quarta-feira, 9 de maio de 2012

Vaccarezza: ‘Se o procurador tivesse cumprido sua obrigação Demóstenes não seria senador



Um dos representantes do PT na CPI do Cachoeira, o deputado Cândido Vaccarezza (SP) elevou o timbre das críticas ao procurador-geral da República Roberto Gurgel. Considera “ inexplicável” o fato de o chefe do Ministério Público ter “engavetado” por três anos o inquérito da Operação Vegas.

“Se o procurador tivesse cumprido sua obrigação, o Demóstenes Torres [ex-DEM] não seria senador e, provavelmente, o Marconi Perillo [PSDB] não seria governador de Goiás”, disse Vaccarezza ao blog. “Não creio que a motivação tenha sido política. O procurador não parece ter vínculos políticos. Mas não há dúvida de que ele deve explicações.” ...

Os comentários de Vaccarezza, ex-líder de Dilma Rousseff na Câmara, chegam um dia depois do depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza à CPI. Responsável pela Operação Vegas, ele confirmou aos congressistas que o inquérito foi enviado à Procuradoria-Geral da República em 15 de setembro de 2009.

Para o delegado, havia no processo claros indícios da ligação de Carlinhos Cachoeira com políticos, sobretudo com Demóstenes. A despeito disso, Gurgel absteve-se de apresentar denúncia ao STF. “Pela lógica”, afirma Vaccarezza, “o procurador deveria ter agido no início de 2010, depois de analisar os autos.”

Afora as implicações legais e funcionais, Vaccarezza insinua que a “inação” de Gurgel sonegou ao eleitorado de Goiás informações essenciais para a definição do voto. O que fazer? Segundo Vaccarezza, a representação do PT na CPI ainda não deliberou sobre o encaminhamento que dará ao tema.

Por Josias de Souza

Fonte: Blog do Josias - 09/05/2012

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