terça-feira, 17 de abril de 2012

Ministra diz que CPI não terá interferência do Palácio do Planalto

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira (17) que a instalação de CPI no Congresso do caso Cachoeira não terá a interferência do Palácio do Planalto. Segundo ela, o processo investigativo é "deliberação do Legislativo" e cabe ao governo orientar seus aliados para a continuidade das votações na Câmara e Senado se a CPI for instalada.

"A minha tarefa central e meu foco é fazer com que as matérias importantes sejam negociadas e votadas", afirmou.
A ministra disse não ter informações sobre o recuo de governistas para a instalação da CPI. Segundo Ideli, o governo está "focado em fazer com que as votações continuem dentro da normalidade", sem que a comissão paralise o Legislativo.

Líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA) negou recuou para a instalação da CPI. O líder prometeu definir hoje os membros da bancada do PT no Senado que vão integrar a comissão --assim como terminar de recolher as assinaturas necessárias para a sua instalação.

"Da nossa parte, não tem recuo nenhum", disse.

Apesar de Pinheiro negar o adiamento, o temor de que as investigações sobre o caso Carlinhos Cachoeira possam respingar em membros do partido ou do Palácio do Planalto fez integrantes do PT começarem a trabalhar pelo adiamento da CPI no Congresso.

ESTRATÉGIA


Petistas dizem querer esperar o retorno do presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), para permitir que a comissão saia do papel. Sarney está internado em São Paulo após se submeter no fim de semana a cateterismo e angioplastia com a colocação de stent.

Na sua ausência, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) poderia convocar uma sessão do Congresso para instalar a CPI por ser a primeira vice-presidente do Legislativo. Mas a estratégia é convencê-la a não instalar. A ordem é ganhar tempo para decidir com calma a composição da comissão.

Com o adiamento, o partido também pode postergar a definição do relator da CPI. Entre os cotados estão Odair Cunha (MG), Carlos Zaratini (SP), Paulo Teixeira (SP) e Henrique Fontana (RS). A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), responsável pela interlocução do governo com o Congresso, participa ativamente da escolha, inclusive vetando nomes.Informações da Folha.

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