quarta-feira, 30 de novembro de 2011

-- Minha Casa fecha 330 mil contratos
O balanço, referente a construções negociadas neste ano, será entregue nesta quarta-feira à presidente Dilma. A meta é construir 2 milhões de moradias até 2014

Publicação: 30/11/2011 10:08 Atualização: 30/11/2011 10:19
A presidente Dilma se reúne nesta quarta-feira com os ministros para discutir melhorias na execução do programa (Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma se reúne nesta quarta-feira com os ministros para discutir melhorias na execução do programa
Bandeira eleitoral da campanha de Dilma Rousseff, o programa Minha Casa, Minha Vida assinou contratos para a construção de 330 mil moradias em 2011, segundo balanço do programa que deve ser anunciado nesta quarta-feira (30/11) pela Caixa Econômica Federal (CEF) a que o Correio teve acesso. Nesta quarta, já com o levantamento em mãos, Dilma e os ministros envolvidos na principal iniciativa do governo petista na área habitacional se reúnem no Palácio do Planalto para discutir formas de acelerar a execução do programa, que promete entregar 2 milhões de casas até 2014. O dobro do anunciado quando o programa foi lançado, em 2009.
Até o ano passado, segundo a CEF, foram assinados contratos para a construção de 1,3 milhão de moradias em todo o país. A Bahia é o estado recordista de participação no programa.
De acordo com o diretor de Habitação da CEF, Teotônio Costa Rezende, na faixa de renda entre três e 10 salários mínimos, o governo investiu R$ 14,5 bilhões, montante proveniente de recursos do Tesouro e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Já na faixa de renda de até três salários mínimos, foram investidos R$ 5,88 bilhões, com a mesma origem.
A CEF explicou que o uso do FGTS tem permitido dar mais celeridade ao programa. “Nós contratamos e vamos liberando os recursos à medida que as casas vão sendo construídas, em um prazo de cerca de 20 meses. O Tesouro vai recompondo ao FGTS valores que foram adiantados ao programa”, explica o superintendente Nacional de Habitação Social da CEF, André Marinho. Até a semana passada, o Tesouro havia repassado para o FGTS apenas R$ 8,596 milhões.
Restos a pagar
Outra expressiva fatia (R$ 5,596 bilhões) do total pago este ano refere-se a restos a pagar de exercícios anteriores, ou seja, pagamentos de moradias cuja construção havia começado nos dois primeiros anos do programa. A expectativa do governo é investir, até 2014, R$ 72,5 bilhões, o equivalente a 2 milhões de novas casas.
A avaliação do programa, que será entregue hoje à presidente Dilma Rousseff, é feita em separado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos números oficiais foram divulgados na semana passada. A CEF não explicou o que pode estar tornando mais lenta a execução orçamentária do PAC. Em seu lançamento, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia alertado sobre o risco de a burocracia atrasar o andamento das obras. Além de dificuldades operacionais, a necessidade de combater a inflação, diminuindo os incentivos à economia, pode ter influenciado na lentidão da execução orçamentária.
Criado em meio à necessidade de se estimular a economia brasileira durante a crise financeira de 2009, o Minha Casa, Minha Vida pretende diminuir o deficit habitacional entre a população mais pobre, facilitando o acesso à casa própria para famílias que ganham até 10 salários mínimos. Os benefícios aumentam à medida que a renda familiar diminui.

Brasília não sediará jogos por apenas quatro votos

Mesmo não sediando o Universíade, cidade vai manter um amplo calendário esportivo. Até 2016, a cidade receberá eventos importantes

Tamanho da Fonte      Redação Jornal Coletivo
Os esforços do governador Agnelo Queiroz e o apoio da presidenta Dilma Rousseff não foram suficientes para que a capital federal desbancasse a experiência asiática em realizar os jogos universitários, o Universíade. Com a diferença de quatro votos, a Federação Internacional de Esporte Universitário (Fisu) escolheu, ontem, Taipei, em Taiwan como a sede dos jogos em 2017. Esta é a quinta vez que a cidade pleiteia realizá-lo. Desde o início da campanha, Agnelo sabia da dificuldade que enfrentaria pela frente. “É um desafio muito grande e temos um concorrente de peso, que é Taiwan”, disse o governador antes da decisão oficial. Mesmo não sendo a escolhida, a cidade tem muito o que comemorar. Até 2016, será precursora de um extenso calendário esportivo. Realizará a abertura da Copa das Confederações, sete jogos da Copa do Mundo, além de ter participação na Copa América e Olimpíadas.
O governador Agnelo Queiroz defendeu Brasília como local favorável à realização dos jogos e ressaltou o apoio do governo federal O governador Agnelo Queiroz defendeu Brasília como local favorável à realização dos jogos e ressaltou o apoio do governo federal

Os representantes brasileiros, embora não tenham alcançado o objetivo final, fizeram uma excelente campanha. Na tarde de ontem, um vídeo com monumentos da capital federal deu início a apresentação da cidade aos dirigentes da Fisu, que durou cerca de uma hora. Também foram destacadas as potencialidades do Brasil e de Brasília, principalmente, a paixão pelo esporte. Entretanto, a infraestrutura da capital foi o argumento de peso utilizado pela comitiva brasileira. Segundo ela, os preparos para receber os eventos esportivos serão herdados pelos jogos universitários. A defesa brasileira também fez questão de apresentar o crescimento econômico do país nos últimos anos. “Temos recursos para os jogos, orçamento aprovado, técnicos qualificados e um ambiente no país muito favorável à realização da Universíade 2017. E temos o apoio do governo federal”, ressaltou Agnelo.

Desde que desembarcou, em Bruxelas, na Bélgica, na segunda-feira (28), Agnelo iniciou uma intensa campanha. Os delegados visitaram os estandes das duas cidades concorrentes. No estande de Brasília, os representantes da Fisu ficaram empolgados com a apresentação de capoeira  e as belezas naturais e culturais. 

A equipe brasileira mostrou a importância que o evento traria para Brasília e o legado que deixaria na cidade. “Passamos o dia mostrando o engajamento da UnB e a importância deste processo. De como terá um impacto direto no ensino e na pesquisa realizada no Brasil, deixando um legado que possibilitará uma mudança de paradigmas no ensino e na pesquisa”, disse o decano de Administração da UnB, Eduardo Raupp.


Capital recebeu apoio de todos

O apoio para Brasília sediar os jogos universitários veio também do âmbito nacional. A presidenta, Dilma Rousseff enviou, na segunda-feira, uma carta ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz e sua comitiva de governo, à Bruxelas, na Bélgica, onde acompanharam o evento do anúncio oficial, manifestando entusiasmo com a candidatura de Brasília para realizar o Universíade.

Ela lembrou pontos positivos da capital federal. “Nossa capital, Brasília, é uma jovem cidade, que nasceu sob o signo da modernidade. Concebida pelos traços geniais de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, tornou-se patrimônio cultural da humanidade, representando um marco da arquitetura e urbanismo do século XX e guardando monumentos que encantam a todos, brasileiros e estrangeiros que nos visitam”, manifestou a presidenta.