
O fato político mais importante desse ano é a decisão de o governo enfrentar a questão dos spreads bancários, a necessidade de baixá-los. Seja qual for o resultado, saímos do silêncio e do marasmo e trouxemos a público o gravíssimo problema: o custo do dinheiro e o elevado - quase único no mundo - spread cobrado pelos bancos brasileiros. Ao expor publicamente a questão e orientar os bancos oficiais a reduzir suas taxas de juros e spreads - o que começou a ocorrer desde a semana passada - a presidenta Dilma mexeu num vespeiro. Mas, obrigou a banca privada a vir a público expor sua posição - contrária, óbvio, a que a redução de juros e spreads se estenda a ela. Enfim, a questão caminhou. Convocados pelo ministro da Fazenda banqueiros dispõem-se a levar ao governo propostas de redução dos seus custos, dos impostos e do compulsório e o pedido de novas garantias.

Publicado em 10-Abr-2012
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