Apresentação de Brasília como sede da Universíade acontece hoje
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Apresentação de Brasília como sede da Universíade acontece hoje
Lilian Tahan
Publicação: 28/11/2011 06:31
Atualização: 28/11/2011 06:33
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Orla do Lago Paranoá: clubes da cidade se
colocaram à disposição para ceder seus espaços durante o evento.
Técnicos da Fisu aprovaram a ideia |
Bruxelas (Bélgica)
— O auge da campanha de Brasília para sediar a Universíade em 2017
ocorrerá entre hoje e amanhã, período decisivo para consolidar a
convicção de juízes do Comitê Organizador do evento de que a capital
brasileira é a melhor opção de anfitriã dos jogos universitários. Embora
as candidaturas estejam em curso desde maio, a performance da comitiva
que representa o DF em Bruxelas será determinante para confirmar a
realização do campeonato mundial no Brasil. Um dos testes será a defesa
de Brasília para os representantes da Federação Internacional do Esporte
Universitário (Fisu), protocolo que ocorrerá horas antes do anúncio da
cidade vitoriosa.
Durante 55 minutos, os olhares de 26
estrangeiros que fazem parte do Comitê Executivo da Fisu estarão
voltados para Brasília. Será o momento em que o grupo brasileiro
—integrado por membros do Ministério do Esporte, do GDF e de duas
universidades da capital federal — apresentará um resumo da candidatura
da cidade para receber a Universíade, uma espécie de jogos olímpicos
disputado por atletas universitários. O governador Agnelo Queiroz (PT)
falará em nome de Brasília. Ele fará um pronunciamento amanhã para
tentar convencer os delegados da Fisu de que capital brasileira reúne
infraestrutura adequada para receber os competidores.
Brasília
compete com Taipé, em Taiwan (China), que se preparou fortemente para
desbancar Brasília na disputa. Esta é a quarta tentativa da cidade
chinesa de receber a Universíade. Conta a favor dela, portanto, a
experiência de candidatura, um enorme poderio econômico e a tradição da
Ásia em sediar esse tipo de evento — eles já prepararam 10 edições).
“Não será uma disputa fácil, eles vieram a Bruxelas decididos a virar o
jogo contra o favoritismo do Brasil”, reconheceu o governador, que, ao
dar entrada no hotel em Bruxelas, ontem, se viu cercado por uma comitiva
chinesa quatro vezes maior que a brasileira. Entre organizadores do
evento, há uma expectativa, inclusive, de que o comitê esteja totalmente
dividido, com a chance de o resultado de amanhã dar empate, o que seria
solucionado com o voto do presidente da Fisu.
Embora a metrópole
chinesa seja uma forte candidata, a comitiva brasileira que está na
Europa confia que há chances de o DF ser o anfitrião do campeonato em
2017. O otimismo vem de um trabalho minucioso realizado em várias etapas
ao longo de sete meses e de uma expectativa de que Brasília seja
escolhida como parte de uma intenção manifestada por representantes da
Federação de realizar o evento em solo latino-americano, o que só
ocorreu uma vez em toda a história da Universíade (Leia Para saber
mais).
Portanto, hoje será um dia de ensaios e reuniões para a
apresentação de amanhã, que vai misturar o discurso do governador com um
vídeo que conta a história de Brasília e mostra as potencialidades da
capital brasileira. Uma das surpresas da filmagem é o depoimento de
Pelé, que sai em defesa da cidade. Também na gravação falam a ginasta
Daiane dos Santos, o ex-judoca Aurélio Miguel, o velejador Lars Grael e o
nadador paraolímpico Clodoaldo Silva.
Um dos argumentos mais
fortes da campanha de Brasília — o preparo para a Copa do Mundo e das
Confederações — também será trabalhado durante a sustentação oral da
candidatura. As imagens da construção, já em fase adiantada, do Estádio
Nacional — com capacidade para reunir 71 mil atletas — é um dos trunfos
da comitiva de Brasília. Segundo confiam as autoridades que representam a
capital, é uma forma de demonstrar que o DF tomará as medidas
necessárias com objetivo de adequar a estrutura para receber os jogos
universitários, a exemplo do que tem feito para os mundiais de futebol.
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Os secretários Célio René e Nilton Lins, Agnelo e o embaixador André Amado: grande expectativa |
CompromissoMais
do que mostrar as obras em curso para a Copa, a comitiva terá de ser
convincente sobre o compromisso de fazer adequações urbanísticas
necessárias para cumprir as exigências da Fisu. Entre elas, ter praças
devidamente equipadas com piscinas, pistas de atletismo, de patinação,
quadras de basquete, de vôlei e tatames para artes marciais. Em outubro,
quando os técnicos da Federação estiveram em Brasília, gostaram de ver
que os locais previstos para a realização dos jogos são próximos uns aos
outros. Mas fizeram restrições quanto ao estado de conservação de
alguns deles.
Outro argumento que será apresentado em defesa da
candidatura de Brasília é a disposição de parcerias da iniciativa
privada com o governo para oferecer estrutura aos jogos universitários.
Alguns clubes particulares, com instalações de ponta, foram procurados
pelo GDF e se colocaram à disposição para ceder seus espaços durante as
disputas em 2017. Alguns deles, como o Clube Naval, Asbac, Iate e ABR
foram visitados pela comitiva da Fisu em outubro, o que causou uma boa
impressão entre os inspetores. Amanhã, no entanto, as autoridades
brasileiras saberão se essas impressões são reais.
PreparoAo
longo da existência da disputa, os organizadores constataram que, a
cada 10 atletas que competem nos jogos universitários, sete acabam
disputando as Olimpíadas. Muitos esportistas participam das competições
entre universidades como parte da rotina de preparo para as disputas
olímpicas, um dos motivos que faz da Universíade um campeonato de ponta.
Para saber maisBrasil sediou jogos em 1963
O
Brasil sediou a Universíade apenas uma vez na história dos jogos
universitários, há 48 anos. Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi a
cidade escolhida para abrigar na época as competições de verão, que
ocorreram entre agosto e setembro de 1963. Houve uma nova tentativa de
trazer o evento para o país em 1989. São Paulo concorreu para abrigar a
Universíade e conseguiu a indicação. Mas em uma decisão constrangedora
na ocasião, o Brasil desistiu da missão. No ano das primeiras eleições
direitas e depois de iniciado o processo de redemocratização, o país
enfrentava um turbilhão político e não conseguiu conciliar o momento com
o desafio de ser anfitrião de competições de nível olímpico. Na época,
os jogos foram cancelados, e o evento acabou substituído por um
campeonato extraordinário mundial de atletismo, uma versão mais simples
realizada no Estádio Olímpico de Roma.