quarta-feira, 28 de março de 2012

Como está não pode ficar



O governador Agnelo Queiroz já deve ter conhecimento dos números da última pesquisa realizada pelo instituto O&P Brasil. E não deve estar nada satisfeito: apenas 16,3 dos brasilienses aprovam seu governo depois de um ano e três meses de gestão. O governo de Agnelo é desaprovado por 65,3% (quase dois terços do eleitorado) e 18,3% nem o aprovam nem o desaprovam.

  A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 25 de março e mostra outros números que preocupariam qualquer administrador. Os que acham que o governo está sendo “ótimo” e “bom” são, respectivamente, 1,1% e 8,1% do eleitorado, somando 9,2%, o menor índice obtido em quatro pesquisas realizadas pelo mesmo instituto. Em maio de 2011, o “ótimo” e o “bom” somavam 19%, mas nos meses seguintes só houve queda. Já “ruim” (15,9%) e “péssimo” (43,5%) somam 59,4%.

  O governo é mal avaliado principalmente pelas mulheres (59,7%), pelos de menor escolaridade (66,3%) e de menor renda (63,6%). A avaliação é negativa nas principais áreas específicas: habitação (12,4% x 59,2%), segurança (10,9% x 62,5%), educação (6,9% x 65,1%), transporte (6% x 74,2%) e saúde (6,1% x 74,3%).

 Mas, simbolicamente, o que mostra melhor como vai mal o governo é que Joaquim Roriz é apontado como o melhor governador que o Distrito Federal já teve por 47,5% dos eleitores, seguido de José Roberto Arruda, com 31,1% e Agnelo com 13,3%. Para complicar, os 19,8% dos entrevistados que se declararam simpatizantes do PT mantêm a mesma ordem do conjunto dos eleitores, considerando Roriz o melhor governador (37,4%), seguido de Arruda (32,7%) e de Agnelo (24,5%).

  Na segunda-feira anterior à realização da pesquisa Agnelo deu posse ao novo chefe da Casa Civil, Swedenberg Barbosa, e poucos dias depois anunciou um novo secretário do Planejamento, Luiz Paulo Barreto. Nesses dois, petistas que vieram do governo federal para o gDF – e em outras mudanças que certamente terão de ser feitas -- estão hoje as esperanças de que haja uma virada radical de rumos da administração local, com uma gestão mais competente. Porque se esses números permanecerem até o final do ano, o desastre para o PT em 2014 será inevitável.

A propósito, a presidente Dilma Rousseff vai bem no DF: 47,4% de aprovação, 31% de desaprovação. Levando-se em consideração que os servidores públicos estão sem aumento salarial, esses números são bons.   

            Fonte: Hélio Doyle

 Publicado 28/03/2012 21:09

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