segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sem dar ponto à CPI, Dilma toca agenda positiva

 Foto: Joel Silva/Folhapress
Debaixo de capacete operário, presidente vai a Sergipe acompanhar acordo entre Petrobras e Vale para produção de fertilizantes; cada vez mais ela será vista em ação; mensagem do Planalto é clara: enquanto os políticos chafurdam nas investigações sobre Carlinhos Cachoeira, o governo governa

 

23 de Abril de 2012 às 17:51
A CPI do Cachoeira pode custar caro ao governo, mas ter uma presidente aparecendo com capacete de canteiro de obras em rede nacional não tem preço.

Na busca de tocar a sua agenda positiva, e, assim, atenuar pelo estímulo ao crescimento econômico o potencial explosivo da CPI, a presidente Dilma Rousseff esteve nesta segunda-feira 23 em Sergipe.

 Ali, acompanhou a assinatura de um contrato entre a Petrobras e a Vale para arrendamento de reservas de potássio no Estado. A estatal repassou suas possessões à companhia privada, que terá a missão de, com a matéria-prima, produzir fertilizantes.

Cada vez mais, Dilma pretende percorrer o País consolidando a imagem de tocadora de obras e animadora da economia. Ao seu lado, tem como trunfo a popularidade em alta.

Os estrategistas do Palácio do Planalto acreditam que será possível, dando maior visibilidade à Dilma por meio dessas andanças, dissociar a imagem da presidente e de seu governo dos possíveis efeitos nocivos da CPI na apuração de contratos da Delta Engenharia no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A conferir.
Abaixo, notícia da Agência Brasil sobre a ida da presidente Dilma a Sergipe:

  A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (23) que é estratégico para o Brasil aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira. A declaração foi feita em Rosário do Catete (SE), na cerimônia de assinatura de contrato entre a Petrobras e a Vale para arrendamento de reservas de potássio em Sergipe.

“Fertilizante é algo crucial para nossa segurança alimentar, para a capacidade de abastecer nossa população, [para] assegurar que nossa agricultura continue competitiva e [para] baratear o custo da nossa produção. Um país que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio não pode depender, como dependemos, de 90% da oferta de potássio de países do exterior”, disse a presidenta.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, informou que Rosário do Catete será a maior planta de extração de potássio no Brasil e terá papel importante para a redução da dependência do Brasil na importação de fertilizantes. “O Brasil, atualmente, importa 70% dos fertilizantes que utiliza e atinge 90% na importação de potássio. A oferta de fertilizantes vem aumentando, mas a demanda também cresce, pois o Brasil é hoje o quarto maior mercado consumidor de adubos no mundo”.

O contrato entre a mineradora Vale e a Petrobras, que detém os direitos de exploração da jazida, para uso da mina da carnalita faz parte do plano de expansão da Vale na área de fertilizantes. O acerto entre as empresas permite a exploração, por 30 anos, das reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio.

Agência Brasil –

0 comentários:

Postar um comentário