domingo, 18 de março de 2012

Índice de doadores de órgãos no DF supera a média nacional




A quantidade de doadores de órgãos por milhão de habitantes no Distrito Federal é superior ao índice nacional, segundo dados do Ministério da Saúde. O índice no DF é de 14,18 doadores por milhão de habitantes, enquanto a média do país é de 11,4 doadores. O número da capital  se aproxima da meta fixada para o Brasil em 2015, de 15 doadores por milhão.

 Poucos estados superam o índice brasileiro. Santa Catarina tem a melhor taxa (25,12), seguida de Ceará (20,75), São Paulo (20,32) e Rio Grande do Norte (15,62). A maior parte das unidades da federação, no entanto, está abaixo muito abaixo de 11,4. O índice é de apenas 2,79 quando somados Maranhão, Alagoas, Sergipe, Piauí, Paraíba, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os estados da região Norte, com exceção do Acre e os da Centro-Oeste, excluindo DF.

Mesmo em um cenário melhor que na maior parte do Brasil, as equipes do DF esbarram em dificuldades. A coordenadora da Central de Captação de Órgãos da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão disse que mensalmente são notificadas entre 15 e 20 mortes encefálicas.

Após avaliar a existência de doenças prévias e exames detalhados dos órgãos, o número de potenciais doadores cai para três ou quatro.

“E como o processo é um pouco longo e bastante complexo, você pode perder uma doação em qualquer etapa. O paciente pode ter parada cardíaca ou a família não ser localizada. Infelizmente é comum. Desses três ou quatro, perdemos mais ou menos 30%. É frustrante quando isso acontece, porque a equipe se envolve muito, corre contra o tempo e chega ao final e não tem a cirurgia”, afirma.

 Para diminuir os riscos de perdas de doação, a central faz parcerias. Além de contar com a Força Aérea para buscar órgãos em outros estados – quatro transplantes foram realizados com corações vindos de fora em 2012 –, a entidade está desenvolvendo um projeto piloto com a Polícia Rodoviária Federal.

“Queremos ampliar nossas opções. Esse ano perdemos uma doação do Rio de Janeiro porque a Força Aérea não podia nos ajudar”, lembra.

 O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, afirmou que acordos como esses têm sido essenciais para o aumento no número de transplantes. “A pior das situações é você ter um receptor esperando, ter a doação e não conseguir chegar em um tempo hábil [...]. Com essa articulação, estamos conseguindo ampliar as doações, interferindo muito na fila das regiões Centro-Oeste e Norte”, afirmou.Informações do G1.

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