocorre em 30 de janeiro, uma segunda-feira, pouco antes das nove da manhã, e envolve Carlinhos Cachoeira e Dadá, seu braço direito.

CARLINHOS - Fala Chicão.

DADÁ - Ó, o negócio tá tendo uma repercussão violenta, rapaz. Esse negócio da revista Veja aqui.

CARLINHOS - Ah, é? Então agora ele cai?

DADÁ - Sei não, cara. Sei que a repercussão envolveu o Ministério Público. Mas a imprensa toda, Globo hoje,
Globo, Record, tá todo mundo batendo no cara. O bicho tá pegando.

CARLINHOS - Tá. Tó tendo uma reunião, vou falar com você.

Os dois se referem a uma reportagem assinada pelo jornalista Hugo Marques, publicada pela Veja que chegou às bancas dois dias antes. Nesta reportagem, intitulada “O PT na Caixa de Pandora”, a publicação acusa Agnelo de ter visto com antecedência o vídeo no qual o então governador José Roberto Arruda (DEM) aparece pondo as mãos num maço de dinheiro, supostamente caixa 2 da campanha abastecido via pagamento de propinas por fornecedores do Governo do Distrito Federal. O vídeo é o principal da Operação Caixa de Pandora, que, dois anos antes, jogou o DF na maior crise política desde sua fundação e entrou para a história apelidada de mensalão do DEM.
Segundo o texto da Veja, Agnelo viu o vídeo, pegou uma cópia dele, que fez chegar ao então advogado-geral da União, José Dias Tofolli, também petista, e assim iniciou a articulação que terminou por derrubar Arruda. Ainda que a “acusação” careça de lógica, as redes locais de TV repercutiam a reportagem nos telejornais da manhã na forma de denúncia cabeluda contra Agnelo, o que animou a dupla.
Vinte minutos depois desse primeiro telefonema, Cachoeira volta a procurar Dadá.

CARLINHOS - E então, o trem tá feio aí?

DADÁ - Tá bicho, a Globo bateu pesado nele, Record, ele tá dando explicações aqui, mas os caras não tão se convencendo não, entendeu? Tá gaguejando aqui na televisão.

CARLINHOS - Então libera o Gordinho…, né?

DADÁ - Falei com ele agora, com o Cláudio, (…) “porra, a gente tem que resolver isso”, falei. “Rapaz, isso aí é o seguinte, se vocês resolvem, vocês tiveram a oportunidade de resolver, ainda tá em tempo, vocês resolvem o problema que o homem te pediu, cara, e vocês, é…, vai ser hasteada bandeira branca, bicho”.



Bisquas quis dolorro to blacestibus, eostio. Exerorem nem re dolenda nducium fugiant ibusam, ad et untorrume aut fuga. Am ea nonsequunt voluptusdaeBisquas quis dolorro to blacestibus, eostio. Exerorem nem re dolenda nducium fugiant ibusam, ad et untorrume aut fuga. Am ea nonsequunt voluptusdae

O Gordinho a que se refere Cachoeira é Demóstenes Torres. Liberá-lo significa orientá-lo para atacar Agnelo da tribuna do Senado. Já o “problema” mencionado por Dadá para que se chegue à bandeira branca, ou seja, para que Demóstenes poupe Agnelo, é a nomeação de um apaniguado para a direção-geral do SLU, estatal que fiscaliza o contrato de coleta de lixo no DF, feita pela Delta. As escutas da Operação Monte Carlo mostram que Cachoeira tentava há mais de um ano abocanhar esse cargo e não conseguia.
O diálogo prossegue.

CARLINHOS - Você tem que avisar que eles vão apanhar, entendeu? Vão continuar apanhando.

DADÁ - Não, lógico, vou avisar, daqui a pouco vou ligar para eles.

CARLINHOS - (…) porque é o seguinte: não vai perder uma oportunidade dessa não, uai, senão passa uma oportunidade dessa aí…

DADÁ - Pro cara cair é três, quatro meses. É o tempo que vence aquele negócio, o cara em maio assumir, né? Em maio, o outro pode assumir, o vice, aí resolve a nossa vida, não é possível.

Abre-se um parêntese. Em grampos anteriores, o próprio Dadá afirma que o grupo precisa procurar o vice-governador para se acertar com ele. Ou seja, não há, nos autos da PF, indicativo de que o vice fosse atender às investidas. Independentemente disso, porém, o governador revelara-se um obstáculo intransponível. Precisava ser substituído. Fecha parêntese.
Depois de fazer as contas para o tempo legal suficiente para o vice-governador assumir sem que uma nova eleição fosse convocada, Cachoeira desliga com Dadá. Minutos depois, às 9h40, telefona para Cláudio Abreu, diretor da Delta para o Centro-Oeste.

CLÁUDIO - Deixa eu falar, o Dadá me posicionou aqui, aquela história, nós não pediu nem nada, deu uma reviravolta na turma lá, tá tudo desesperado, né? O Dadá já me falou que você falou pra ele “botou a cabeça, agora deixa”, eles que têm que resolver. Não resolvem minhas coisas lá, bicho.

CARLINHOS - Falei pro Dadá, eu liguei pro nosso amigo, falei: “ó, solta o bete (…) é ao contrário, vai bater, aí, depois de arrumar os seus negócios ele para, entendeu?

CLÁUDIO - É, exatamente.

A trama transparece nos diálogos. Ou Agnelo entregava o SLU ou continuaria apanhando até cair. Dadá e Cláudio Abreu, então, procuram um terceiro personagem, Marcello Lopes, o Marcelão, e pedem para que ele faça um pedido de audiência com o governador Agnelo Queiroz. No dia seguinte, 31 de janeiro, terça-
feira, há um grampo em que Cláudio Abreu conta a Carlinhos Cachoeira o resultado dessa audiência.

CLÁUDIO – Fera, é o seguinte: eles estão muito seguros de si. Primeiro eu vou contar o que aconteceu. Depois vou te contar o que o FERNANDO sugeriu e o que depois da reunião, nós saímos. Não falamos com o (?) foi só com o CLÁUDIO. Sentei lá no sofá, ó o discurso do CLÁUDIO... Você tá com tempo pra aí ouvir, né? Ele virou pra mim e falou assim: “a pior coisa de um homem é quando ele é seguro de si e ele não sabe o que ele tem de fragilidade e com essa segurança ao mesmo tempo ele pode levar um tombo. (...)

A PF pôs uma interrogação entre parênteses por que o analista da escuta não entendeu o que foi falado. Mas tratavam do governador. Ou seja, o grupo de Cachoeira queria falar com o governador no dia seguinte aos ataques vindos da imprensa. Num momento de fragilidade, presume-se, seria mais fácil envolvê-lo. Mas Cláudio Abreu é claríssimo, não consegue acesso a ele e pára no chefe de gabinete, Cláudio Monteiro – cuja missão, diga-se de passagem, é precisamente filtrar a agenda do governador, conter as impurezas, impedi-las de chegarem ao gabinete.
Cláudio Abreu segue a conversa. As últimas frases desta fala transcritas pelo analista da Polícia Federal são as seguintes:

“Aí terminou a reunião, nós saímos de lá quase à meia noite. Terminou a reunião, mandei pro chefe lá, falei o que aconteceu. Ele falou: puta merda, esses caras só promete, só enrola CLÁUDIO. Fala pro nosso amigo lá descer a mutamba neles. Desça a mutamba que só assim eles vão entender o negócio”.

No dia seguinte, quarta-
feira, primeiro de fevereiro, o trio Abreu/Dadá/Cachoeira volta à articulação. Como o novo bote sobre o SLU restara infrutífero, prepara-se, então, a investida final sobre o governador. Para tanto, o grupo traça uma estratégia contando com a atuação de Demóstenes, que bateria em Agnelo da tribuna do Senado. Mas só depois de uma denúncia assinada pelo procurador-geral da República – nas contas do grupo, esta seria mais valiosa do que as informações usadas até então, fornecidas por Alberto Fraga (DEM), candidato derrotado ao Senado, e Edson Sombra, blogueiro de Brasília que ataca o governador com frequência, ligado ao senador cassado Luís Estevão.

DADÁ - (…) estão dizendo que o Gurgel vai fazer uma denúncia contra Agnelo, então espera esta denuncia sair, é o tempo que a gente ganhava de 30 dias e daí a gente bate em cima de denúncia, porque daí vai bater em cima de uma denúncia do Ministério Público, não em cima de fala de Fraga em cima de fala de Sombra, entendeu?

CARLINHOS: Entendi, o que você quer que faz?

DADÁ: Primeiro tem que conversar com CLÁUDIO (Abreu) e FERNANDO (Cavendish) porque eles que querem que bata, então eu quero primeiro falar com CLÁUDIO esta avaliação que a gente fez, o que ele acha desta avaliação eu não posso determinar nada. Mas o que eu estava falando com o MARCELO, o MARCELÃO, disse assim: DADÁ olha só, os caras não estão dizendo que vai sair uma denuncia do Ministério Público. Por que aí o SENADOR espera esta denúncia sair e aí sim, ele está no direito de falar na tribuna. Porque o que acontece ele tem um papel do MP afirmando que o AGNELO é vagabundo. Hoje só tem dossiê, dossiê do FRAGA, dossiê do SOMBRA, não tem nada no papel.

Nesse mesmo dia, minutos depois, Cachoeira e Dadá voltam a se falar e tramam os detalhes da tarefa a ser entregue a Demóstenes.

DADÁ: (..) porque o cara vai ser denunciado mesmo lá na frente entendeu e aí a gente tem argumento pra dizer “ó o cara tá fazendo o papel dele de oposição”. Aí eu pedi pra falar com você aí pra dar um toque lá pro GORDINHO pra segurar essa denúncia aí que vai que diz que vai sair aí do GURGEL, procurador-geral entendeu?

CARLINHOS: Pra segurar o Gurgel não tem jeito não.

DADÁ: Não rapaz, só dar pronunciamento na (..?..) e no plenário depois que o GURGEL fizer a denúncia.

CARLINHOS: Ah excelente então, eu vou conversar com ele.

DADÁ: Aí conversa com ele, entendeu. Conversa com ele aí e vê se ele garante isso aí porque daí o CLÁUDIO vai garantir lá pros cara lá.

CARLINHOS:...espera eu primeiro conversar com ele.

DADÁ: Sei, lógico não vou falar (..?..) sem consultar ele não.

CARLINHOS: tá tchau.

Dadá calculava em 30 dias o tempo necessário para levar o plano a cabo. Não tiveram tanto. 28 dias depois deste último diálogo, a PF deflagrou a Operação Monte Carlo. Nem Agnelo entregou o SLU, nem Roberto Gurgel formalizou a denúncia contra ele, muito menos Demóstenes Torres iniciou uma ofensiva fatal da tribuna do Senado. Dadá, Cachoeira e Cláudio Abreu estão presos. Fernando Cavendish está a ponto de vender a Delta. Demóstenes Torres, que chegou a protocolar um pedido de impeachment contra Agnelo em outubro do ano passado, terá o mandato de senador cassado.

domingo, 13 de maio de 2012

Eemtrevista; Swedenberger Barbosa, o Berger,

Criado em Domingo, 13 Maio 2012

Quase dois meses à frente da Secretaria da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, o Berger, afirma que a população está cansada dos serviços públicos prestados nos últimos anos e ressalta um interesse enorme do governo federal em ajudar Brasília

Por Amandda Souza – O secretário da Casa Civil do Governo do Distrito Federal (GDF), Swedenberger Barbosa, relata que a sua primeira preocupação quando assumiu o cargo foi o cuidado com as cidades. Para Berger, como é conhecido, o cidadão tem de levantar de manhã cedo e perceber que a cidade está bem zelada, as ruas sem buracos, as áreas verdes podadas, o meio fio pintado, com boa iluminação pública. O secretário destaca que a Casa Civil tem um papel importante, em articulação com outras secretarias, para acelerar as soluções de questões como a destinação dos resíduos sólidos, do combate ao crack, da política habitacional, além das ações que serão intensificadas na Saúde e na Segurança. Berger revela, ainda, o apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula foram essenciais para sua vinda e que é desejo de todos tornar a capital do Brasil cada vez mais acessível, humana, protegida e cuidada.

Como avalia esse tempo de trabalho à frente da Casa Civil?

Fui convidado pelo governador Agnelo Queiroz para coordenar a gestão governamental. Isso implica em ter instrumentos e ferramentas apropriados para articular internamente o governo, fazer a coordenação propriamente dita das ações estratégicas, das prioridades e das políticas de governo; monitorar; apresentar dentro das prioridades quais são as metas e, finalmente, com os responsáveis definidos, entregar os produtos e os resultados. Evidentemente, isso se faz por meio de um modelo de gestão eficiente, transparente, com a clareza de como vai funcionar, com os processos e os ritos construídos para obter os resultados. Tenho justamente trabalhado nessa organização, mas ao mesmo tempo já temos alguns resultados. Em breve, esperamos que esses resultados cheguem fortemente para beneficiar a população.

O que foi feito até agora?

A minha primeira preocupação quando assumi a Casa Civil foi o cuidado com as cidades. Tinha uma percepção de certo abandono das cidades, e comentei isso com o governador em nosso primeiro despacho. O cidadão tem de levantar de manhã cedo e perceber que a cidade está bem zelada, as ruas sem buracos, as áreas verdes podadas, o meio fio pintado, com boa iluminação pública. Por isso, reuni secretários e presidentes de empresas públicas para fazermos o levantamento da situação e estabelecermos métodos, prazos e critérios para melhorar a qualidade de vida no Distrito Federal. A partir desse levantamento, e com o aval do governador, sentei-me com a Junta de Execução Orçamentária para buscar os recursos para essas ações. Essa junta é presidida pelo governador, coordenada pela Casa Civil e composta, ainda, pelas Secretarias de Planejamento e de Fazenda. Com essa operação conduzida por nós, o governador aprovou a liberação de R$ 141,8 milhões para o que chamamos de qualidade de vida nas cidades. Só para a recuperação das vias, são R$ 50 milhões, mas também tem a recuperação de calçadas, limpezas dos espaços públicos, construção de ciclovias. Tudo isso começa a ser realizado.

Qual é o papel da Casa Civil ?

Cuidamos de toda a gestão, o que envolve diversas áreas. O desencadeamento disso parte de um processo coletivo, com reuniões realizadas por tema. Em alguns casos, o protagonismo é da Casa Civil, em outros, a responsabilidade institucional é de uma ou mais secretarias. Por exemplo, temos desenvolvido papel importante, em articulação com outras secretarias, para acelerar as soluções de questões como a destinação dos resíduos sólidos, do combate ao crack, da política habitacional, além das ações que serão intensificadas na Saúde e na Segurança. O papel da Casa Civil é justamente articular, colaborar com os demais órgãos e acertar o papel de cada um, dentro do que é comandado e autorizado pelo governador. A Casa Civil funciona, também, como uma instância recursal. Aquilo que compete a ela é trabalhado. O que não compete, dá-se o encaminhamento para os órgãos.

Quais os maiores problemas do GDF?

A população de Brasília está cansada dos serviços públicos que lhes são prestados ao longo dos últimos anos. O GDF tem agido nas áreas de saúde, segurança e transportes, mas temos muito ainda que melhorar. Aqui temos uma desorganização e uma desordem urbana lamentavelmente acumulada que o governador Agnelo quer interromper. Se a gente sabe de tudo isso e pudermos colaborar de alguma forma para que essas questões venham para um trilho certo, é fundamental.

Qual o maior desafio nesta nova função? E sua vontade (diante dela)?

Ajudar Agnelo a organizar o governo para cumprir as metas e entregar os produtos que a população precisa. Seja em forma de recursos ou de políticas públicas de inclusão.

Como está máquina pública do GDF?

Ela é grande, mas precisa ser mais eficiente. A partir de uma determinação do governador, solicitamos a todos os secretários, presidentes de empresas públicas e administradores regionais o envio das ações e políticas estratégicas mais importantes para eles. Esse material tem servido de subsídio para estabelecermos as prioridades do governo. São nelas que vamos atuar. O governo tem de ser uno, central, comandado pelo governador. Montamos um Comitê de Monitoramento, formado por diversos órgãos e coordenado pela Casa Civil, que tem recebido e examinado essas demandas. A partir do momento que definimos prazos, metas e responsáveis, e liberamos os recursos por meio da Junta de Execução Orçamentária, esse Comitê passa também a fazer a fiscalização das ações. Cada centavo empregado nas prioridades do governo será monitorado. Vamos acompanhar a execução e o respeito ao cronograma. Também estamos montando na Casa Civil uma Ouvidoria itinerante. Ela vai estar nas ruas olhando tudo o que está sendo feito e apontando os problemas. Tudo isso faz parte de um processo de governança capaz de fazer com que as ações prioritárias sejam cumpridas.

A parceira com a União é essencial para a vinda de reursos?

Seguramente, em cada uma das áreas do governo federal têm políticas que ou já estamos inseridos ou que podemos nos inserir. Há esse interesse do governo federal em ajudar a capital da República. O Distrito Federal tem o privilégio de ser um espaço territorial e ter um governo que é do mesmo partido que o partido da presidenta Dilma. Desde que assumi, já estive reunido com mais de uma dezena de ministros para trazer programas e recursos federais. Por exemplo, solicitamos uma reunião na Secretaria-Geral da Presidência da República para discutirmos as parcerias para e a política de resíduos sólidos. Esse encontro aconteceu na última quinta-feira. Levamos os secretários de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Social, os presidentes do SLU e do Ibram para sentar à mesa dos representantes do Ministério das Cidades, do Meio Ambiente, da Secretaria-Geral da Presidência, da Fundação do Banco do Brasil, do BNDES, entre outros.

Quais são as principais mudanças de agora em diante?

Os equipamentos públicos estão nas cidades. Você mora na cidade. Você anda na cidade. Se tem buraco é na cidade, se tem posto de saúde é na cidade. Então, um dos desafios é fazer com que as secretarias e as administrações possam se integrar para que as políticas públicas e os serviços cheguem à população com qualidade.

O que significa para Brasília ter recebido R$ 2,2 bilhões do PAC da Mobilidade?

Essa era uma demanda já apresentada pelo GDF. A Casa Civil se incorporou ao processo e tem participado de reuniões com o vice-governador (Tadeu Filippelli) e diversos outros órgãos do GDF sobre essa questão. É uma vitória para o DF e precisa ser executado com responsabilidade.

Comenta-se que o governo federal lhe deu uma missão especial ao vir para Brasília, é verdade?

O governador Agnelo Queiroz é o comandante do governo e reiterou um convite feito em janeiro de 2011. A iniciativa foi dele. Claro que algumas pessoas foram fundamentais para que eu decidisse vir. Para eu vir, precisava de apoio e o tive explicitamente da presidente Dilma, do ex-presidente Lula, do ministro Gilberto Carvalho, do presidente nacional do PT, de outras autoridades do governo federal em diferentes níveis e de pessoas do governo local.

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Pede pra sair, Gurgel

Blog da Helena
CPMI do Cachoeira: Perillo em baixa, Agnelo sobe, e Gurgel sob fogo
O Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, precisaria dar alguma explicação objetiva e bem fundamentada sobre o motivo pelo qual não pediu investigação ao STF sobre o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), quando recebeu o relatório da Operação Vegas, em 2009

Ele não pode admitir que teria sido motivado por falta de confiança no ministro do STF Gilmar Mendes (devido a proximidade com Demóstenes, verificada no episódio do "grampo sem áudio"), pois isso geraria uma crise institucional com o Supremo. Mas poderia explicar melhor o que foi feito em conjunto com os Ministérios Públicos Federais do DF e de Goiás, e o que havia de frágil do ponto de vista jurídico na operação Vegas, para ainda não abrir investigação sobre o senador eleito pelo DEM.
 O que ele jamais poderia fazer é politizar o caso, misturando coisas distintas que nada tem a ver na sua área de atuação, a jurídica. E ele politizou de forma escandalosa e inaceitável quando declarou:

"Eu tenho dito que na verdade o que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que na verdade estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmo, com os fatos de desvio de recursos e corrupção, e ficam muito preocupados com a opção que o procurador-geral tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos estes fatos que acabaram vindo à tona".

Ora, a revista Veja pode não ter compromisso público e recorrer a malandragem de usar o surrado "mensalão" como cortina de fumaça para esconder Carlinhos Cachoeira de sua capa, mas um Procurador-Geral da República jamais pode recorrer a este tipo de malandragem, devido a seu cargo e a seu notório saber jurídico, que sequer permite esse tipo de discurso rastaquera de políticos e jornalistas de oposição.

Se Gurgel não queria causar uma crise institucional com o STF, ele causou outra crise com outro poder tão legítimo quanto o STF, que é o Congresso Nacional.

Assim, Gurgel comporta-se como quem perdeu a sua capacidade de discernimento e de conseguir fundamentar explicações para seus atos, e é hora de pedir a aposentadoria e deixar o cargo para quem tenha mais gás e mais tenacidade para administrar situações delicadas como a possível resistência de ministros do STF em autorizar investigar Demóstenes a partir da Operação Vegas.

E não me venham falar que a troca de um Procurador-Geral prejudica o julgamento do "mensalão", porque se assim fosse, o ex-procurador Antonio Fernando de Souza, que formulou a ação, não poderia deixar o cargo antes do julgamento. Rei morto, rei posto. Outro Procurador-Geral fará  o mesmo papel de Gurgel. O processo do "mensalão" não depende de quem esteja no cargo, nem de CPI do Cachoeira, nem da quantidade de testes de hipóteses que já foi publicado na velha imprensa demotucana, depende apenas de provas objetivas. Qualquer nome que ocupar o cargo de Procurador-Geral se tem provas, exibirá (aliás já teria que ter exibido nos autos), se não tem, não há nada a fazer a não ser acatar a sentença inocentando aqueles que foram acusados por atos que não praticaram.
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Máfia de Cachoeira contra governo de Agnelo Queiroz

Criado em Domingo, 13 Maio 2012

Escutas revelam conspiração entre o contraventor e o senador Demóstenes

    Carlinhos Cachoeira está preso no DF e deve prestar esclarecimentos na CPICarlinhos Cachoeira está preso no DF e deve prestar esclarecimentos na CPI
Escutas mais recentes da Operação Monte Carlo, feitas no fim de janeiro e início de fevereiro deste ano, revelam uma conspiração da turma do contraventor Carlinhos Cachoeira para derrubar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do Partido dos Trabalhadores.
Para tanto, o grupo se vale da combinação entre imprensa, Ministério Público e o senador Demóstenes Torres (sem partido). O primeiro desses diálogos ocorreu em 30 de janeiro, uma segunda-feira, pouco antes das 9h da manhã, e envolve Carlinhos Cachoeira e Dadá, seu braço direito no esquema. Os dois se referem a uma reportagem assinada pelo jornalista Hugo Marques, publicada pela Veja que chegou às bancas dois dias antes.

Nesta reportagem, intitulada “O PT na Caixa de Pandora”, a publicação acusa Agnelo de ter visto com antecedência o vídeo no qual o então governador José Roberto Arruda (DEM) aparece pondo as mãos num maço de dinheiro, supostamente caixa 2 da campanha abastecido via pagamento de propinas por fornecedores do governo do Distrito Federal. O vídeo é o principal da Operação Caixa de Pandora, que, dois anos antes, jogou o Distrito Federal na maior crise política desde sua fundação e entrou para a história apelidada de mensalão do DEM.
Demóstenes Torres foi acusado de várias irregularidades e deixou o partido (DEM)Demóstenes Torres foi acusado de várias irregularidades e deixou o partido (DEM)
Segundo o texto da Veja, Agnelo viu o vídeo, pegou uma cópia dele, que fez chegar ao então advogado-geral da União, José Dias Tofolli, também petista, e assim iniciou a articulação que terminou por derrubar José Roberto Arruda. Em grampos anteriores, o próprio Dadá afirma que o grupo precisa procurar o vice-governador para se acertar com ele. Ou seja, não há, nos autos da PF, indicativo de que o vice fosse atender às investidas. Independentemente disso, porém, o governador revelara-se um obstáculo intransponível. Precisava ser substituído.

 Em reportagem intitulada “O PT na Caixa de Pandora”, a Veja acusa Agnelo de ter visto vídeo de Arruda pegando dinheiro
Redação Jornal Coletivo



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GDF irá abrir 1.270 vagas em concurso para rede pública de saú

Criado em Domingo, 13 Maio 2012

Em seis meses, o governo espera concluir o processo seletivo, preencher as vagas e melhorar o atendimento na rede pública

A Secretaria de Saúde do DF vai contratar 1.270 profissionais. A previsão faz parte de um plano para melhorar o setor, reduzir as horas extras e acelerar o atendimento. A contratação foi acertada entre a pasta e a Casa Civil do DF. Estão previstos 505 servidores para atuar em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), 97 para o Programa Brasil Sorridente, 264 para o Saúde da Família, 354 para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 50 administradores para auxiliar em tarefas que não exijam técnicos de saúde. O preenchimento das vagas será por concurso público e todo o processo deverá ser concluído em seis meses.

Relatório fiscal da Secretaria de Fazenda do DF mostrou um aumento da receita corrente líquida do DF e uma redução com o gasto de pessoal no primeiro quadrimestre. Essa mudança possibilitou a previsão de contratação pontual e prioritária por uma opção do governador do DF, Agnelo Queiroz, em investir no setor. Segundo o secretário adjunto de Saúde do DF, Elias Miziara, melhorar a saúde é um compromisso do GDF. “Temos um superavit e a compensação de gastos com a redução das horas extras. Há uma fonte de equilíbrio, e as vagas não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou Miziara. Como a saúde é prioridade para o governo, os esforços são concentrados no setor.
Manoela Alcântara C/B

Publicação: 12/05/2012 08:00 Atualização:

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"O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo.

"O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho."
Agatha Christie

sábado, 12 de maio de 2012

Moradores da Ceilândia comemoram obras de melhorias na cidade

Criado em Sábado, 12 Maio 2012

Governador Agnelo Queiroz entrega ginásio de esportes, asfaltamento de um trecho da DF-180 e visita obras na Feira do Produtor

 O governador Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira dama, Ilza Queiroz, dedicou a manhã deste sábado (12) aos moradores de Ceilândia. Além de entregar o ginásio de esportes da QNN 16, reivindicação antiga dos ceilandenses, ele visitou as obras de melhorias da Feira do Produtor, segunda maior área de distribuição de alimentos do Distrito Federal, e prestigiou a comunidade Bela Vista com o asfaltamento de um trecho de três quilômetros na DF-180.

“Essas três obras que estamos visitando hoje são de extrema importância para os moradores dessa cidade. As melhorias na Feira do Produtor são essenciais como estímulo à produção e comercialização na área rural. O ginásio de esportes está sendo entregue com toda a infraestrutura necessária para que saiam daqui grandes esportistas e o asfalto na área rural também é uma grande conquista, porque além de facilitar o escoamento da produção, também melhora a qualidade de vida da população”, afirmou o governador Agnelo Queiroz.

 Logo no início da manhã, o governador foi recebido pelos feirantes com um sorriso de agradecimento pelas melhorias que a reforma já está proporcionando ao comércio e visitantes. O gesto foi confirmado pelo feirante Milton Paiva, 52 anos, que já está no local há oito anos. “Esse foi um grande avanço para nós que trabalhamos aqui e também para a sociedade como um todo, que poderá consumir um produto armazenado com mais qualidade”, afirmou.

 Essa etapa das obras, que será entregue em 70 dias, custou R$ 514 mil e vai cobrir uma área de 9.729m² com uma camada de concreto mais resistente. O presidente da associação dos feirantes, Vilson José Oliveira, disse que a próxima obra será a construção do beiral do galpão. Com aproximadamente 700 associados, a feira gera 1,7 mil empregos diretos e outros 3,5 mil indiretos. Ela funciona todos os dias, a partir das 4h30, e negocia, todos os meses, 18 mil toneladas de alimentos.

 O ginásio de esportes foi a segunda parada do governador, que logo que chegou deu o pontapé inicial da partida entre as equipes de futsal Contato, de Ceilândia Sul, e Chute Certo (P Sul), formadas por meninos de 10 e 11 anos. O administrador de empresas, Werley Genesis, 33 anos, estava entre a torcida e afirmou que “agora a cidade poderá exercer com dignidade o esporte”.
O ginásio agora conta com estacionamento asfaltado, redes de proteção, placas de publicidade e também passou por ajustes no sistema hidráulico. As arquibancadas têm capacidade para receber até duas mil pessoas e a previsão é que estejam bem movimentadas daqui para a frente, pois o local será núcleo do programa Atleta do Futuro, uma parceria entre o GDF e o Sesi. No programa cerca de 300 crianças poderão treinar várias modalidades, entre elas, futebol, vôlei, handebol e judô.

O governador se despediu da cidade com uma visita aos moradores do condomínio Bela Vista, que foram beneficiados com o trecho asfaltado na DF-180. No local, o administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, resumiu as ações do governo em todo o Distrito Federal em uma só palavra: “desenvolvimento”.  Ele afirmou que durante todos esses anos, essa foi a primeira vez que um governador visitou a região e que esse gesto demonstra as intenções do governo em ajudar a comunidade urbana e rural do DF.

 A líder comunitária Célia de Souza, afirmou que essa obra é de extrema importância para a comunidade, pois é uma reivindicação de mais de 20 anos. “Essa é uma área produtora, que precisava desse trecho asfaltado para poder dar fluxo às mercadorias. Com a entrega dessa obra, agora temos a certeza de que o governo se comprometerá anos atender em relação às outras necessidades da região”, disse.

 Também estiveram presentes no evento o secretário de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, Geraldo Magela; o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Lúcio Taveira Valadão; e os deputados distritais Chico Vigilante, Benedito Domingos e Luzia de Paula.
 
Kelly Crosara Agenia Brasilia

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Agenda do governador Agnelo Queiroz para este sábado (12/5)


Agenda do governador Agnelo Queiroz para este sábado (12/5)
  8h30: Visita à Feira do Produtor de Ceilândia.
Local: Ceilândia.
 10h:  Inauguração Ginásio de Esportes.
Local: QNN 16, Ceilândia.
 11h30: Inauguração Pav. Rodovia DF 180 – Área Rural, Ceilândia.

ANIVERSÁRIO — Sábado de festa no Taguaparque


ANIVERSÁRIO — Sábado de festa no Taguaparque

Criado em Sexta, 11 Maio 2012
Em comemoração aos 14 anos de criação do maior parque de Taguatinga e Vicente Pires, realiza mais um dia de festa no próximo sábado, 12 de maio. Agora a programação será totalmente musical — e bastante diversificada.A partir das 17 horas, estão programadas diversas apresentações locais e nacionais. São elas: Orquestra Sinfônica de Brasília, Celia Porto – Tributo a Legião Urbana, Fundo de Quintal, Roniel e Rafael, Chiquita Bacana, Seu Preto e Nilson Freire.

No último sábado, 5 de maio, durante todo o dia, as pessoas puderam participar de uma série de atividades de lazer, de esportes e de cultura foram realizadas: torneio futevôlei, capoeira, ginástica, escalada, pula-pula, teatro infantil entre outros.
Sobre a criação do Taguaparque — O Taguaparque foi criado em 1998, no dia 5 de maio, graças à lei nº 1.929 assinada pelo então deputado distrital Geraldo Magela e outros dois parlamentares do DF – José Edmar e Renato Rainha. Só em 2009, no entanto, ele foi aberto ao público, quando o parque teve a primeira fase inaugurada.

Ecologicamente correto e sustentável, ele está numa área de 89 hectares e é um dos maiores complexos de diversão, cultura, esporte e turismo do Distrito Federal. Tem quadras poliesportivas, churrasqueiras, pista de motocross, circuitos de malhação, ginásio coberto, playgrounds e amplos estacionamentos.

Serviço
Data: 12 de maio de 2012 (sábado)
Horário: a partir das 17h com a Orquestra Sinfônica de Brasília
Local: Taguaparque
Shows: Celia Porto – Tributo a Legião Urbana, Fundo de Quintal, Roniel e Rafael, Chiquita Bacana, Seu Preto e Nilson Freire.
Entrada gratuita

Júri condena três pela morte de Daniel


10/05/2012 | 23:13


Dez anos após o crime, três réus foram condenados pela morte do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), na noite desta quinta, no Fórum de Itapecerica da Serra, em São Paulo. O crime ocorreu em janeiro de 2002. Ivan Rodrigues da Silva (Monstro) foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado, José Edison da Silva  a 20 anos e Rodolfo Rodrigo dos Santos (Bozinho) a 18 anos de pena. Celso Daniel, que era coordenador da campanha presidencial de Lula, foi morto com oito tiros, numa estrada secundária no município de Juquitiba (SP) após dois dias de sequestro. É a segunda decisão referente ao caso. Em 2010, Marcos Bispo dos Santos foi condenado a 18 anos de prisão. Principal acusado do crime, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ainda não foi julgado porque sua defesa conseguiu uma série de recursos judiciais. Ele responde em liberdade e questiona no STF (Supremo Tribunal Federal) o poder de investigação do Ministério Público em casos criminais.

Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade



Crédito :
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (10) os nomes das sete pessoas que vão integrar a Comissão da Verdade.
Os nomes devem ser publicados na edição de amanhã do "Diário Oficial da União" e a cerimônia de posse dos novos integrantes será no próximo dia 16.
Os ex-presidentes José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já confirmaram presença na cerimônia.
Farão parte do grupo:
José Carlos Dias
Gilson Dipp (ministro do STJ e do TSE)
Rosa Maria Cardoso da Cunha (amiga e ex-advogada de Dilma)
Cláudio Fonteles
Maria Rita Kehl
José Paulo Cavalcanti Filho
Paulo Sérgio Pinheiro (atual presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria)
Antes do anúncio oficial, Dilma esteve reunida no Palácio do Planalto com os integrantes da comissão e os ministros ligados ao tema.
Ainda hoje, os sete membros indicados serão recepcionados pela presidente em um jantar no Palácio da Alvorada.
A indicação dos integrantes ocorre quase seis meses após a lei que cria a Comissão da Verdade ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
A Comissão da Verdade vai investigar e narrar violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988 (que abrange o período do Estado Novo, ditadura do governo de Getúlio Vargas, até a publicação da Constituição Federal).
O grupo apontará, sem poder de punir, responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura e vai funcionar por dois anos. Ao final deste prazo, a Comissão deverá elaborar um relatório em que detalhará as circunstâncias das violações investigadas.
MILITARES
Em fevereiro, grupos de militares da reserva reagiram contra a Comissão da Verdade. Em nota, clubes das três Forças Armadas, que representam militares fora da ativa, criticaram a presidente Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado "desacordo" em relação a declarações de ministras e do PT sobre a ditadura militar (1964-1985).
A reclamação tratava, entre outros temas, sobre uma declaração da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), segunda a qual a Comissão da Verdade pode levar à responsabilizações criminais de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia. O texto dos militares, que havia sido publicado na internet, acabou sendo retirado do ar após pressão do governo.
Dias depois, também em nota, 98 militares da reserva reafirmaram os ataques feitos por clubes militares à presidente Dilma e disseram não reconhecer autoridade no ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibí-los de expressar opiniões. A nota, intitulada "Eles que Venham. Por Aqui Não Passarão", também atacava a Comissão da Verdade: "[A comissão é um] ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo", dizia o texto, endossado por, entre outros, 13 generais.

Escrito por Simone de Moraes 

Da Folha de São Paulo

Grampos citam 82 nomes, de Dilma a jornalistas



Grampos citam 82 nomes, de Dilma a jornalistasFoto: Montagem/247

EM DEPOIMENTO EM SESSÃO SECRETA DA CPI DO CACHOEIRA, DELEGADO MATHEUS MELA RODRIGUES CITA 82 NOMES QUE APARECEM NAS CONVERSAS GRAMPEADAS PELA OPERAÇÃO MONTE CARLO; DO SENADOR AÉCIO NEVES AO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO, LISTA PASSA PELA PRESIDÊNCIA E O SUPREMO

11 de May de 2012 às 00:29
247 – Todos os personagens citados em grampos da Operação Monte Carlo foram elencados, um a um, pelo delegado Matheus Mela Rodrigues, responsável pelo inquérito da PF, em sessão secreta da CPI do Cachoeira, na tarde desta quinta-feira 9. A lista inclui a presidente Dilma Rousseff e os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Luiz Fux. Ela mostra a amplitude de interesses do grupo comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e cujo principal braço político era o senador Demóstenes Torres.
Abaixo, reportagem do portal UOL sobre o assunto:
ANDREZA MATAIS e RUBENS VALENTE
Em depoimento sigiloso à CPI do Cachoeira, o delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, citou uma lista com 82 nomes que tiveram relações ou foram apenas citados em conversas de Carlos Augusto Ramos, O Carlinhos Cachoeira.
A lista inclui os nomes de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de governadores, senadores, deputados federais, prefeitos e até mesmo da presidente Dilma Rousseff.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), fez um apelo aos parlamentares para que não comentassem com a imprensa os nomes da lista, uma vez que o fato de estarem citados em conversas do grupo não significa que tenham envolvimento com o esquema de Cachoeira. Os nomes podem ter sido usados pelo grupo do contraventor sem conhecimento dos citados.
Na lista faltam nomes de pessoas que já foram citadas em gravações que vazaram, como do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por exemplo, citado em áudios da operação Monte Carlo.
O delegado cuidou da Operação Monte Carlo, deflagrada em novembro de 2010 e que resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira e membros de seu grupo em fevereiro deste ano. Os 82 nomes citados se referem a esta operação, e não à Vegas, ação policial semelhante encerrada em 2009.
A Folha teve acesso a lista dos nomes citados pelo delegado. Constam três ministros do STF, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli; dos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR) e Agnelo Queiroz (PT-DF). O nome do presidente do Senado, José Sarney também está na lista.
A CPI mista no Congresso investiga as relações do grupo de Cachoeira com agentes públicos e privados.
Veja lista que a Folha conseguiu identificar de deputados federais, senadores, ministros e governadores citados na lista por odem alfabética:
Senador Aecio Neves (PSDB-MG)
Deputado distrital do DF Agaciel Maia (PTC-DF)
Governador Agnelo Queiroz (PT-DF)
Presidente DEM-DF Alberto Fraga
Secretário de Indústria e Comércio de Goiás Alexandre Baldy
Governador de Minas Gerais Antonio Anastasia
Suplente de senador Ataides de Oliveira
Procurador-geral da Justica de Goiás Benedito Torres
Governador do Paraná Beto Richa (PSDB)
Senador Blairo Maggi (PR-MT)
Senador Demostenes Torres (sem partito-DF)
Diretor da Delta Carlos Pacheco
Diretor Regional da Delta no Centro-Oeste Claudio Abreu
Jornalista Claudio Humberto
Ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz Claudio Monteiro
Ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli
Presidente Dilma Rousseff
Ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso
Ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB)
Ex-chefe de gabinete do governo de Goiás Eliane Pinheiro
Vereador de Goiânia Elias Vaz (PSOL)
Secretário Estadual de Comunicação de Santa Catarina Ênio Branco
Dono da construtora Delta Fernando Cavendish
Vereador de Anápolis Fernando Cunha
Presidente da Caesb Fernando Leite
Prefeito de Águas Lindas (GO) Geraldo Messias (PP)
Prefeito de Nerópolis (GO) Gil Tavares (PTB)
Deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR)
Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
Diretor da Delta na região Sul e em São Paulo Heraldo Puccini
Policial Militar, assessor do senador Demóstenes, Hrillner Ananias
Presidente da Agetop Jayme Rincon
Ex-sub-secretário de Esportes do DF João Carlos Feitosa, o Zunga
Secretário de Segurança de Goiás João Furtado
Jornalista João Unes
Diretor do Serviço de Limpeza Urbana do DF João Monteiro Neto
Jornalista Jorge Cajuru
Prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela (PMDB)
Deputado federal Sandes Junior (PP-GO)
Senador Jose Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado
Vice-governador de Goiás José Eliton (DEM)
Desembargador do TRT de Goiás Julio Cesar Brito
Deputado federal Jovair Arantes (PP-GO)
Deputado federal Leonardo Vilela (PMDB-GO)
Presidente do PRTB Levy Fidelis
Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux
Governador Marconi Perillo (PSDB-GO)
Deputado federal Marcos Monti (DEM-MG)
Jornalista Mino Pedrosa
Diretor da Anvisa Norberto Rech
Jornalista Policarpo Jr, da revista Veja
Deputado federal Protogenes Queiroz (PC do B-SP)
Deputado distrital do DF Raad Massouh (PPL)
Secretário de Segurança do Paraná Reinaldo Sobrinho
Deputado federal Stephan Necessian (PPS-RJ)
Jornalista Renato Alves
Ex-procurador-geral do Estado de Goiás Ronald Bicca
Vereador em Goiânia Santana Gomes
Vice-governador do DF Tadeu Fillipeli (PMDB-DF)
Vereador em Anápolis Wesley Silva
Secretário de infra-estrutura de Goiás Wilder Morais
Ex-comandante da PM de Goiás Carlos Antonio Elias
Ex-governador de Tocantis Marcelo Miranda (PMDB)
Prefeito de Anápolis Antonio Gomide (PT)
Ex-vereador de Goiania e apontado como braço político do grupo de Cachoeira, Wladimir Garcêz