Fotos Roberto Barroso |
Brasília, 7 de maio de 2012 - O Estádio Nacional de Brasília
Mané Garrincha iniciou mais uma etapa das obras da Ecoarena: a instalação de
peças de concreto pré-moldadas que irão formar a arquibancada superior. O setor
terá capacidade para 39.050 pessoas: é mais da metade do total (cerca de 70 mil
lugares).
O processo de fabricação em série dos pré-moldados está sendo realizado
em uma central no canteiro de obras, desde dezembro de 2011. A solução agiliza
a execução da obra e não gera custos adicionais. Além disso, garante melhor
acabamento das peças e, consequentemente, aumenta a vida útil do concreto.
“O pré-moldado é mais rápido porque a peça é executada em uma central de
produção e é, apenas, montada no local definitivo. O risco de acidentes
para os trabalhadores da obra também é menor, já que eles não precisam se expor
em construções no alto”, explicou o coordenador do Comitê Organizador Brasília
2014, Sérgio Graça.
Cerca de 20 trabalhadores estão envolvidos na instalação, realizada por
meio de um guindaste que suporta até 650 toneladas. A estimativa é a de que
sejam colocadas de oito a 10 peças por dia.
A fabricação dos pré-moldados é feita em uma central dentro do canteiro
de obras do Estádio Nacional. Desde dezembro de 2011, foram produzidas 1.083
das 1.604 peças que irão formar a arquibancada superior. Cerca de 100 operários
trabalham na produção das peças.
Andamento das obras – Atualmente, a obra do Estádio Nacional
de Brasília Mané Garrincha é uma das mais adiantadas do Brasil, com 56% de sua
execução concluída. A arquibancada inferior está finalizada, a intermediária
está 90% concluída e a superior, que é pré-moldada, está com 73% de seu
material pré-fabricado na obra e já em processo de instalação (desde o dia 27
de abril).
Em abril, foram iniciadas as instalações prediais (tubulações de água,
de esgoto, parte elétrica, de telefonia e de combate a incêndio) e especiais
(específicas para um estádio, como telecomunicações e controle de acesso), além
dos acabamentos (alvenarias, execução de piso, entre outros).
O estádio será uma arena multiuso adequada para receber eventos e shows de
grande porte, e não apenas partidas de futebol. Antes mesmo da Copa do
Mundo de 2014, o estádio passará por licitação internacional para que uma
empresa especializada em entretenimento o administre e potencialize o
desenvolvimento econômico da capital federal, gerando emprego e renda. Além de pagar
o aluguel da arena, a empresa vencedora ficará responsável por inserir Brasília
em um calendário de eventos e shows nacionais e internacionais, mantendo a
economia da cidade aquecida.
Obras de infraestrutura e investimentos na qualificação profissional e
no desenvolvimento do turismo, com geração de emprego e renda, serão os
principais legados que os grandes eventos esportivos deixarão à capital
federal.
Ecoarena – O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha também
caminha para ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de
sustentabilidade. O selo Leed Platinum é reconhecido
internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável.
Atualmente, nenhum estádio de futebol no mundo possui esse selo.
O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto do novo
estádio. Na construção são usados materiais recicláveis ou reciclados. Tudo o
que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou doado a
cooperativas de reciclagem do DF. Com a derrubada da última arquibancada, por
exemplo, o entulho foi transformado em brita para ser reutilizado na
concretagem do piso da arena.
Depois de pronto, o estádio terá captação de energia solar e de água da
chuva. A arena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde
ao abastecimento de mil residências por dia.
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