segunda-feira, 12 de março de 2012

Buriti bate de frente com Sinpro - e corta o ponto dos professores

Publicado em 12 de Março de 2012 por Redação
Mais de 500 mil alunos estão sem aulas
Mais de 500 mil alunos estão sem aulas

Buriti bate de frente com Sinpro - e corta o ponto dos professores


O governador Agnelo Queiroz está disposto a partir para o confronto com o Sindicato dos Professores do Distrito Federal. Nesta segunda-feira 12, após relatório indicando que a adesão à greve da categoria é praticamente de 100%, ele mandou cortar o ponto dos faltosos.
A decisão foi tomada antes mesmo de a Justiça do Trabalho se manifestar sobre o assunto.
O não pagamento dos dias parados foi comunicado pelo porta-voz do Palácio do Buriti, Ugo Braga.
- O governo não pode pagar professor que não vai ao trabalho. Hoje já foi cortado", disse.
Braga antecipou que o governo não pretende recorrer à Justiça para barrar o movimento grevista. Segundo ele, a ordem do governador Agnelo Queiroz é insistir no diálogo com a categoria e forçar os professores a uma "reflexão".
Mais de 540 mil alunos da rede pública de ensino do DF estão sem aula. De acordo com o Sinpro-DF, a categoria resolveu parar após o governo não cumprir acordo estabelecidos em 2011.
- O que nos levou à greve é um acordo de abril do ano passado que não foi cumprido, principalmente em dois itens: plano de saúde e reestruturação do plano de carreira. Isso passa pela recuperação salarial. Queremos a isonomia com demais categorias do serviço público no DF de nível superior. A negociação é que vai definir os índices de reajuste, informou o Sinpro.
Segundo o sindicato, as 649 escolas públicas do DF vão permanecer fechadas até, pelo menos, 20 de março, quando será realizada uma nova assembleia.
A Secretaria de Educação afirma que o governo está impossibilitado de atender todas as reivindicações dos professores em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os gastos com pessoal estariam quase no limite do que permite a lei, segundo o GDF.
Na semana passada, quando os professores decidiram em assembleia decretar greve, o governador disse que o governo não tem como dar aumento para nenhuma categoria do governo este ano, devido à LRF. Agnelo destacou que o segmentou foi o que recebeu maior reajuste na atual gestão.
"Como explicar para a população que vai suspender um serviço essencial uma categoria que recebeu 14% de reajuste, o dobro da inflação, e com piso três vezes maior que o nacional?", disse Agnelo.
O secretário de Educação, Denílson da Costa, enfatizou que mais de 90% dos pedidos de negociação, que começaram ano passado, já foram atendidas.

0 comentários:

Postar um comentário