sábado, 24 de março de 2012

PT vê 'fundamentalismo' como maior inimigo em SP

PT vê 'fundamentalismo' como maior inimigo em SP Foto: Montagem/247

Presidente do partido, Rui Falcão disse, em discurso para militantes, neste sábado, que a legenda não pretende abrir mão do combate ao preconceito, à discriminação e à homofobia na corrida pela Prefeitura paulistana; nesta semana já teve protesto anti-aborto mirando os petistas

24 de Março de 2012 às 17:42
247 – O ex-ministro da Educação Fernando Haddad tem apenas 3% das intenções de voto na capital paulista, mas disse, neste sábado, que só a “intolerância” pode derrotá-lo na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A declaração do pré-candidato do PT merece um desconto por ter sido dita durante discurso a militantes do partido, mas Haddad parece de fato acreditar que sua plataforma de mudança – depois de ser quase situação – é o melhor discurso entre os concorrentes na capital paulista. “Só há uma forma de nos derrotar. É fazer brotar alguma coisa que não é da nossa essência no plano do comportamento. Por isso a discussão sobre gênero, orientação sexual”, disse.
Também presente à reunião petista, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, reforçou o coro contra o “fundamentalismo” e lembrou a campanha à presidência da República em 2010. “Não adiantam as campanhas fundamentalistas como as que foram feitas contra a companheira Dilma. Não vamos abrir mão do combate ao preconceito, à discriminação e à homofobia”, disse.
Na última quarta-feira, um grupo de católicos mobilizado pela Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), responsável pelo Estado de São Paulo, distribuiu panfletos anti-aborto com críticas diretas ao PT. O movimento foi liderado pelo bispo emérito de Guarulhos, dom Luiz Bergonzini, que concentrou suas críticas na presidente Dilma Rousseff, mas Haddad, que já foi alvo de grupos religiosos por causa do kit anti-homofobia coordenado pelo Ministério da Educação, tem razão em manifestar receio. O kit, que vazou antes de ser aprovado e não chegou a ser distribuído a crianças e adolescentes, foi duramente criticado e dificilmente não ressurgirá na campanha deste ano.
Confiança
Durante seu discurso, Rui falcão menosprezou os 3% de intenções de voto de Haddad e pediu unidade interna no partido. “Não vamos nos preocupar com essa questão da pesquisa. O Fernando vai crescer, tem ritmo e condições para crescer, e nós vamos ganhar a eleição”, disse. Falcão deu uma bronca, contudo, nos colegas que vazaram informações sobre disputas internas pelo comando da pré-campanha de Haddad. “É preciso que a unidade permaneça na campanha. As disputas por espaço são legítimas, mas elas têm que se dar nas instâncias do partido, não nos veículos de comunicação da grande imprensa”, disse.
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